Aristides Leo Pardo


A EDUCAÇÃO AMBIENTAL E O ENSINO DE HISTÓRIA NO ENSINO FUNDAMENTAL



Embora este trabalho esteja apenas em fase inicial, abordaremos nas presentes linhas, acerca de um novo ramo da História, muito em  voga na atualidade e que vem a cada dia, ganhando mais força e notoriedade, que é a História Ambiental, estabelecida como um dos temas transversais da educação básica pela LDB [Lei nº 9.394/96] e colocada como item obrigatório dos currículos escolares em todos os níveis de ensino, pelo Decreto nº 9.795/19, não como disciplina autônoma, e sim, como parte integrante das já existentes, cabendo aos professor fazer as adaptações necessárias para tal inclusão, sendo assim, afirmaremos a importância do Ensino de História, incluindo as discussões ambientais, desde os primeiros anos do Ensino Fundamental, pois na atualidade, as questões ambientais são cada vez mais essenciais nas discussões travadas no cenário sociopolítico mundial e por isso, é essencial sua inserção no âmbito educacional desde os primeiros passos escolares, tendo como referencial teórico dos debates acerca da Educação Ambiental inserido nas diversas disciplinas, os documentos oficias de âmbito estadual e nacional, além de autores que se ocupam da temática ambiental escolar. 

A história ambiental na legislação brasileira
Com o advento da Revolução Industrial, vieram os avanços econômicos e tecnológicos, mas também abriu a primeira fenda, que mais tarde se tornaria um enorme abismo entre ricos, donos do meio de produção e pobres, que só teriam sua força de trabalho para sobreviver, um dos problemas por ela gerado, assim como os incontáveis desafios no âmbito ambiental ao longo dos anos que se seguiriam e gradativamente foram só se agravando, ganhando maior concentração e visibilidade, a partir da década de 1960, quando a bióloga americana, Rachel Carson, publicou sua obra “Primavera Silenciosa”, a primeira a alertar de que teríamos sérios problemas ambientais em um futuro não muito distante. 

Nas décadas que se seguiram, diversos estudos começaram a ser publicados propondo mudanças urgentes em nossa relação com o meio ambiente e grandes conferências internacionais organizadas pelas Nações Unidas foram realizadas, popularizando assim, o conceito de “Desenvolvimento Sustentável”, como aquele que atende às necessidades presentes sem comprometer as necessidades das próximas gerações.

No Brasil, a elaboração da Educação Ambiental aconteceu gradualmente, associada diretamente à promulgação de leis que as regulamentaram, embora alguns professores de outras áreas, citem como pioneira, a Lei de Terras [Lei nº 601/1850], ainda dos tempos do Império, nós historiadores sabemos não ser a preservação ambiental a preocupação desse texto e sim, garantir aos brancos e ricos, a posse da terra somente pela compra da mesma ou por herança, pois embora não se pudesse cravar uma data, já se previa que o sistema escravocrata, alicerce do país desde os tempos de colônia, estava ruindo. A Política Nacional do Meio Ambiente [Lei nº 6.938/81] foi de fato, a primeira que objetivou a preservação ambiental e em seu capítulo segundo, propunha uma educação ambiental em todos os níveis de ensino, inclusive nas comunidades, com o objetivo de capacitação para participação ativa na defesa do meio ambiente.

A Constituição da República Federativa do Brasil, de 1988, conhecida como “Constituição Cidadã”, tem como base o documento anteriormente citado e traz um capítulo inteiro dedicado ao tema, correspondente ao artigo 225, intitulado: “Do Meio Ambiente”, que diz que “todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida”; e aponta, como um dos mecanismos para que esse direito seja assegurado, a promoção de uma “educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente”.

No ano de 1999, foi instituída uma Política Nacional de Educação Ambiental [Lei nº 9.795/99], regulamentada somente em 2002, que considera no artigo décimo, que: “será desenvolvida como uma prática educativa integrada, contínua e permanente em todos os níveis e modalidades do ensino formal”, fixando a transversalidade da educação ambiental no país. 

O Decreto nº 9.795, de 17 de maio de 2019, coloca a educação ambiental como disciplina obrigatória em todos os níveis do ensino, e dessa forma, a educação ambiental se insere facilmente nos currículos de quase todas as matérias, pois a sua maior característica é a interdisciplinaridade. 

A história e a educação ambiental no ensino fundamental
O historiador Marc Bloch [2001, p. 54] definiu a História como “A ciência dos homens no tempo”, e justamente por isso, devemos de tempos em tempos rever as ações humanas nos mais diversos contextos e temporalidades, para que assim, estabelecermos relações de permanências e transformações, e nesse contexto, surge a necessidade de se conhecer e debater a História Ambiental, que não se restringe apenas nas questões do meio ambiente na atualidade e sim, nas relações estabelecidas historicamente entre os homens e a natureza. Esta temática não é nenhuma novidade entre os historiadores, pois vários deles, citando apenas Fernand Braudel, Marc Bloch, Le Roy Ladurie, Capistrano de Abreu, Sérgio Buarque de Holanda e Caio Prado Júnior produziram obras em que o elemento natureza não passou despercebido, segundo Soffiati [2008, p. 15] “o que mudou foi o foco com que a natureza era tratada: um palco do espetáculo humano, um fator de aprisionamento das antropo-sociedade ou apenas como um recurso e domínio sobre o homem”.

Esta nova disciplina, apoia-se em alguns conceitos e métodos da História, embora sua principal característica, a interdisciplinaridade, possa atingir negativamente esses conceitos, lançando-os no senso comum, podendo ser paulatinamente revertido na medida em que temas, abordagens, objetivos e narrativas, sejam construídas na forma de elaboração e publicação de trabalhos e pesquisas originais, permitindo assim, que seja traçada uma historiografia da História Ambiental. Por esse motivo, que os Parâmetros Curriculares Nacionais, os PCNs, [1997] afirmam a necessidade de preparação dos professores, ainda na graduação, para a abordagem das temáticas ambientais, já que os mesmos, devam contemplar a problematização através da contextualização espaço-temporal, articulando com os conteúdos básicos, confrontando interpretações historiográficas e documentos históricos.

Assim posto, os professores devem também se ocuparem de inserir a temática ambiental em suas aulas, seja nos temas tradicionais do currículo de História ou na elaboração de novas aulas, partindo de preferência, de temas atuais ou da realidade local em que a escola está inserida, para assim ser útil para a construção de uma sociedade mais consciente, sustentável e com mais qualidade de vida. E nessa perspectiva, a educação ambiental deve ser iniciada nas séries Iniciais do Ensino Fundamental, buscando o envolvimento dos alunos no sentido de valorizar sua própria história e sua relação com o meio ambiente local, para assim, partir para a realidade macro, tanto no viés ambiental, como no da História, partindo do tempo presente, sem deixar de olhar para tempos passados, com seus modos de vida e costumes diferentes dos que conhecemos atualmente.

Sendo assim, o ensino de História e de História Ambiental no Ensino Fundamental, visam promover a efetiva reflexão por parte dos alunos e cabe ao professor possibilitar esta tarefa e preparar-se para este desafio no que tange no estimulo da construção da identidade e de memória nas crianças, para que não se torne desestimulante, devendo haver um consenso entre historiadores,  pedagogos,  professores  e  políticas educacionais, no sentido de cuidar dos limites do uso do saber histórico factual e  sua postura meramente  reprodutora. Desse modo, Fonseca [1997, p. 18] destaca que: 

“A proposta de metodologia de Ensino de História, incluindo ai, a História Ambiental, valoriza a problematização, a análise crítica da realidade, concebe alunos e professores como sujeitos que produzem história e conhecimento em sala de aula. Logo, são pessoas, sujeitos históricos, que cotidianamente atuam, transformam, lutam e resistem nos diversos espaços de vivências: em casa, no trabalho e na escola”.

Nesta perspectiva, Freire [1996, p. 136] nos diz que: O sujeito que se abre ao mundo e aos outros, inaugura com seu gesto a relação dialógica em que confirma como inquietação e curiosidade, como inclusão em permanente movimento da História. Segundo os PCNs [1997, p. 35] que aponta que o saber histórico escolar compreende de modo amplo, a delimitação de três conceitos fundamentais: o fato histórico, o sujeito histórico e o tempo histórico. Os contornos e as definições que são dadas a estes três conceitos orientam a concepção histórica, envolvida no ensino da disciplina.  

É preciso fomentar a interdisciplinaridade a fim de dimensionar o ensino e aprendizagem de História bem como a construção do saber. Este saber específico se faz necessário para que se entenda a relação entre diferentes tempos, significando então reconhecer o valor do passado para o presente e o futuro. Desse modo, Terra e Freitas [2004, p. 7] assinalam que os professores de História:

Provocam reflexões sobre como o presente mantém relações com outros tempos, inserindo-se em uma extensão temporal, que inclui o passado, o  presente  e  o  futuro;  ajuda  analisar  os  limites  e  as possibilidades das ações de pessoas, grupos e classes no sentindo de  transformar  realidades  ou  consolidá-las;  colabora  para  expor relações entre acontecimentos que ocorrem em diferentes tempos e localidades; auxilia a entender o que há de comum ou de diferente no  ponto  de  vista,  nas  culturas,  nas  formas  de  ver  o mundo  e  nos interesses  de  grupos,  classes  ou  envolvimento  político;  enfim,  são questões  mais  comprometidas  em  formar  pessoas  para  analisar, enfrentar e agir no mundo.

Nesta ótica, o ensino de História e da História Ambiental, ainda na séries iniciais torna-se relevante, já que as relações entre tempo e espaço também dependem da ação do homem em seu meio. Fazendo com que a História seja percebida na construção das identidades sociais.

Conclusão
Podemos perceber através destas linhas que a temática ambiental inserida no currículo de História, com apoio de outras disciplinas, torna-se um campo fértil de estudos na construção do conhecimento escolar, de acordo com o que é preconizado nos Parâmetros Curriculares Nacionais.

A presente pesquisa que ainda se encontra em andamento, terá em sua próxima fase, a implementação em sala de aula, com o auxílio da interdisciplinaridade, de um projeto de resgate da história ambiental local, no nosso caso, em Porto União da Vitória, divisa entre os estados do Paraná e Santa Catarina, com atividades que envolva o alunado e tragam aos mesmos, o sentimento de pertencimento ao lugar e os façam perceberem a si mesmo como sujeitos históricos, integrados com a natureza.

Nessa perspectiva, as práticas pedagógicas necessitam de permanente diálogo entre as disciplinas, como forma de reflexão das diversas possibilidades que oportunizam uma efetiva realização de aprendizagem da Educação Ambiental e das disciplinas que a sustenta no espaço escolar e também fora dele.

A partir da obra profética e por que não, com tons apocalípticos, de Carson, ainda nos anos de 1960, a temática ambiental começou a ganhar força e com acalorados debates começaram a serem realizados, entre os principais países do mundo, com mediação das Nações Unidas, práticas para um mundo sustentável começaram a ser pensadas e nos dias atuais passou a ser o norte para o futuro do planeta. No Brasil, a partir da Política Nacional do Meio Ambiente, que serviu de base para o texto sobre o Meio Ambiente, garantido na “Constituição Cidadã”, e seguida pela Política Nacional de Educação Ambiental, de 1999, que culminou com o decreto de 2019, que torna a educação ambiental obrigatória em todos os níveis de ensino.

No ensino formal, precisamos nos ater na formação do corpo docente que atuará com a educação ambiental, pois é preciso que o professor saiba explorar os espaços, recursos e materiais existentes tanto na escola como fora dela, para que os objetivos sejam atingidos com maior facilidade, pois a educação ambiental exige que os docentes recebam o mínimo de formação específica e aprendam a utilizar novos enfoques pedagógicos.

É importante salientar que a educação ambiental, não acontece somente em sala de aula, mas em todos os espaços educativos, formais e informais, como na comunidade, na igreja, na rua, entre outros locais de socialização, por intermédio de palestras, atividades socioambientais, cursos, oficinas, eventos, seminário, conferências, projetos, programas, campanhas e diversas outras possibilidades de ações que ocorrem fora da escola.

O tema ainda caminha de maneira experimental e somente com o desenrolar de atividades e compartilhamento de experiências, que os resultados poderão ser avaliados dentro de um curto prazo, sem esquecer que a realidade de cada escola, cada região, é bem particular e será visível as discrepâncias entre as atuações nas escolas, que irão provocar as mais diferentes discussões para o alcance do objetivo final, que é formar cidadãos conscientes de seus papeis no mundo atual, com o olhar no passado, projetando o futuro.

Referências
Aristides Leo Pardo é Especialista em Geografia, História e Meio Ambiente, pela FAVENI [2017] e em História: Cultura, Memória e Patrimônio, pela UNESPAR/UV [2014], Historiador formado pela mesma instituição [2014] e Bacharel em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo, pela Faculdade de Filosofia de Campos – FAFIC, [2007]. Contato: tideprofhis@gmail.com

BLOCH, Marc. Apologia da história ou O ofício do historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.
BRASIL, Leis de Terras, LEI Nº 601, de 18 de setembro de 1850. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L0601-1850.htm Acessado em 27/03/2020.
______. Lei da Política Nacional do Meio Ambiente. Lei nº 6.938/1981. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6938.htm Acessado em 16/03/2020.
______. Cap. VI: Do Meio Ambiente. In: ___________. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, 1988.
______, Leis de Diretrizes e Bases, LDB, Lei nº 9.394/1996. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/tvescola/leis/lein Acessado em 28/03/2020. 
______. Parâmetros Curriculares Nacionais: introdução aos parâmetros curriculares nacionais. Brasília: MEC/SEF, 1997.
______. Lei da Política Nacional de Educação Ambiental. Lei nº 9.795/1999. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9795.htm
Acessado em 26/03/2020.
FONSECA, Selva Guimarães. Caminhos da História Ensinada. Campinas: Papirus, 1997.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
SOFFIATI, A. Algumas palavras sobre uma teoria da Eco História: Desenvolvimento e meio ambiente, Curitiba, n. 18, p. 13- 26, jul./dez., 2008.
TERRA, Antônia e FREITAS, Denise. Referencial Curricular de História da Fundação Bradesco. São Paulo: Fundação Bradesco, 2004.  

15 comentários:

  1. Parabenizo a pesquisa. Gostaria de saber como está preocupado em articular a metodologia para se trabalhar a temática ambiental, fazendo a Educação Ambiental como é entendida na legislação, articulada com a História Ambiental no Ensino de História? Produz ou pretende produzir materiais didáticos com essa perspectiva?
    Criei há algum tempo um Fórum virtual que tem a pretensão de gerar uma rede de diálogo entre professores e graduandos em busca da inserção da temática ambiental na disciplina de História. Caso se interesse e tenha material para divulgar pode ter acesso em eahistoriaambiental.forumeiros.com.

    Wendell Presley Machado Cordovil.

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    1. Wendell, obrigado pela sua atenção ao meu texto. Iniciei recentemente meus trabalhos ao ser questionado por alunos sobre a mata nativa costeira, que eles observaram em fotos ( e filmes) sobre os primeiros anos da colonização do Brasil. Sempre levo eles para fazerem um tour histórico aqui na cidade e nosso rio (o Iguaçu) constantemente enche e alaga a cidade, partindo desta realidade en do desmatamento das margens que iniciamos o projeto. Produziremos sim materiais didáticos e vou sim entrar em contato pelo site informado. Abraços

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  2. Parabenizo pelo texto e pelo currículo interdisciplinar. É um grande desafio este caminho. Numa parte do texto afirmas: “O Decreto nº 9.795, de 17 de maio de 2019, coloca a educação ambiental como disciplina obrigatória em todos os níveis do ensino, e dessa forma, a educação ambiental se insere facilmente nos currículos de quase todas as matérias, pois a sua maior característica é a interdisciplinaridade.” Muitos educadores vêm se posicionando frente as discussões sobre tornar ou não a educação ambiental em uma disciplina ou fazer com que possa ser trabalhada como tema transversal, de forma interdisciplinar. Minha pergunta é: baseado nas pesquisas que vens realizando, qual seu entendimento sobre esta questão?

    Sandra Maria Costa dos Passos Colling

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  3. Olá Sandra, agradeço sua atenção ao meu texto e a sua pergunta. Sou um ferrenho defensor de aulas interdisciplinares e acho que a Educação Ambiental e outros temas transversais possam transitar em diversas (quando não todas). ainda não consegui efetivar de fato tais "dobradinhas" mas acho que aulas com dois ou três professores possam chamar atenção dos alunos, por exemplo eu entrar em uma aula de matemática para contar sua história ou juntar português com geografia e assim vai, incluindo aulas de campo, viagens e outras formas de atrair a atenção dos alunos.

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    1. Espero que consigas realizar parcerias para desenvolver teu trabalho visto que se percebe teu interesse nesta efetivação. Sucesso na caminhada!

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  4. Parabéns pelo trabalho!!! Achei muito interessante o texto, tema bastante relevante, ainda mais considerando que no último ano foi bastante discutido na seara legislativa.
    Existe um entendimento de que as questões ambientais na educação formal devem ser implementadas através de todas as disciplinas numa abordagem interdisciplinar. Contudo, não podemos negar que existe uma carência formativa enfrentada por professores principalmente de História no que diz respeito ao trato com a natureza e com as questões ambientais em meio às temáticas desenvolvidas por eles em sala de aula, uma vez que para muitos de nós historiadores o meio ambiente nunca foi discutido na nossa formação.
    Neste sentido tenho a minha dúvida, no viés da história ambiental, é melhor tirar a interdisciplinaridade da Educação Ambiental tornando uma disciplina obrigatória ou ela deve continuar sendo transversal e interdisciplinar? Quais seriam os pontos positivos e negativos?
    Novamente parabéns pelo trabalho é um tema que merece muitas discussões.

    Fábio Roberto Krzysczak

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  5. Olá Fábio, obrigado pela pergunta e pela atenção ao meu texto? Tornar ela um disciplina independente vai acarretar sacrificar outra na grade e foi assim que as aulas de História foram encolhendo ao longo dos anos, lembro bem de que no Primeiro Grau (hoje fundamental) no Rio de Janeiro, eu tive aulas de história e História do Brasil separadamente, ainda tinha duas línguas entre 3 opções(inglês, Espanhol ou Francês). Acredito sempre na interdisciplinaridade e até concordo quanto o despreparo na graduação acerca desta temática, eu mesmo só tive contato na pós, mas com as Leis 10.639/03 e 11.645/08 não foram mais ou menos iguais? a adequação dos cursos se deram depois e é nessa troca de experiências com outras disciplinas, principalmente Biologia e Geografia, que os historiadores podem se inserir na temática.

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  6. Parabéns pelo trabalho, a História Ambiental talvez seja a disciplina mais adequada para abordar o tema Meio Ambiente. O professor de história e supostamente também historiador, tem a conhecimento de como de desenvolver uma pesquisa histórica juntamente com seus alunos sobre um problema ambiental atual, descobrindo assim fatos que conspiraram para o acontecimento, conscientizando assim os alunos a não repetirem os mesmos erros do passado. No momento em que vivemos se torna crucial essas abordagens pois, as autoridades governamentais atuais através de ações, falas e leis tentam legitimar a destruição da natureza. Como proceder dentro da sala de aula para que mude esse quadro?

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    1. Olá Matias, obrigado pela atenção ao meu texto. No caso citado, as melhores maneiras de abordar o tema com o alunado são exposições de fotos ou vídeos antigos, que mostre como era antes e como é a atualidade de determinada área, a outra maneira são com as saídas de campo, para ver In locco, a redução da fauna, o desmatamento, o assoreamento dos rios.

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  7. Na área da história, é de suma importância trabalhar com a Educação Ambiental, pois, acho interessante o trabalho da interdisciplinaridade em sala de aula, juntando duas disciplinas, sendo história e geografia. Eu já trabalhei com meus alunos conteúdos que envolviam estas duas disciplinas, fiz análise comparativa de paisagens históricas, como eram antes e como ficou décadas depois, fazendo uma linha do tempo e realizando explicação dos processos históricos das mudanças ao longo do tempo. Muito bom seu texto. Gostaria de saber como você trabalha com a interdisciplinaridade em sala de aula e se os seus colegas de outras disciplinas não acham ruim esta temática?

    ALINE KARINE NUNES

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  8. Olá Aline, obrigado por prestigiar meu texto. Eu defendo sempre a interdisciplinaridade, pois tudo tem a sua história e fica fácil a inserção em qualquer disciplina. Tenho feito diversas palestras Histórico-Ambientais, assim como aulas de campo em parcerias com professores de biologia e geografia, não encontrando muita resistência para tais eventos.

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  9. Antonio Lellis Ramos Rodrigues21 de maio de 2020 às 14:53

    A historia ambiental abordado o professor de humanas supostamente, tem conhecimento como desenvolver uma pesquisa conjuntamente com seus alunos, sobre o problema ambiental para o auto conhecimento. Na atual conjuntura em que vivemos se torna crucial essa abordagem, mas as autoridades governamentais, através de suas ações tentam legitimar a destruição do Meio Ambiente. Que desafios são enfrentados em sala de aula afim de que possamos desenvolver uma postura crítica em relação a educação ambiental?

    Antonio Lellis Ramos Rodrigues

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  10. COMO ADAPTAR A HISTÓRIA AMBIENTAL, SE TEMOS POUCAS AULAS NA DISCIPLINA DE HISTÓRIA. VAMOS TER AULA MANHÃ E TARDE E AOS SÁBADOS. NÃO SERIA VIÁVEL SER ESTUDADA SOMENTE NAS UNIVERSIDADES E DAI SIM DENTRO DE UM DETERMINADO CAPÍTULO DO LIVRO DIDÁTICO COLOCAR A HISTÓRIA AMBIENTAL?
    HEINZ DITMAR NYLAND

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  11. VAI TER TEMPO DISPONÍVEL PARA ESTÁ NOVA MATÉRIA, JÁ QUE A BNCC PREVÊ UMA HORA AULA PARA CADA PERÍODO?
    HEINZ DITMAR NYLAND

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