João Paulo de Oliveira Farias


A IMPORTÂNCIA DA ESCOLA, DOS PROFESSORES E DA HISTÓRIA NA FORMAÇÃO PARA A CIDADANIA

 


O presente trabalho traz algumas definições do conceito de cidadania e sua relação com a instituição escolar, tendo em vista a importância da escola como formadora de cidadãos na sociedade. Enfatiza também a noção de cidadania como aceitação da diversidade no aspecto ideológico, racial, de gênero, classe, religião.

Tem ainda, o compromisso de refletir a respeito da pratica pedagógica dos professores que lecionam a disciplina de história, sobretudo, na educação básica. Procuramos nos debruçar sob a perspectiva de algumas questões clássicas sobre o ensino de história e suas práticas pedagógicas em sala de aula, através de discussões de alguns autores e educadores que trabalham com a temática.

As discussões aqui desenvolvidas, procuram dar ênfase ao trabalho do professor em sala de aula e o seu fazer social, destacando a importância das disciplinas da área de Ciências Humanas, em especial o ensino de História na formação de sujeitos críticos e autônomos, características importantes para o exercício da cidadania.

O papel da escola, dos educadores e da disciplina de História no processo de formação da cidadania
Desde seu surgimento como instituição, cabe a escola uma parcela expressiva da tarefa de preparar os indivíduos para a vida em sociedade, sobretudo para sua participação na esfera política. No contexto social, a escola participa dos objetivos de formar costumes e percepções que sejam úteis para a vida individual e coletiva das diferentes gerações ao longo do tempo, bem como um caráter também voltado para uma identidade local e nacional.

A escola se propõe promover o desenvolvimento de competências indispensáveis e vão muito além do saber e transmissões de caráter didático. Ela procura desenvolver uma formação integral aos alunos ao longo da sua vida escolar através da realização de uma série de tarefas, que envolve em especial o trabalho de cada educador e de suas diferentes ações no dia a dia e na rotina escolar.

Quando falamos em cidadania, é importante apresentar algumas das definições que embasam o conceito. Para Coutinho [1999], por exemplo, o termo é definido como as formas de direitos conquistadas pelos indivíduos ao longo de muitas lutas.

“A cidadania não é dada aos indivíduos de uma vez para sempre, não é algo que vem de cima para baixo, mas é resultado de uma luta permanente, travada quase sempre a partir de baixo, das classes subalternas, implicando assim, um processo histórico de longa duração”. [Coutinho, 1999, p. 42]

Como sabemos, a noção de cidadania não tem sua base original no mundo moderno, embora percebemos que é a partir desse período que ela passou a ter sua melhor representatividade, tanto no campo teórico quanto prático. A expressão ser cidadão, tem origem na Grécia Antiga, e o seu significado volta-se para a ideia de cidades, tendo Aristóteles como um dos principais disseminadores. Diferentemente de sua definição atual, a cidadania, entre os gregos, situava-se longe de uma dimensão mais ampla. A cidadania estava relacionada aos direitos políticos e se limitava a esses. Portanto, ter cidadania na Antiguidade era exercer os direitos de participar no governo, fazia distinções e excluía boa parte dos membros da sociedade. Para Couvre,

“A cidadania está relacionada ao surgimento da vida na cidade, à capacidade de os homens exercerem direitos e deveres de cidadão. Na atuação de cada indivíduo, há uma esfera privada [que diz respeito ao particular] e uma esfera pública [que diz respeito a tudo que é comum a todos os cidadãos]. Na polis grega, a esfera pública era relativa à atuação dos homens livres e à sua responsabilidade jurídica e administrativa pelos negócios públicos. [...] Mas a democracia grega era restrita, pois incluía apenas os homens livres, deixando de fora mulheres, crianças e escravos”. [Couvre, 2002, p.16-17]

Se formos estudar com mais detalhe, veremos que o conceito de cidadania e direitos, passaram por importantes mudanças ao longo do tempo [o que infelizmente, não cabe no trabalho em questão]. Com o intuito de auxiliar em sua compreensão atual, em especial no caso do Brasil Contemporâneo e em sua relação com a instituição escolar, apresentamos a seguir as normatizações que discorrem sobre a ideia de Cidadania. Analisando a nossa atual Constituição Federal de 1988, podemos evidenciar no artigo Art. 5º que:

“Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade”. [Constituição Federal, 1988, p. 85].

Ao analisar o aparato legislativo, conclui-se que teve no transcorrer dos anos grandes avanços no sentido de especificar o exercício da cidadania no âmbito social e consequentemente no bojo escolar.

Ao lidar com o processo escolar, percebemos que a educação é alvo e a resposta para muito de nossas inquietações sobre o contexto da cidadania. Pois sendo a escola um lugar social, espaço de conflitos de ideias entre muitos grupos que pensam diferentes, ela exerce um papel fundamental na formação da consciência para a cidadania.

Na escola vemos crianças e adolescentes que constituem grupos sociais diversificados, desde pessoas que vem das variadas classes sociais, bem como detém determinadas características de gênero, etnia ou religião diversa, isso faz com que cada um tenha suas particularidades e apresentem diferentes experiências e comportamentos distintos.

Devemos ter a escola como um local de conflito de ideias entre muitos grupos que pensam diferente. Cada grupo tem, portanto, sua própria ideologia. E, sendo assim, devem ser respeitados em suas individualidades e acolhidas essas diferenças. Esse espaço deve fazer com que as pessoas sejam capazes de colaborar umas com as outras, buscando crescer coletivamente.

A escola não pode e não deve ser algo estático e unidirecional, devemos lembrar de que a sala de aula não é apenas um lugar para transmitir conteúdos teóricos, é, também, local de aprendizado de valores e comportamentos, de aquisição de uma mentalidade científica lógica e participativa, que poderá possibilitar ao indivíduo, bem orientado, interpretar e transformar a sociedade e a natureza em benefício do bem-estar coletivo e pessoal, respeitando seu entorno e convivendo de modo saudável com a diversidade.

A escola nasce como uma instituição necessária para a constituição de sujeitos autônomos, de modo que emerge para o crescimento da sociedade e da própria humanidade. Como instituição social, a educação escolar deve possuir objetivos e metas, que garanta direitos para seus membros, principalmente no que diz respeito a mostrar para seus alunos o reconhecimento de suas próprias histórias, fazendo com que esses se sintam orgulhosos por fazerem parte de um grupo social, que por vezes foram explorados ou sofrem algum tipo de represália, mas não deixam de lutar para garantir a cidadania plena [Arroyo, 2010].

A escola ao longo dos anos está sofrendo uma série de transformações, e para acompanhar as mudanças ocorridas na sociedade, ela precisa estar preparada a atender às demandas de jovens e de uma sociedade que precisa cada vez mais de tais valores comuns e conhecimentos que visem o respeito e a inclusão social, para uma sociedade mais justa, igualitária e mais humana.

A escola deve ser construída a partir de ações coletivas, que consigam formar cidadãos autônomos e responsáveis. Um espaço de desenvolvimento e aprendizagem que envolve experiências contempladas nesse processo, considerando tudo como significativo, como os aspectos culturais, cognitivos, afetivos, sociais e históricos, os quais estão inseridos na interação e relações entre os diferentes segmentos, e que todos se atentem para a diversidade desses sujeitos, considerando suas realidades plurais, bem como, assumindo ainda uma concepção de que todos são atores sociais, indivíduos de direitos, que devem ser respeitados, acolhidos e protegidos em sua diversidade, já que esta é uma das principais singularidades do Brasil, sua diversidade.

Sabemos que todos os avanços foram significativos, mas, acabam não sendo suficientes para a efetivação de uma educação cidadã integral. É preciso que além de uma boa base teórica, como é o caso de nossas constituições educacionais [LDB, PCN,BNCC, a escola, etc], Constituição Federal , entre outras, é preciso que ocorra uma maior efetivação das leis, como nos esclarece Sacristan:

“Para eliminar a distância entre os direitos garantidos no papel e o efetivamente praticado, todos os envolvidos com a temática da Cidadania tem a missão de fomentar ideias práticas para que esse aparato não seja mais um apanhado de belas palavras que ora ou outra são consultadas, mas que seja um norteador para o exercício da cidadania em nosso país”. [Sacristan, 2000, p. 41].

Uma das principais finalidades da formação de professores quer contínua ou inicial, é desenvolver nos alunos o espírito crítico, intelectual, de forma que sejam capazes de se tornarem cidadãos ativos na sociedade em que vivem, como já nos remetia os PCN’s:

“Em um estudo de meio, o ensino de História alcança a vida, e o aluno transporta o conhecimento adquirido para fora da situação escolar, construindo propostas e soluções para problemas de diferentes naturezas com as quais defronta na realidade”. [Brasil, 1998.p.94]

Sobre estes e outros aspectos, o ensino de História nas escolas da rede pública, como nas escolas particulares, deve ser despertado e repensado, a fim de atender os anseios e uma sociedade cada vez mais exigente. Sendo necessária e urgente uma discussão ampla e referente ao processo de transmissão desses conhecimentos, pois cada escola deve partir da[s] realidade[s] de seus estudantes.

O trabalho do professor, portanto, não consiste simplesmente em transmitir informações ou conhecimento, mas, criar e recriar conhecimento, junto com os alunos, na perspectivas do exercício ativo de participação social e para a cidadania, já que somente repassar o conteúdo obrigatório de sua disciplina não atende mais as necessidades específicas dos estudantes, que cada vez mais, chegam à escola moldada pelas várias mudanças ocorridas nos diversos meios sociais, culturais, econômicos e tecnológicos de seu cotidiano.

“A aula de História é o momento em que, ciente do conhecimento que possui, o professor pode propiciar a seu aluno a apropriação do conhecimento histórico existente, através de um esforço e de uma atividade na qual ele retome a atividade que edificou esse conhecimento”. [Schmidt, 2010.p.118]

Para que possa compreender as transformações e mutações da realidade, o aluno, deve se apropriar da disciplina de história da melhor maneira possível, e isso requer um trabalho direcionado e deve ser conduzido pelo professor em conjunto com a comunidade escolar.

O professor deve ser um mediador, que ensinará o aluno a estudar de forma a compreender a própria realidade que lhes cerca, a questionar o mundo a seu redor, a não ter preguiça de exercer o senso crítico e buscar uma sociedade mais justa e igualitária, desenvolvendo aspectos necessários a cidadania. O professor de história deve auxiliar os alunos e aguçá-los a fazer leituras diferentes; deve estimular os estudantes para questionarem sua realidade; deve utilizar diversas fontes e materiais, para que permita um novo olhar sobre os diversos processos históricos, fazer com que estes desenvolvam uma consciência histórica, já que, com base nas ideias de Rüsen, a história deve ter uma função prática e fazer a diferença na vida das pessoas.

É pertinente afirmar que o ensino de História precisa ser trabalhado de maneira tal que auxilie o entendimento das ações humanas em determinadas épocas e circunstancias, havendo assim uma sintonia entre o tempo passado e presente de modo que o aluno consiga discernir estes dois momentos de forma crítica e reflexiva, sendo o trabalho do professor essencial para tal processo. Assim sendo, a concepção metodológica e pedagógica sobre a história é tão importante para o professor, que irá auxiliar principalmente seus alunos, despertando o interesse pela disciplina de história e para um melhor processo de formação, inclusive cidadã.

Portanto, cabe ao professor de história, planejar suas aulas de acordo com o que é vivido pelos alunos, deve contextualizar os acontecimentos passados no presente, deve pensar em conjunto com seus alunos. Os estudantes devem ser estimulados a utilizar questionamentos: Como? Por quê? Para que? Desta forma, a escola, o professor e o ensino de história estão estimulando e ajudando os alunos a interagirem com o mundo que o cerca, adquirindo uma capacidade de visualizar o que está em sua volta de uma nova forma, não sendo mais um receptor passivo de informações e de conteúdo.  De acordo com Maria Auxiliadora Schmidt:

“O professor de História pode ensinar o aluno a adquirir as ferramentas de trabalho necessárias; o saber-fazer, o saber-fazer bem, lançar os germes do histórico. Ele é o responsável por ensinar o aluno a captar e a valorizar a diversidade dos pontos de vista. Ao professor cabe ensinar o aluno a levantar problemas e a reintegrá-los num conjunto mais vasto de outros problemas em problemáticas”. [Schmidt ,2010, p.118]

Considerações Finais
A escola, portanto, tem papel fundamental na busca do exercício pleno da cidadania. Destacamos a importância dos professores de todas as áreas de conhecimento, mas principalmente àqueles pertencentes a área de Ciências Humanas, em especial os professores de História, que através do processo de ensino e aprendizagem, interfiram na formação de sujeitos críticos e conhecedores dos seus direitos e deveres. O cenário político e social em que o Brasil se encontra atualmente, tem afetado também na educação com ataques constantes à diversidade e, nesse sentido, ferem o exercício pleno da cidadania.

Tais questões precisam ser fomentadas na escola para que os educandos tenham acesso ao conhecimento formal e reflitam sua realidade para que tenham condições de transformá-la de forma positiva. Vale mencionar também que a formação para a cidadania não deve se restringir apenas à escola, mas é dever a sociedade civil e do Estado promover meios para que haja acesso à cidadania para todos.

Referências
João Paulo de Oliveira Farias é graduado em História pela Universidade Estadual Vale do Acaraú– UVA, Especialista em Educação, Pobreza e Desigualdade Social pela Universidade Federal do Ceará -UFC e atualmente cursa o Mestrado Profissional em Ensino de História- ProfHistória- na Universidade Regional do Cariri-URCA. É professor da Rede Estadual de Ensino do Ceará.

ARROYO, Miguel G. Políticas educacionais e desigualdades: à procura de novos significados. Educação & Sociedade, Campinas, v. 31, n. 113, p. 1075-1432, 2010.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria do Ensino Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: história. Brasília: MEC/SEF, 1998.
COUTINHO, Carlos Nelson. Cidadania e modernidade. Perspectivas. São Paulo, v 22, p. 41-59, 1999.
COUVRE, Maria de Lourdes Manzini. O que é cidadania. São Paulo, Brasiliense, 2002.[Coleção Primeiros Passos; 250].
 GIMENO SACRISTÁN, José. O currículo: os conteúdos do ensino ou uma análise prática. In: PÉREZ GÓMEZ, A. I. Compreender e transformar o ensino. 4. ed. Porto Alegre: ArtMed, 2000. Cap. 6, p. 119-148.
RÜSEN, Jörn. Razão histórica: teoria da história: fundamentos da ciência histórica. 1ª reimpressão. Brasília: Editora UNB, 2010.
SCHMIDT, M. A. A formação do professor de história e o cotidiano da sala de aula. In: BITTENCOURT, C. O saber histórico na sala de aula. 11 ed. São Paulo: Contexto, 2010.
SAVIANI, Dermeval. Escola e democracia: teorias da educação, curvatura da vara, onze teses sobre educação e política. São Paulo: Cortez, 1977, 103 p. [Coleção polêmicas do nosso tempo; v. 5].

12 comentários:

  1. No ARTIGO a seguinte citação diz que o "ensino de História nas escolas da rede pública, como nas escolas particulares, deve ser despertado e repensado." Sendo a assim, de que forma podemos despertar ao aluno o interesse pela disciplina de História?


    ROBSON ARAÚJO PANTALEÃO

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. JOÃO PAULO DE OLIVEIRA FARIAS21 de maio de 2020 às 21:36

      Olá, Robson Arújo!

      Gostaria inicialmente de agradecer por sua leitura e considerações no trabalho. Sobre sua indagação, vemos que a cada dia é mais desafiante o trabalho do professor, e não apenas dos que ministram a disciplina de história, mas de modo geral, principalmente no ensino básico. Como sabemos existem várias questões, que são colocadas, que dificultam no processo de ensino e aprendizagem, mas deixando um pouco de lado esses empecilhos podemos focar nos pontos fortes e nas possibilidades para fortalecer nosso ensino e em especial a disciplina de história. Como exposto no texto, "o professor de história deve auxiliar os alunos e aguçá-los a fazer leituras diferentes", hoje temos o auxilio de muitas ferramentas que podem colaborar com nossas aulas, claro que precisa que o professor seja atuante e protagonista para ser assertivo no direcionamento dessas leituras, pois como sabemos, a internet por exemplo, proporciona muitas informações que nem sempre traz uma aprendizagem voltada para o conhecimento que muitas vezes almejamos, portanto é preciso esse olhar e um certo direcionamento. "Deve estimular os estudantes para questionarem sua realidade", as aulas devem ser interativas e levarem os alunos a ter voz e participar de forma ativa nas discussões, levando em consideração a realidade e diversidade dos mesmos; "deve utilizar diversas fontes e materiais, para que permita um novo olhar sobre os diversos processos históricos, fazer com que estes desenvolvam uma consciência histórica, já que, com base nas ideias de Rüsen, a história deve ter uma função prática e fazer a diferença na vida das pessoas": é preciso que as aulas de História realmente alcance esses resultados, através do uso por exemplo, das TICs podemos corroborar no alcance desses resultados. Resumidamente, é preciso que enquanto professores possamos ser mediadores em um processo de ensino e aprendizagem que desenvolva em nossos alunos protagonismos e senso de responsabilidade social.

      Espero que a resposta tenha contemplado sua indagação, um forte abraço.

      atenciosamente:
      João Paulo de Oliveira Farias.

      Excluir
  2. A negação da história é o ponto chave para as atrocidades sociais que vivenciamos? Lembro que na sociedade francesa, segundo Antonie Prost, o valor dado ao ensino na história foi fundamental para a transformação social experimentada por eles no período pós-revolução, não à toa tornou-se o país da mudança de perspectiva quanto a escrita historiográfica.
    Willames Nunes da Silva

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. JOÃO PAULO DE OLIVEIRA FARIAS21 de maio de 2020 às 21:43

      Olá, Willames Nunes.

      Gostaria inicialmente de agradecer por sua leitura e considerações no trabalho. Certamente, vivemos em um momento onde o negacionismo histórico está muito em alta e fortalece muitos dos problemas sociais que enfrentamos. Hoje nos deparamos com o período das fakenews, na "era da pós-verdade", e de narrativas históricas alternativas ( revisionismos) que acabam atrapalhando e dificultando pesquisas sérias. Portanto, enquanto historiadores devemos está atentos às demandas sociais e a importância, mais do que nunca, da função social da história e de seu ensino.

      Excluir
    2. JOÃO PAULO DE OLIVEIRA FARIAS21 de maio de 2020 às 21:58

      Obrigado, pela contribuição no trabalho!

      Atenciosamente: João Paulo de Oliveira Farias

      Excluir
  3. Texto muito bom, escrito com uma linguagem simples e direta.
    Retrata muito bem o nosso papel enquanto professor de história, buscar sempre o melhor do aluno, dialogar com ele, buscar compreende-lo, assim como diz o mestre Paulo Freire, o professor e o aluno dialogando para construção crítica da sociedade. É fundamental o papel da História, porque a partir dela podemos ir refletindo sobre tudo que aconteceu no passado e ir nos tornando críticos, principalmente no ambiente da educação, na qual, sabemos que o modelo de educação no Brasil sempre foi para o favorecimento das classes mais alta da sociedade (até porque não seria diferente em um pais elitista como o nosso), um projeto de educação que foi feito para deixar o cidadão das classes mais subalternas a mercê das classes mais abastadas, torna esse cidadão não critico. Dessa forma, como é mencionado no texto, torna-se essencial a importância do professor e da História para que o cidadão se torne crítico e busque uma sociedade mais justa e igualitária.

    Pedro Afonso da Silva

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Este comentário foi removido pelo autor.

      Excluir
    2. JOÃO PAULO DE OLIVEIRA FARIAS21 de maio de 2020 às 21:54

      Olá, Pedro Afonso!

      Gostaria inicialmente de agradecer por sua leitura e considerações no trabalho. Sua reflexão é muito importante e assertiva em relação ao tema aqui trabalhado. Hoje, mais do que nunca, é preciso uma (re)construção crítica da sociedade, e enquanto professores (logo de história) devemos fazer isso em diálogo com nossos estudantes.É preciso ser mediadores em um processo de ensino e aprendizagem que desenvolva em nossos alunos protagonismos e senso de responsabilidade social. Acredito, assim como você, que o ensino de história, pode e deve colaborar com a formação de sujeitos mais críticos e que busquem "uma sociedade mais justa e igualitária".

      Muito obrigado pelas contribuições. Atenciosamente:

      João Paulo de Oliveira Farias.

      Excluir
  4. Um ótimo texto, quais são os melhores métodos, para poder usar na sala de aula com os alunos, para os ajudarem nesse caminho para se tornarem bons cidadãos ?

    Arielen dos Santos Alves

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. JOÃO PAULO DE OLIVEIRA FARIAS21 de maio de 2020 às 22:05

      Olá, Arielen dos Santos!

      Primeiramente, gostaria de agradecê-la por valiosa contribuição. Sobre sua pergunta, vejo que é algo desafiador apontar esses métodos, mas acredito que é possível fazer algumas reflexões:

      Como exposto no texto, "o professor de história deve auxiliar os alunos e aguçá-los a fazer leituras diferentes", hoje temos o auxilio de muitas ferramentas que podem colaborar com nossas aulas, claro que precisa que o professor seja atuante e protagonista para ser assertivo no direcionamento dessas leituras, pois como sabemos, a internet por exemplo, proporciona muitas informações que nem sempre traz uma aprendizagem voltada para o conhecimento que muitas vezes almejamos, portanto é preciso esse olhar e um certo direcionamento. "Deve estimular os estudantes para questionarem sua realidade", as aulas devem ser interativas e levarem os alunos a ter voz e participar de forma ativa nas discussões, levando em consideração a realidade e diversidade dos mesmos; "deve utilizar diversas fontes e materiais, para que permita um novo olhar sobre os diversos processos históricos, fazer com que estes desenvolvam uma consciência histórica, já que, com base nas ideias de Rüsen, a história deve ter uma função prática e fazer a diferença na vida das pessoas": é preciso que as aulas de História realmente alcance esses resultados, através do uso por exemplo, das TICs podemos corroborar no alcance desses resultados. Resumidamente, é preciso que enquanto professores possamos ser mediadores em um processo de ensino e aprendizagem que desenvolva em nossos alunos protagonismos e senso de responsabilidade social.Acredito que assim, através de reflexões históricas, possamos contribuir para uma sociedade um pouco melhor.

      Mais uma vez agradeço pelas contribuições no trabalho. Atenciosamente: João Paulo de Oliveira Farias.

      Excluir
  5. Parabéns!!! ótimo texto!
    Quando eu comecei a cursar Pedagogia, eu me fiz uma pergunta, "que tipo de professor eu seria?" e ao longo do curso, eu comecei a me questionar, "que tipo de professor eu estou me tornando?" e essas duas perguntas ficam ecoando em minha cabeça o tempo todo, a minha pergunta é, você acha que falta liberdade para os professores atuarem de forma mais livres e fornecer um ensino mais amplo no sentido de formar o bom cidadão?

    Joabe da Silva Martins

    ResponderExcluir
  6. JOÃO PAULO DE OLIVEIRA FARIAS21 de maio de 2020 às 22:21

    Olá, Joabe da Silva!

    Lendo seu comentário, lembrei que suas indagações soam familiares (risos), também fiz e faço tais perguntas e reflexões sobre o ato e a responsabilidade que é ensinar. Acredito, que existem sim alguns empecilhos que acabam nos limitando no processo de um ensino mais emancipador: muitas demandas, algumas burocracias que trazem currículos e métodos ultrapassados, estruturas físicas inadequadas e tentativas cada vez maiores que ao invés de fortalecer o papel do professor, tentam enfraquecê-los, enfim, são muitos problemas. No entanto, acredito que seja preciso ousar e até romper com o sistema, sem deixar de lado nosso compromisso e responsabilidade social. Sei que é desafiador, mas é possível buscar uma sociedade mais justa e igualitária, e tornar nossos alunos parceiros e protagonistas nesse compromisso social. E é sempre bom manter esse tipo de reflexão "ecoando" em nossas cabeças, assim não esqueceremos de nossa função social.

    Um forte abraço!

    Atenciosamente: João Paulo de Oliveira Farias

    ResponderExcluir

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.