A IMPORTÂNCIA DA ESCOLA, DOS PROFESSORES E DA HISTÓRIA NA FORMAÇÃO PARA A CIDADANIA
O presente trabalho
traz algumas definições do conceito de cidadania e sua relação com a
instituição escolar, tendo em vista a importância da escola como formadora de
cidadãos na sociedade. Enfatiza também a noção de cidadania como aceitação da
diversidade no aspecto ideológico, racial, de gênero, classe, religião.
Tem ainda, o
compromisso de refletir a respeito da pratica pedagógica dos professores que
lecionam a disciplina de história, sobretudo, na educação básica. Procuramos
nos debruçar sob a perspectiva de algumas questões clássicas sobre o ensino de
história e suas práticas pedagógicas em sala de aula, através de discussões de
alguns autores e educadores que trabalham com a temática.
As discussões aqui
desenvolvidas, procuram dar ênfase ao trabalho do professor em sala de aula e o
seu fazer social, destacando a importância das disciplinas da área de Ciências
Humanas, em especial o ensino de História na formação de sujeitos críticos e
autônomos, características importantes para o exercício da cidadania.
O
papel da escola, dos educadores e da disciplina de História no processo de
formação da cidadania
Desde seu surgimento
como instituição, cabe a escola uma parcela expressiva da tarefa de preparar os
indivíduos para a vida em sociedade, sobretudo para sua participação na esfera
política. No contexto social, a escola participa dos objetivos de formar costumes
e percepções que sejam úteis para a vida individual e coletiva das diferentes
gerações ao longo do tempo, bem como um caráter também voltado para uma
identidade local e nacional.
A escola se propõe
promover o desenvolvimento de competências indispensáveis e vão muito além do
saber e transmissões de caráter didático. Ela procura desenvolver uma formação
integral aos alunos ao longo da sua vida escolar através da realização de uma
série de tarefas, que envolve em especial o trabalho de cada educador e de suas
diferentes ações no dia a dia e na rotina escolar.
Quando falamos em
cidadania, é importante apresentar algumas das definições que embasam o
conceito. Para Coutinho [1999], por exemplo, o termo é definido como as formas
de direitos conquistadas pelos indivíduos ao longo de muitas lutas.
“A cidadania não é
dada aos indivíduos de uma vez para sempre, não é algo que vem de cima para
baixo, mas é resultado de uma luta permanente, travada quase sempre a partir de
baixo, das classes subalternas, implicando assim, um processo histórico de
longa duração”. [Coutinho, 1999, p. 42]
Como sabemos, a noção
de cidadania não tem sua base original no mundo moderno, embora percebemos que
é a partir desse período que ela passou a ter sua melhor representatividade,
tanto no campo teórico quanto prático. A expressão ser cidadão, tem origem na
Grécia Antiga, e o seu significado volta-se para a ideia de cidades, tendo
Aristóteles como um dos principais disseminadores. Diferentemente de sua
definição atual, a cidadania, entre os gregos, situava-se longe de uma dimensão
mais ampla. A cidadania estava relacionada aos direitos políticos e se limitava
a esses. Portanto, ter cidadania na Antiguidade era exercer os direitos de
participar no governo, fazia distinções e excluía boa parte dos membros da
sociedade. Para Couvre,
“A cidadania está
relacionada ao surgimento da vida na cidade, à capacidade de os homens
exercerem direitos e deveres de cidadão. Na atuação de cada indivíduo, há uma
esfera privada [que diz respeito ao particular] e uma esfera pública [que diz
respeito a tudo que é comum a todos os cidadãos]. Na polis grega, a esfera
pública era relativa à atuação dos homens livres e à sua responsabilidade
jurídica e administrativa pelos negócios públicos. [...] Mas a democracia grega
era restrita, pois incluía apenas os homens livres, deixando de fora mulheres,
crianças e escravos”. [Couvre, 2002, p.16-17]
Se formos estudar com
mais detalhe, veremos que o conceito de cidadania e direitos, passaram por
importantes mudanças ao longo do tempo [o que infelizmente, não cabe no
trabalho em questão]. Com o intuito de auxiliar em sua compreensão atual, em
especial no caso do Brasil Contemporâneo e em sua relação com a instituição
escolar, apresentamos a seguir as normatizações que discorrem sobre a ideia de
Cidadania. Analisando a nossa atual Constituição Federal de 1988, podemos
evidenciar no artigo Art. 5º que:
“Todos são iguais
perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito
à vida, à liberdade, à igualdade”. [Constituição Federal, 1988, p. 85].
Ao analisar o aparato
legislativo, conclui-se que teve no transcorrer dos anos grandes avanços no
sentido de especificar o exercício da cidadania no âmbito social e
consequentemente no bojo escolar.
Ao lidar com o
processo escolar, percebemos que a educação é alvo e a resposta para muito de
nossas inquietações sobre o contexto da cidadania. Pois sendo a escola um lugar
social, espaço de conflitos de ideias entre muitos grupos que pensam
diferentes, ela exerce um papel fundamental na formação da consciência para a
cidadania.
Na escola vemos
crianças e adolescentes que constituem grupos sociais diversificados, desde
pessoas que vem das variadas classes sociais, bem como detém determinadas
características de gênero, etnia ou religião diversa, isso faz com que cada um
tenha suas particularidades e apresentem diferentes experiências e
comportamentos distintos.
Devemos ter a escola
como um local de conflito de ideias entre muitos grupos que pensam diferente.
Cada grupo tem, portanto, sua própria ideologia. E, sendo assim, devem ser
respeitados em suas individualidades e acolhidas essas diferenças. Esse espaço
deve fazer com que as pessoas sejam capazes de colaborar umas com as outras,
buscando crescer coletivamente.
A escola não pode e
não deve ser algo estático e unidirecional, devemos lembrar de que a sala de
aula não é apenas um lugar para transmitir conteúdos teóricos, é, também, local
de aprendizado de valores e comportamentos, de aquisição de uma mentalidade
científica lógica e participativa, que poderá possibilitar ao indivíduo, bem
orientado, interpretar e transformar a sociedade e a natureza em benefício do
bem-estar coletivo e pessoal, respeitando seu entorno e convivendo de modo
saudável com a diversidade.
A escola nasce como
uma instituição necessária para a constituição de sujeitos autônomos, de modo
que emerge para o crescimento da sociedade e da própria humanidade. Como
instituição social, a educação escolar deve possuir objetivos e metas, que
garanta direitos para seus membros, principalmente no que diz respeito a
mostrar para seus alunos o reconhecimento de suas próprias histórias, fazendo
com que esses se sintam orgulhosos por fazerem parte de um grupo social, que
por vezes foram explorados ou sofrem algum tipo de represália, mas não deixam
de lutar para garantir a cidadania plena [Arroyo, 2010].
A escola ao longo dos
anos está sofrendo uma série de transformações, e para acompanhar as mudanças
ocorridas na sociedade, ela precisa estar preparada a atender às demandas de
jovens e de uma sociedade que precisa cada vez mais de tais valores comuns e
conhecimentos que visem o respeito e a inclusão social, para uma sociedade mais
justa, igualitária e mais humana.
A escola deve ser
construída a partir de ações coletivas, que consigam formar cidadãos autônomos
e responsáveis. Um espaço de desenvolvimento e aprendizagem que envolve
experiências contempladas nesse processo, considerando tudo como significativo,
como os aspectos culturais, cognitivos, afetivos, sociais e históricos, os
quais estão inseridos na interação e relações entre os diferentes segmentos, e
que todos se atentem para a diversidade desses sujeitos, considerando suas
realidades plurais, bem como, assumindo ainda uma concepção de que todos são atores
sociais, indivíduos de direitos, que devem ser respeitados, acolhidos e
protegidos em sua diversidade, já que esta é uma das principais singularidades
do Brasil, sua diversidade.
Sabemos que todos os
avanços foram significativos, mas, acabam não sendo suficientes para a
efetivação de uma educação cidadã integral. É preciso que além de uma boa base
teórica, como é o caso de nossas constituições educacionais [LDB, PCN,BNCC, a
escola, etc], Constituição Federal , entre outras, é preciso que ocorra uma maior
efetivação das leis, como nos esclarece Sacristan:
“Para eliminar a
distância entre os direitos garantidos no papel e o efetivamente praticado,
todos os envolvidos com a temática da Cidadania tem a missão de fomentar ideias
práticas para que esse aparato não seja mais um apanhado de belas palavras que
ora ou outra são consultadas, mas que seja um norteador para o exercício da
cidadania em nosso país”. [Sacristan, 2000, p. 41].
Uma das principais
finalidades da formação de professores quer contínua ou inicial, é desenvolver
nos alunos o espírito crítico, intelectual, de forma que sejam capazes de se
tornarem cidadãos ativos na sociedade em que vivem, como já nos remetia os
PCN’s:
“Em um estudo de meio,
o ensino de História alcança a vida, e o aluno transporta o conhecimento
adquirido para fora da situação escolar, construindo propostas e soluções para
problemas de diferentes naturezas com as quais defronta na realidade”. [Brasil,
1998.p.94]
Sobre estes e outros
aspectos, o ensino de História nas escolas da rede pública, como nas escolas
particulares, deve ser despertado e repensado, a fim de atender os anseios e
uma sociedade cada vez mais exigente. Sendo necessária e urgente uma discussão
ampla e referente ao processo de transmissão desses conhecimentos, pois cada
escola deve partir da[s] realidade[s] de seus estudantes.
O trabalho do
professor, portanto, não consiste simplesmente em transmitir informações ou
conhecimento, mas, criar e recriar conhecimento, junto com os alunos, na
perspectivas do exercício ativo de participação social e para a cidadania, já
que somente repassar o conteúdo obrigatório de sua disciplina não atende mais
as necessidades específicas dos estudantes, que cada vez mais, chegam à escola
moldada pelas várias mudanças ocorridas nos diversos meios sociais, culturais,
econômicos e tecnológicos de seu cotidiano.
“A aula de História é
o momento em que, ciente do conhecimento que possui, o professor pode propiciar
a seu aluno a apropriação do conhecimento histórico existente, através de um
esforço e de uma atividade na qual ele retome a atividade que edificou esse
conhecimento”. [Schmidt, 2010.p.118]
Para que possa
compreender as transformações e mutações da realidade, o aluno, deve se
apropriar da disciplina de história da melhor maneira possível, e isso requer
um trabalho direcionado e deve ser conduzido pelo professor em conjunto com a
comunidade escolar.
O professor deve ser
um mediador, que ensinará o aluno a estudar de forma a compreender a própria
realidade que lhes cerca, a questionar o mundo a seu redor, a não ter preguiça
de exercer o senso crítico e buscar uma sociedade mais justa e igualitária,
desenvolvendo aspectos necessários a cidadania. O professor de história deve
auxiliar os alunos e aguçá-los a fazer leituras diferentes; deve estimular os
estudantes para questionarem sua realidade; deve utilizar diversas fontes e
materiais, para que permita um novo olhar sobre os diversos processos
históricos, fazer com que estes desenvolvam uma consciência histórica, já que,
com base nas ideias de Rüsen, a história deve ter uma função prática e fazer a
diferença na vida das pessoas.
É pertinente afirmar
que o ensino de História precisa ser trabalhado de maneira tal que auxilie o
entendimento das ações humanas em determinadas épocas e circunstancias, havendo
assim uma sintonia entre o tempo passado e presente de modo que o aluno consiga
discernir estes dois momentos de forma crítica e reflexiva, sendo o trabalho do
professor essencial para tal processo. Assim sendo, a concepção metodológica e
pedagógica sobre a história é tão importante para o professor, que irá auxiliar
principalmente seus alunos, despertando o interesse pela disciplina de história
e para um melhor processo de formação, inclusive cidadã.
Portanto, cabe ao
professor de história, planejar suas aulas de acordo com o que é vivido pelos
alunos, deve contextualizar os acontecimentos passados no presente, deve pensar
em conjunto com seus alunos. Os estudantes devem ser estimulados a utilizar
questionamentos: Como? Por quê? Para que? Desta forma, a escola, o professor e
o ensino de história estão estimulando e ajudando os alunos a interagirem com o
mundo que o cerca, adquirindo uma capacidade de visualizar o que está em sua
volta de uma nova forma, não sendo mais um receptor passivo de informações e de
conteúdo. De acordo com Maria
Auxiliadora Schmidt:
“O professor de
História pode ensinar o aluno a adquirir as ferramentas de trabalho
necessárias; o saber-fazer, o saber-fazer bem, lançar os germes do histórico.
Ele é o responsável por ensinar o aluno a captar e a valorizar a diversidade
dos pontos de vista. Ao professor cabe ensinar o aluno a levantar problemas e a
reintegrá-los num conjunto mais vasto de outros problemas em problemáticas”.
[Schmidt ,2010, p.118]
Considerações
Finais
A escola, portanto,
tem papel fundamental na busca do exercício pleno da cidadania. Destacamos a
importância dos professores de todas as áreas de conhecimento, mas
principalmente àqueles pertencentes a área de Ciências Humanas, em especial os
professores de História, que através do processo de ensino e aprendizagem,
interfiram na formação de sujeitos críticos e conhecedores dos seus direitos e
deveres. O cenário político e social em que o Brasil se encontra atualmente,
tem afetado também na educação com ataques constantes à diversidade e, nesse
sentido, ferem o exercício pleno da cidadania.
Tais questões precisam
ser fomentadas na escola para que os educandos tenham acesso ao conhecimento
formal e reflitam sua realidade para que tenham condições de transformá-la de
forma positiva. Vale mencionar também que a formação para a cidadania não deve
se restringir apenas à escola, mas é dever a sociedade civil e do Estado
promover meios para que haja acesso à cidadania para todos.
Referências
João Paulo de Oliveira
Farias é graduado em História pela Universidade Estadual Vale do Acaraú– UVA,
Especialista em Educação, Pobreza e Desigualdade Social pela Universidade
Federal do Ceará -UFC e atualmente cursa o Mestrado Profissional em Ensino de
História- ProfHistória- na Universidade Regional do Cariri-URCA. É professor da
Rede Estadual de Ensino do Ceará.
ARROYO, Miguel G.
Políticas educacionais e desigualdades: à procura de novos significados.
Educação & Sociedade, Campinas, v. 31, n. 113, p. 1075-1432, 2010.
BRASIL. Ministério da
Educação. Secretaria do Ensino Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais:
história. Brasília: MEC/SEF, 1998.
COUTINHO, Carlos
Nelson. Cidadania e modernidade. Perspectivas. São Paulo, v 22, p. 41-59, 1999.
COUVRE, Maria de
Lourdes Manzini. O que é cidadania. São Paulo, Brasiliense, 2002.[Coleção
Primeiros Passos; 250].
GIMENO SACRISTÁN, José. O currículo: os
conteúdos do ensino ou uma análise prática. In: PÉREZ GÓMEZ, A. I. Compreender
e transformar o ensino. 4. ed. Porto Alegre: ArtMed, 2000. Cap. 6, p. 119-148.
RÜSEN, Jörn. Razão
histórica: teoria da história: fundamentos da ciência histórica. 1ª
reimpressão. Brasília: Editora UNB, 2010.
SCHMIDT, M. A. A
formação do professor de história e o cotidiano da sala de aula. In:
BITTENCOURT, C. O saber histórico na sala de aula. 11 ed. São Paulo: Contexto,
2010.
SAVIANI, Dermeval.
Escola e democracia: teorias da educação, curvatura da vara, onze teses sobre
educação e política. São Paulo: Cortez, 1977, 103 p. [Coleção polêmicas do
nosso tempo; v. 5].
No ARTIGO a seguinte citação diz que o "ensino de História nas escolas da rede pública, como nas escolas particulares, deve ser despertado e repensado." Sendo a assim, de que forma podemos despertar ao aluno o interesse pela disciplina de História?
ResponderExcluirROBSON ARAÚJO PANTALEÃO
Olá, Robson Arújo!
ExcluirGostaria inicialmente de agradecer por sua leitura e considerações no trabalho. Sobre sua indagação, vemos que a cada dia é mais desafiante o trabalho do professor, e não apenas dos que ministram a disciplina de história, mas de modo geral, principalmente no ensino básico. Como sabemos existem várias questões, que são colocadas, que dificultam no processo de ensino e aprendizagem, mas deixando um pouco de lado esses empecilhos podemos focar nos pontos fortes e nas possibilidades para fortalecer nosso ensino e em especial a disciplina de história. Como exposto no texto, "o professor de história deve auxiliar os alunos e aguçá-los a fazer leituras diferentes", hoje temos o auxilio de muitas ferramentas que podem colaborar com nossas aulas, claro que precisa que o professor seja atuante e protagonista para ser assertivo no direcionamento dessas leituras, pois como sabemos, a internet por exemplo, proporciona muitas informações que nem sempre traz uma aprendizagem voltada para o conhecimento que muitas vezes almejamos, portanto é preciso esse olhar e um certo direcionamento. "Deve estimular os estudantes para questionarem sua realidade", as aulas devem ser interativas e levarem os alunos a ter voz e participar de forma ativa nas discussões, levando em consideração a realidade e diversidade dos mesmos; "deve utilizar diversas fontes e materiais, para que permita um novo olhar sobre os diversos processos históricos, fazer com que estes desenvolvam uma consciência histórica, já que, com base nas ideias de Rüsen, a história deve ter uma função prática e fazer a diferença na vida das pessoas": é preciso que as aulas de História realmente alcance esses resultados, através do uso por exemplo, das TICs podemos corroborar no alcance desses resultados. Resumidamente, é preciso que enquanto professores possamos ser mediadores em um processo de ensino e aprendizagem que desenvolva em nossos alunos protagonismos e senso de responsabilidade social.
Espero que a resposta tenha contemplado sua indagação, um forte abraço.
atenciosamente:
João Paulo de Oliveira Farias.
A negação da história é o ponto chave para as atrocidades sociais que vivenciamos? Lembro que na sociedade francesa, segundo Antonie Prost, o valor dado ao ensino na história foi fundamental para a transformação social experimentada por eles no período pós-revolução, não à toa tornou-se o país da mudança de perspectiva quanto a escrita historiográfica.
ResponderExcluirWillames Nunes da Silva
Olá, Willames Nunes.
ExcluirGostaria inicialmente de agradecer por sua leitura e considerações no trabalho. Certamente, vivemos em um momento onde o negacionismo histórico está muito em alta e fortalece muitos dos problemas sociais que enfrentamos. Hoje nos deparamos com o período das fakenews, na "era da pós-verdade", e de narrativas históricas alternativas ( revisionismos) que acabam atrapalhando e dificultando pesquisas sérias. Portanto, enquanto historiadores devemos está atentos às demandas sociais e a importância, mais do que nunca, da função social da história e de seu ensino.
Obrigado, pela contribuição no trabalho!
ExcluirAtenciosamente: João Paulo de Oliveira Farias
Texto muito bom, escrito com uma linguagem simples e direta.
ResponderExcluirRetrata muito bem o nosso papel enquanto professor de história, buscar sempre o melhor do aluno, dialogar com ele, buscar compreende-lo, assim como diz o mestre Paulo Freire, o professor e o aluno dialogando para construção crítica da sociedade. É fundamental o papel da História, porque a partir dela podemos ir refletindo sobre tudo que aconteceu no passado e ir nos tornando críticos, principalmente no ambiente da educação, na qual, sabemos que o modelo de educação no Brasil sempre foi para o favorecimento das classes mais alta da sociedade (até porque não seria diferente em um pais elitista como o nosso), um projeto de educação que foi feito para deixar o cidadão das classes mais subalternas a mercê das classes mais abastadas, torna esse cidadão não critico. Dessa forma, como é mencionado no texto, torna-se essencial a importância do professor e da História para que o cidadão se torne crítico e busque uma sociedade mais justa e igualitária.
Pedro Afonso da Silva
Este comentário foi removido pelo autor.
ExcluirOlá, Pedro Afonso!
ExcluirGostaria inicialmente de agradecer por sua leitura e considerações no trabalho. Sua reflexão é muito importante e assertiva em relação ao tema aqui trabalhado. Hoje, mais do que nunca, é preciso uma (re)construção crítica da sociedade, e enquanto professores (logo de história) devemos fazer isso em diálogo com nossos estudantes.É preciso ser mediadores em um processo de ensino e aprendizagem que desenvolva em nossos alunos protagonismos e senso de responsabilidade social. Acredito, assim como você, que o ensino de história, pode e deve colaborar com a formação de sujeitos mais críticos e que busquem "uma sociedade mais justa e igualitária".
Muito obrigado pelas contribuições. Atenciosamente:
João Paulo de Oliveira Farias.
Um ótimo texto, quais são os melhores métodos, para poder usar na sala de aula com os alunos, para os ajudarem nesse caminho para se tornarem bons cidadãos ?
ResponderExcluirArielen dos Santos Alves
Olá, Arielen dos Santos!
ExcluirPrimeiramente, gostaria de agradecê-la por valiosa contribuição. Sobre sua pergunta, vejo que é algo desafiador apontar esses métodos, mas acredito que é possível fazer algumas reflexões:
Como exposto no texto, "o professor de história deve auxiliar os alunos e aguçá-los a fazer leituras diferentes", hoje temos o auxilio de muitas ferramentas que podem colaborar com nossas aulas, claro que precisa que o professor seja atuante e protagonista para ser assertivo no direcionamento dessas leituras, pois como sabemos, a internet por exemplo, proporciona muitas informações que nem sempre traz uma aprendizagem voltada para o conhecimento que muitas vezes almejamos, portanto é preciso esse olhar e um certo direcionamento. "Deve estimular os estudantes para questionarem sua realidade", as aulas devem ser interativas e levarem os alunos a ter voz e participar de forma ativa nas discussões, levando em consideração a realidade e diversidade dos mesmos; "deve utilizar diversas fontes e materiais, para que permita um novo olhar sobre os diversos processos históricos, fazer com que estes desenvolvam uma consciência histórica, já que, com base nas ideias de Rüsen, a história deve ter uma função prática e fazer a diferença na vida das pessoas": é preciso que as aulas de História realmente alcance esses resultados, através do uso por exemplo, das TICs podemos corroborar no alcance desses resultados. Resumidamente, é preciso que enquanto professores possamos ser mediadores em um processo de ensino e aprendizagem que desenvolva em nossos alunos protagonismos e senso de responsabilidade social.Acredito que assim, através de reflexões históricas, possamos contribuir para uma sociedade um pouco melhor.
Mais uma vez agradeço pelas contribuições no trabalho. Atenciosamente: João Paulo de Oliveira Farias.
Parabéns!!! ótimo texto!
ResponderExcluirQuando eu comecei a cursar Pedagogia, eu me fiz uma pergunta, "que tipo de professor eu seria?" e ao longo do curso, eu comecei a me questionar, "que tipo de professor eu estou me tornando?" e essas duas perguntas ficam ecoando em minha cabeça o tempo todo, a minha pergunta é, você acha que falta liberdade para os professores atuarem de forma mais livres e fornecer um ensino mais amplo no sentido de formar o bom cidadão?
Joabe da Silva Martins
Olá, Joabe da Silva!
ResponderExcluirLendo seu comentário, lembrei que suas indagações soam familiares (risos), também fiz e faço tais perguntas e reflexões sobre o ato e a responsabilidade que é ensinar. Acredito, que existem sim alguns empecilhos que acabam nos limitando no processo de um ensino mais emancipador: muitas demandas, algumas burocracias que trazem currículos e métodos ultrapassados, estruturas físicas inadequadas e tentativas cada vez maiores que ao invés de fortalecer o papel do professor, tentam enfraquecê-los, enfim, são muitos problemas. No entanto, acredito que seja preciso ousar e até romper com o sistema, sem deixar de lado nosso compromisso e responsabilidade social. Sei que é desafiador, mas é possível buscar uma sociedade mais justa e igualitária, e tornar nossos alunos parceiros e protagonistas nesse compromisso social. E é sempre bom manter esse tipo de reflexão "ecoando" em nossas cabeças, assim não esqueceremos de nossa função social.
Um forte abraço!
Atenciosamente: João Paulo de Oliveira Farias