A IMPORTÂNCIA DAS NARRATIVAS AUDIOVISUAIS NO ENSINO DE HISTÓRIA
A proposta desse texto
é demostrar a importância das narrativas audiovisuais no ensino de história e o
uso desse recurso frente as problemáticas acerca do mesmo. Um filme em questão
pode privilegiar uma única perspectiva, diferentemente de um filme documentário
que trazem opiniões divergentes e possibilitam debates. Entretanto, o cinema
não deve apenas ser visto como uma narrativa audiovisual problemática, repleta
de anacronismos, ou que foge da realidade, mas como uma ferramenta que
possibilite a reflexão sobre as diversas narrativas construídas acerca de um
fato em questão. Dessa forma, entra a figura do professor como uma ponte que
permita a reflexão entre o conteúdo audiovisual exibido, reflexões e debates em
sala sobre o fato histórico trabalhado, contrapondo assim as perspectivas sobre
o mesmo. O cinema, documentário, programa de TV ou o clipe de uma música
possuem várias formas de comunicar que vão além da escrita. Apesar do cinema
muitas vezes se ligar a uma única perspectiva, podemos usá-lo para debater,
contrapor com outras formas de narrativas audiovisuais, escrita e outras
ferramentas de ensino.
Três
propostas de narrativas audiovisuais sobre perspectivas: Ditadura Militar 1964
Uma sugestão
dependendo do tema seria pegar um documentário de uma época e contrapor com a
perspectiva da outra. Por exemplo ao trabalhar em sala de aula a ditadura
militar de 1964, podemos utilizar: o
documentário Propaganda e Cinema a Serviço do Golpe. A narrativa audiovisual em
questão expõe um conjunto de 14 filmes de 1962-1964. Essas narrativas, foram
produzidos pelo Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais [Ipês] que buscava
trabalhar o inconsciente da sociedade brasileira para convencê-la na sustentação
do golpe de 1964. Analisando dessa forma, que o Instituto de Pesquisa e Estudos
Sociais, através da Propaganda e Cinema almejava uma forma de preparar a
sociedade para 1964, por meio de um discurso de origem intelectual-ideológica.
O que nos permite, refletir com os alunos sobre as narrativas e os objetivos
das mesmas através dessa ferramenta audiovisual. No caso do IPÊS o objetivo da
narrativa era convencer a sociedade da época sobre a sustentação do golpe.
A outra proposta, para
contrapor o exemplo anterior seria: o documentário ‘Democracia em vertigem’,
produzido por Petra Costa em julho de 2019. Que demostra o processo de
impeachment da presidente Dilma Rousseff, trazendo perspectivas diferentes
acerca do golpe de 1964, evidenciadas ao longo do documentário nos recortes
exibidos nas passagens de fala de Dilma que retratar a dor de sua tortura. E, a
perspectiva de Jair Messias Bolsonaro que exalta o coronel Carlos Alberto
Brilhante Ustra, primeiro militar a ser reconhecido pela justiça como torturador
na ditadura de 1964 responsável por inúmeras mortes. O documentário faz menção
a olhares sobre a ditadura militar, governos Lula e Dilma, esquerda e direita
que nos possibilita reflexões e abre espaço para debates em sala de aula ao
comparar as diferentes narrativas e olhares de ambas produções audiovisuais
sobre o tema em questão. Impactando assim, acredito, que positivamente no
processo de ensino-aprendizagem por meio da utilização dessa ferramenta no
auxilio educacional.
Além disso, poderíamos
usar um filme que tratasse desse mesmo acontecimento histórico, por exemplo: ‘O
Ano em que Meus Pais Saíram de Férias’. A narrativa em questão apresenta o
drama familiar de um menino que os pais o deixam sob os cuidados do avô, e
fogem ao serem perseguidos pelo regime militar. Além disso, exibe o futebol
nesse período utilizado como propaganda do governo e tido como ópio do povo. Ao
analisarmos essas três propostas de narrativas audiovisuais, nos deparamos com
a oportunidade de questionar, descontruir, e refletir as diferentes
perspectivas desse fato histórico trabalhado em questão. Possibilitando assim,
que os alunos tragam impressões, trocas e que possam elaborar questionamentos
próprios diante da construção do seu saber.
A
importância das narrativas audiovisuais no ensino de história
A Base Nacional Comum
Curricular [BNCC], demostra a importância de recorrer a diferentes linguagens e
mídias, além da escrita para o ensino de história. Assim como, identificar
outros olhares acerca de um mesmo contexto histórico e utiliza-se de recursos
digitais de comunicação e informação de modo crítico, ético e responsável.
Sendo assim, podemos refletir sobre o papel e importância dos recursos
audiovisuais aplicados ao ensino de história, atuando como uma ferramenta
essencial no auxílio do ensino-aprendizagem dos educandos. Por permiti-los
analisar, refletir, sensibilizar-se, debater e expor suas opiniões acerca do
mesmo:
“3. Elaborar
questionamentos, hipóteses, argumentos e proposições em relação a documentos,
interpretações e contextos históricos específicos, recorrendo a diferentes
linguagens e mídias, exercitando a empatia, o diálogo, a resolução de
conflitos, a cooperação e o respeito.
4. Identificar
interpretações que expressem visões de diferentes sujeitos, culturas e povos
com relação a um mesmo contexto histórico, e posicionar-se criticamente com
base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
7. Produzir, avaliar e
utilizar tecnologias digitais de informação e comunicação de modo crítico,
ético e responsável, compreendendo seus significados para os diferentes grupos
ou estratos sociais.” [Disponível:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/#fundamental/historia#competencias-especificas-de-historia-para-o-ensino-fundamental].
Segundo Patrícia
Margarida Farias Coelho, a geração Y, ou seja, as dos alunos que temos diante
de nós em sala de aula. Educandos esses com suas singularidades e
multiplicidades, e que crescem em meio a comunicação digital interagindo por
meios de sons, imagens, assim como os textos escritos verbais e não verbais.
Demostrando, variadas as habilidades verbais e visuais que se utilizam para se
comunicarem. Ademais, as narrativas audiovisuais possuem uma importância enorme
em comunicar, possibilitar a reflexão e gerar questionamentos acerca de um
determinado tema ou contexto histórico em questão. Do mesmo jeito que, uma
música, uma fotografia ou até mesmo um poema também possuem essa capacidade de
comunicar e afetar quem interage com os mesmos.
“Dessa maneira, constata-se
que a geração digital também conhecida como Geração Y cresce em um mundo no
qual a comunicação digital tem um papel fundamental tanto na sua formação
quanto na compreensão da realidade, pois é a partir da expansão das novas
tecnologias que essa geração se expressa e interage seja por meio de sons,
imagens e textos escritos e verbais. Assim, a Geração Y é caracterizada pelas
múltiplas competências e habilidades sensórios verbais e visuais que possuem e
utilizam para se comunicarem.” [COELHO, 2012].
Segundo Iara Inês
Hickmann Friedrich e Carla Cristina Nacke Conradi, a aquisição e troca de
conhecimento podem ser percebidas por meio das novas ferramentas que fazem
parte da vida cotidiana e não podem ser ignoradas pela escola. Sendo assim, a
instituição escolar deve procurar, elaborar maneiras que possibilitem o aluno a
interagir com de forma crítica e consciente com essas ferramentas. Além disso,
proporcionar um meio de acesso para a exibição do conteúdo audiovisual. Assim,
como demostrar e incentivar o acesso do mesmo em casa pelos celulares,
Computadores, Tablets, por exemplo.
“Percebe-se que as
formas de aquisição e troca de conhecimentos não se restringem mais
exclusivamente na figura do professor ou dos livros tradicionais. Sons,
imagens, interatividade, animações fazem parte da vida cotidiana dos nossos
alunos e o ritmo acelerado de introdução dessas novas ferramentas na sociedade
não podem em hipótese nenhuma serem ignoradas pela escola”
[Disponível:
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/2391-8.pdf].
José Manuel Moran,
analisa o impacto do uso do audiovisual. Nós possibilitando, refletir como
essas narrativas tocam nos sentidos dos seus telespectadores e como podemos
usa-las na educação impactando no processo de ensino-aprendizagem. E, como
essas narrativas podem tocar, afetar os sentidos e as interpretações e
questionamentos dos educandos.
“A televisão e o vídeo
partem do concreto, do visível, do imediato, do próximo – daquilo que toca
todos os sentidos. Mexem com o corpo, com a pele – nos tocam e “tocamos” os
outros, estão ao nosso alcance através dos recortes visuais, do close, do som
estéreo envolvente. Pela TV e pelo vídeo sentimos, experimentamos
sensorialmente o outro, o mundo, nós mesmos”. [2000, p.37]
As produções
audiovisuais nos servem como fonte de investigação histórica. As imagens em
movimento, em forma de filmes ou documentários, são consideradas tanto
monumentos quanto documentos que nos auxiliam no estudo da história. O
historiador, professor de história pode utilizar dessa fonte histórica no seu
trabalho, auxiliando nas análises de concepções distintas sobre o que é
história e narrativa histórica. Abrindo diversos debates, enfoques e formas de
se deparar com estudo e ensino da história.
Segundo Vitória
Azevedo da Fonseca, a análise da narrativa audiovisual de um filme, por
exemplo, passa pelo tempo que está sendo narrado e o tempo que foi produzida a
narrativa acerca de um contexto histórico em questão. A narrativa envolve
atores ao longo da produção audiovisual, que nos leva a ressaltar a importância
e um contexto de observações acerca da historicidade dessa fonte e a mensagem
que deseja passar diante do contexto de uma época e ano de produção. As
narrativas audiovisuais possuem sua maneira de comunicar, contrapondo-se assim
as outras “linguagens” tais como jornais, fotografias, documentos, escrita no
ensino e aprendizagem da história. Sendo assim, é essencial uma reflexão sobre
esses diferentes meios de comunicar, e as diferentes abordagens e categorias
designadas as fontes audiovisuais. Estabelecendo diálogos entre os diferentes
meios de comunicar no ensino de história através dessas diferentes linguagens.
“A análise de filmes
como fontes históricas passa pela identificação do seu lugar na temporalidade e
sobre as circunstancias de sua produção. Assim, podemos dizer, a importância de
situar o filme em uma tradição de movimentos cinematográficos, pois, dentre
outras análises, é possível compreender o seu lugar e seu diálogo em termos
estéticos. Além disso, as circunstâncias de produção, que envolve tanto o
diretor, mas, diferente de uma obra literária, um filme não pode ser atribuído
ao trabalho de uma única pessoa. Nesse sentido, envolve um contexto de análises
mais amplo. Pensando, então, na historicidade daquela fonte, podemos pensar na
análise de suas mensagens. Isso significa uma análise extremamente complexa
pois, como uma obra de arte, encerra em si uma multiplicidade de significados.
[Fonseca, 2018: 10]
Vitória Azevedo,
analisa que para começa um debate de uma narrativa audiovisual, além de um
estudo em si, seria necessário compreender como se deu a construção e o que
deseja comunicar. Possibilitando, principalmente que os alunos possam entender
o estudo da história para além “do estudo de um passado”, mas, sobretudo uma
construção de diferentes leituras sobre esse passado.
“O primeiro, alavancar
o debate sobre o assunto tratado no filme considerando que, além do estudo do
“conteúdo em si” seria fundamental compreender o processo de construção desse
“conteúdo” em cursos de comunicação. O ponto principal era possibilitar aos
alunos elementos para que pudessem compreender o estudo da História não como o
“estudo do passado”, mas, o estudo das leituras construídas sobre o passado”.
[idem, 12]
Claudio Santos Pinto
Guimarães, analisa, a questão da representação que um filme, por exemplo
carrega consigo. As narrativas audiovisuais carregam em si uma representação de
uma época, assim como carregam as manifestações do grupo que a produziu. O
autor complementa a ideia que o filme é uma fonte histórica. Carregando uma
representação, uma construção, um discurso que através da análise dessa fonte
audiovisual, é possível compreender as representações do contexto da realidade
de uma época, quanto da sua produção. Dessa forma, é de suma importância que o
professor reflita isso com seus alunos.
“Um dos aspectos mais
importantes foi articular as representações produzidas pelos filmes, criadas
por indivíduos do final do século XX, para discutir e entender o modo de pensar
e de agir dos medievais. De acordo com a utilização do conceito representação,
de Roger Chartier4, os personagens e os cenários, por exemplo, carregam consigo
representações de uma época e, além disso, pode-se perceber as manifestações do
grupo que produziu a película. O filme é uma fonte histórica, mas o que este
traz é uma representação, uma construção, um discurso. Desse modo, é possível,
por meio da análise do filme como representação, compreender as representações
tanto da própria realidade da época na qual o filme foi produzido, quanto das
representações sobre a realidade à qual o filme faz referência”. [GUIMARÃES,
2010:2].
Eloiza Gurgel Pires,
retrata a experiência audiovisual nos espaços educativos, sua relação com a
comunicação e afetação nos educandos, nos sujeitos, remetendo as suas dimensões
emotivas e imaginárias. Introduzindo elementos que ultrapassam a maneira de
ensinar limitada do ensino do ensino tradicional. Os professores devem refletir
juntos aos alunos em face ao professor educativo acerca das novas leituras e
meios de comunicar advindas da narrativa audiovisual.
“Desse modo, a
produção midiática nos espaços escolares nos remete à dimensão emotiva, ao
imaginário e às mitologias da nossa época, introduzindo elementos perturbadores
às disciplinas clássicas. É preciso considerar que essa “turbulência” poderá
gerar uma renovação. Cabe-nos indagar sobre os processos de apropriação e
ressignificação dos códigos audiovisuais nas expressões e manifestações
culturais dos espaços educativos, e as novas leituras e escrituras daí
advindas” [PIRES, 2010:238].
Considerações
finais
Encontramos
problemáticas que envolvem a utilização do recurso audiovisual e a maneira que
esse pode auxiliar no ensino de história, sendo necessário cuidados ao
introduzir/utilizar o recurso, e uma reflexão sobre a experiência audiovisual
no contexto dos espaços educativos. A utilização de narrativas audiovisuais nas
aulas de história deve prezar por um uso de modo crítico, ético e responsável.
Sendo os espaços educativos um importante mediador nos processos de apropriação
da linguagem audiovisual e dos usos variados de suportes na criação, expressão
e comunicação dessa narrativa. As três propostas de narrativas audiovisuais
sobre perspectivas da Ditadura Militar 1964, mostram formas como podemos
utiliza-las no âmbito educativo. Os autores mencionados, retratam o auxílio
desse recurso e problematiza os usos dessas fontes audiovisuais, além de
analisar propostas de utilização no ensino de história. As analises, apontam
para resultados positivos na aprendizagem e na formação da consciência crítica
e histórica do aluno. Cabe o professor auxiliar o uso que contribua para
desenvolver no aluno essa consciência crítica e ampliar seu conhecimento
histórico mediante ao uso dessa ferramenta. O docente deve servir de mediador,
não deixando o filme falar por si só, mas fornecendo espaço para o debate,
questionamentos e interpretações dos alunos ao serem afetados por esse conteúdo
audiovisual em face a um conteúdo narrado pelo mesmo.
Referências
Renata Linhares é
graduanda em História na UERJ.
PROPAGANDA E CINEMA A
SERVIÇO DO GOLPE, FILME 1962 /1964. Disponível em: https://youtu.be/rOfEge-dDJU
DOCUMENTÁRIO
DEMOCRÁCIA EM VERTIGEM. Roteiro: COSTA, Petra. Direção: COSTA Petra;
NATESEGARA, joanina; PAVAN, Tiago; BORIS, Shane. 2019.121 MIN. Classificação 12
anos.
COELHO. Patrícia. OS
NATIVOS DIGITAIS E AS NOVAS COMPETÊNCIAS TECNOLÓGICAS. Pontifícia Católica de
São Paulo. São Paulo, v.5, n. 2, p. 88-95. Ano 2012.
FRIEDRICH, Iara;
conradi, Carla. Uso e Produção de vídeos nas aulas de História: Limitações
Possibilidades. Disponível em:
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/2391-8.pdf
Acesso em: 15/04/2020
PIRES, Eloiza Gurgel.
A experiência audiovisual nos espaços educativos: possíveis interseções entre
educação e comunicação. Educ. Pesqui.,
São Paulo , v. 36, n. 1, p.
281-295, Apr. 2010. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-97022010000100006&lng=en&nrm=iso>.
Acesso em: 17/04/2020
GUIMARÃES, C. S. P. A
utilização do recurso audiovisual no ensino de história: metodologias no filme
Os Visitantes [1993]. X Encontro Estadual de História, 2010, Santa Maria-RS.
FONSECA, Vitória.
Audiovisuais e Ensino de História reflexões e propostas de uso problematizado
as noções de suporte de informações e fontes históricas. São Paulo, set. 2018.
Disponível:
https://www.encontro2018.sp.anpuh.org/resources/anais/8/1530825597_ARQUIVO_FONSECAAUDIOVISUAISEENSINODEHISTORIAREFLEXOESEPROPOSTASDEUSOPROBLEMATIZANDOASNOCOESDEsuportesdeinformacoesEFONTESHISTORICAS.pdf.
Acessado:17/04/2020
Olá Renata, primeiramente te parabenizo pelo trabalho, com uma temática muito atual.
ResponderExcluirGostaria de me deter no seguinte ponto:No fim to texto colocas o professor como mediador "não deixando o filme falar por si só, mas fornecendo espaço para o debate, questionamentos e interpretações dos alunos". De maneira prática, como isso poderia ser feito em sala de aula? Por exemplo: Um professor reproduz um audiovisual sobre a Ditadura Militar em sala de aula, como este pode incitar as discussões, os questionamentos e o debate entre os alunos? Seria por meio de perguntas elaboradas, algum jogo ou dinâmica? O professor poderia usar outro material complementar ao audiovisual? Como relacionar as imagens, sons, roteiro exibido, ao conteúdo estudado e a realidade atual dos alunos?
Matheus Felipe Araujo Souza
Grata pelas palavras, Matheus! Li todos os comentários, e já tive reflexões para montar um novo texto. Primeiramente, deixaria o aluno escrever, expressar do seu modo como a narrativa em questão o afetou. Sendo que o debate pode ser feito de diversas formas, por exemplo os alunos fazem um resumo não colocam o nome na folha depois misturas elas. Após isso cada um ler a impressão do colega (sem identificação). Isso, é apenas um dos exemplos. Sim, acho muito válido a utilização de outros materiais. Entretanto, devemos calcular o tempo de aula para alocar essas fontes complementares.
ExcluirMuito Obrigado Renata. Novamente, parabéns pelo trabalho.
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ResponderExcluirBoa noite!
ResponderExcluirO ensino de História antes, na forma tradicional, se voltava para a memorização de datas, séculos, nomes de personalidades, enfim... Hoje, o ensino é voltado para a construção do conhecimento junto ao aluno, os documentos, as tecnologias são aliados importantes a esta metodologia. Como levar para a sala de aula um documentário, um filme... para ser trabalhado em 45-55 minutos, pois dentro deste tempo, o professor precisa instigar o aluno acerca do que foi exposto. Como o professor ministrará este tempo? Seria necessária uma conversa com os professores das outras áreas do conhecimento para que cedesse parte do seu horário?
Rosângela Diniz Rabelo
Boa noite, Rosângela!
ExcluirO tempo de aula realmente, é algo essencial de ser pesando. Podemos fazer, por exemplo, um recorte de uma narrativa audiovisual sobre um tema em questão. Também, penso que podemos abordar o tema "ditadura" numa aula anterior e utilizar a outra para exibição ou vice e versa. Podemos, negociar com os colegas professores para ceder um pouco do seu tempo ou trocar de tempo conosco. Sobre instigar os alunos, seria bacana o uso de outras fontes também - que tendem a ir de encontro com a realidade deles.
Obrigada Renata. Parabéns pelo trabalho!
ExcluirOlá, Renata!
ResponderExcluirTendo em vista a sua colocação em relação à função mediadora que o professor deve exercer no debate e o espaço que se abre para que os alunos exponham suas opiniões e apontamentos,segue minha questão: como desenvolver a consciência crítica de um aluno que ouve,no âmbito familiar ou até mesmo em outras mídias pela internet, que a ditadura foi um momento bom pelo qual o país passou? Você acha possível fazê-lo apenas por meio das narrativas audiovisuais?
Jéssica Roberta Coelho de Novais
Olá, Jéssica!
ExcluirSabemos que em sala de aula encontramos múltiplas realidades e alunos cada um com suas singularidades. Nós como professores, acredito, não apenas por meio das narrativas audiovisuais desenvolver essa consciência crítica do aluno, mas com auxílio e uso consciente dessa abrir espaço para que favoreça para o desenvolvimento dessa consciência. Podemos, ultizar de outras fontes, e da troca de pensamentos - promovida pela socialização da vivência escolar para desenvolvimento dessa consciência crítica. Sobre esse aluno, que vive nesse ambiente familiar (desprovido de capacidade reflexiva) torço para que ele desenvolva ao longo do seu processo de ensino-aprendizagem uma consciência crítica para que não caia nas armadilhas de fake news ou se deixe levar por falsos discursos.
Obrigado pela resposta!
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirQuero parabenizar pela temática, visto que o referido texto objetiva explanar a importância da utilização de recursos audiovisuais em situações de aprendizagem , se reportando ao ensino de historia. O uso de tecnologias digitais facilitam no processo de aprendizagem, permitindo uma ampliação do tema estudado, fazendo com que os educandos tenham e uma maior atenção aos conteúdos mediado pelo professor, aprofundando o conhecimento e abrindo possibilidades
ResponderExcluirParabéns é uma excelente temática. Sabemos da importância em tornar o educando o centro do processo ensino aprendizagem.
Grata por suas palavras, Raimunda Nonata! Seu comentário enriqueceu muito meu trabalho e me inspirou a refletir mais sobre esse tema.
ExcluirPrimeiramente, parabéns pelo trabalho apresentado.
ResponderExcluirSou estudante do terceiro ano do curso de Licenciatura em História, já estive dentro da sala de aula através do PIBID, na ocasião foi utilizada uma fonte audiovisual para orientar a aula. Seu texto, me levantou uma questão, sobre as fontes em si. Levando em consideração turmas de ensino fundamental e as dificuldades da educação pública em relação à tecnologia, até que ponto você você acha pertinente, a utilização de um arquivo audiovisual? Apenas pequenos momentos de um filme, ou mesmo um programa inteiro como foi dado o exemplo do documentário "Democracia em Vertigem"?
João Carlos Musomessi Ferreira.
Olá, João!
ExcluirMuito obrigada por suas palavras. Pensei muito quando estava escrevendo o texto sobre as dificuldades entre a utilização das narrativas audiovisuais no ensino público frente ao privado. Realmente, são realidades bem distantes uma da outra. Falo por experiência que tenho nas minha turmas de pré-vestibular em comparação as aulas que dei particulares para alunos de rede particular. Os alunos de rede particular tem acesso a computadores, celulares, (suportes para exibição) o que é uma realidade diferente para a maioria dos alunos da rede pública. Se o trabalho for na sala de aula, sugiro um recorte do documentário ou a exibição dele numa aula e na outra do tema ou vice e versa. Na rede particular pode encaminhar como tarefa de casa para assistir com os pais( daí vem um outro ponto a ser pensar: se os pais são daqueles que apoiam a ditadura a exibição de um documentário como esse em casa: ou podem salva-los da sua ausência reflexiva ou podem fazer com que eles se voltem contra nós professores - nos acusando de sermos doutrinadores e por ai vai... Inclusive, isso me instigou a pensar mais sobre essas possibilidades. Em relação a rede pública penso: que o melhor seria a exibição em sala com recorte ou ultilzar a aula apenas para exibição, e uma outra para discussão do tema. Levando em consideração, que na rede pública temos alunos com realidades diferentes e muitos sem acesso a internet e a esses suportes de exibição.
Olá Renata, muito obrigada pela excelente abordagem e pela contribuição apresentada acerca dos diferentes recursos que podem fazer parte do ensino de história, os quais dialogam com as vastas fontes de análise desta ciência e disciplina e que demonstra ao final de maneira excepcional a potencialidade do audiovisual no espaço escolar, por exemplo, como ocorre no seu texto.
ResponderExcluirO meu questionamento se refere a um aspecto recorrente na fala de alguns professores durante a realização do meu estágio supervisionado obrigatório em Licenciatura em História, acerca da solicitação de aulas diversificadas por parte dos estudantes e o contraponto recorrente nessa situação que evidencia como se dá a recepção desses recursos didáticos por parte deles. Neste ponto, destaca-se os filmes, que são vistos como uma forma de lazer na escola. Por isso, como podemos desmistificar essa visão sobre a utilização e a funcionalidade dos mesmos durante as aulas?
Att.,
Tamiris Aparecida Andrada da Silva
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ResponderExcluirOlá, Tamiris!
ResponderExcluirE muito gratificante ler seu comentário. Muito obrigada!
Você tocou em um ponto de fundamental importância. Sim, já vi muitos comentários como esses, inclusive, nos meus tempos de aluna no ensino médio e fundamental. Acredito que podemos, aprender com o "lazer" também. Precisamos, mostrar que o ensino de história auxilia para o desenvolvimento da nossa consciência crítica, também por meio dessas outras ferramentas, desses recursos audiovisuais. Se os alunos, denominam isso como um lazer, que tentamos encontrar uma maneira de ser algo que se aproxime da realidade deles. Mas, isso não anula, as dificuldades que encontraremos no caminho. Acredito, que para desmistificar essa visão sobre a utilização e a funcionalidade desse recurso na sala de aula podem ser feitos os seguintes questionamentos: Como as narrativas audiosvisuais influenciam na vivência desses alunos, e como se dá para eles essa relação com essa fontes. Perguntar para eles: como é a sensação entre ver um filme e ler um texto, e apontar a importância de cada um para nosso desenvolvimento escolar. Demostrar, para eles como as narrativas audiosvisuais nos permite uma outra forma de ensino-aprendizagem. Além disso, podemos utilizar outras fontes de auxílio que faça diálogo com o tema apresentado também.