Henrique Alexandro Senderski


A MEDICINA POPULAR EM IRATI-PR: AS RELAÇÕES DE PODER DIANTE DAS PRÁTICAS



A pesquisa desenvolvida pretende abordar, em dimensão histórica, a conceituação da medicina popular e as relações existentes perante as suas práticas. Trata-se de um trabalho que abrange uma dimensão histórica e social para o desenvolvimento de uma historiografia que permite apontar a dinâmica cultural da cidade de Irati-PR no início do século XXI.

Destas práticas puderam ser detectadas as “semi-institucionalizadas” ou também denominadas de “terapêuticas” e as “não institucionalizadas" que englobam práticas tradicionais desenvolvidas pela oralidade e pela transmissão de um conhecimento popular. Sendo assim, “alguns saberes e práticas subsistem aos estatais e científicos” [SOCHODOLAK; CARDOSO, 2015, p.05], ou seja, considera-se a existência de um reconhecimento e legalidade, ao passo que surge a problematização de que as demais práticas podem assumir, como consequência, um posicionamento “antiquado” aos critérios da “legitimidade”.

Perante o levantamento desta problemática, desenvolve-se uma perspectiva de verificação que envolve as práticas e as relações de poder nas quais estão inseridas. Ocorrendo dessa maneira, a possibilidade de perpassar pelos parâmetros das experiências produzidas pelas culturas “científicas” e “não científicas”.

A importância desta pesquisa se desenvolve pela abordagem conceitual do critério da explicação histórica, donde se percebe que a história “não é recriação, mas explicação”[VEYNE, 1976, p. 71], sendo assim, estabelece-se a necessidade de construir explicações que promovam a compreensão dos elementos que fundamentam as realidades presentes e ainda permitam a tomada de consciência dessas realidades que são permeadas de sentidos.

A conceituação da medicina popular diante das práticas em Irati-PR
A prática da história pode ser estabelecida por uma necessidade de transmitir o seu passado perante uma relação espaço-temporal, e uma intensa preocupação aos elementos constituintes desse passado através de uma historiografia. Nota-se, portanto, que o desenvolvimento narrativo da história assume um caráter expressivo quando apresenta as manifestações da estreita relação da história conceitual com a história social. Narrar essa relação é revelar a essência da história e transmitir o seu imenso desafio, pois nessa perspectiva é que pode ser citado o pensamento de José Carlos Reis quando revela o “desafio historiográfico”:

“O final feliz da pesquisa historiográfica não pode ser a suspeita radical e a supressão da memória; ao contrário, deve ser a conquista de uma “memória feliz”. A operação historiográfica feliz e a memória feliz são “felizes” porque, ao se reunirem, oferecem um prazer supremo, único: o “milagre do reconhecimento”. O reconhecimento é o enigma da presença ausente, a presença da alteridade que não é mais, a lembrança-presente, que corresponde fielmente à marca impressa na memória. A lembrança é representação no duplo sentido: para trás e de novo. O passado reconhecido é “passado percebido”, apropriado, humanizado, transformado em linguagem”. [REIS, 2010, p.60]

Relacionando a dimensão conceitual com a sociedade e estabelecendo o reconhecimento dos elementos que constroem essa mesma realidade social, é assim que se identifica o conceito de “medicina popular”, sobretudo na realidade de Irati-PR. Essa proposta se estrutura pela identificação de práticas que constroem o cotidiano dessa região e que por isso tornam-se pertinentes à investigação histórica.

O estabelecimento investigativo dessa região, em proposta de uma história conceitual e social, decorre em amplitude de análises que atingem várias dimensões historiográficas, como por exemplo, a história regional, das representações, das mentalidades, da cultura, das identidades, enfim, abre-se um “leque” de possibilidades narrativas. Dentre as inúmeras propostas que podem ser atingidas por essa pesquisa, cabe ressaltar o ponto de partida do desenvolvimento e da procura dos sentidos que envolvem as devidas linhas historiográficas.

Partindo da importância historiográfica para o estudo regional, cabe salientar o vasto campo que será atingido pela formação cultural. E pensando em cultura, pode ser destacada a perspectiva de Clifford Geertz que desenvolve o conceito de cultura como “um padrão historicamente transmitido, de significados incorporados em símbolos, um sistema de concepções herdadas, expressas em formas simbólicas, por meio das quais os homens se comunicam, perpetuam e desenvolvem seu conhecimento e suas atitudes acerca da vida”[BURKE, 2005, p.52]. Nessa relação de padrões que estruturam uma transmissão de símbolos e significados é que a dimensão cultural desenvolve o papel de extrema importância perante a dinâmica da sociedade. Dessa forma, a maneira como os indivíduos transmitem e interpretam o mundo que os rodeia constrói uma complexa linguagem que favorece a comunicação dos valores que constituem os seus elementos culturais formadores da própria sociedade.

Da identificação dessa estrutura cultural é que se passa a destacar o desenvolvimento de práticas, em Irati-PR, as quais se caracterizam como “medicina popular”, uma vez que suas ações são determinadas através da construção do cotidiano, como afirma Elda Rizzo de Oliveira definindo esse conceito:

“É grande o conjunto de pessoas que, em diferentes circunstâncias e com diversas concepções, opiniões e valores sobre a medicina popular, usam o arsenal de técnicas, conhecimentos e práticas que ele encerra. Por exemplo, sem preocupar-se se tal uso é ou não popular, a mãe usa chazinhos com o seu filho; a avó indica dieta à neta que acabou de dar à luz; o raizeiro manipula raízes de plantas para o diabético, para aquele que tem problemas no rim, fígado, pulmão, estômago ou na bexiga. No ato da benzeção, a benzedeira indica banhos, massagens e chás àqueles clientes que a procuram. Assim, a medicina popular está incorporada aos nossos atos concretos, cotidianamente vividos. Estes atos estão cristalizados em hábitos, costumes e tradições. Não nos damos conta do quanto ela é importante, mas a medicina popular é praticada na esfera familiar, na casa de nossos amigos, vizinhos e parentes, na comunidade onde moramos, na cidade onde vivemos. Ela é um fenômeno próximo a nós, mas muito complexo. Pouco conhecemos sobre ela. Mais difícil ainda se torna aplicar-lhe uma definição”. [OLIVEIRA, 1985, p.7-8]

A partir de ações do cotidiano desenvolve-se uma construção histórica, simbólica e representativa dos seus agentes, e que por eles e por suas práticas, procura-se estabelecer e identificar a relação de uma história conceitual e social diante dessa realidade em Irati-PR.

Nesses parâmetros é que o conceito da “medicina popular” está relacionado às práticas para a obtenção da saúde. Essas práticas atingem o cotidiano das pessoas que se envolvem numa procura e orientação de curandeiros e benzimentos associados à “prescrição” de chás, plantas ou mesmo de simpatias que revelam a busca de uma alternativa para adquirir a cura diante de alguma moléstia.

A busca pela promoção da saúde pode ser entendida como procedimento que decorre da tradição e da religiosidade. Esses elementos podem ser constatados pela transmissão de gerações, como também por aspectos da fé das pessoas que procuram a medicina popular e os devidos agentes dessas práticas.

Diante dessa afirmação pode ser ressaltada a pesquisa realizada diante dessa temática de interpretação das práticas de benzimentos e dos usos das plantas na região de Irati-PR. Nessa pesquisa podem ser observados os usos das plantas na promoção da saúde provenientes das particularidades presentes nos benzimentos. Sendo assim, é que foram constatadas essas particularidades em algumas entrevistas que foram concedidas:

“No método usado por Maria Aparecida Koropka, percebemos que ela derrama a cera e assim consegue ver a espécie de planta a ser indicada, pois ela mesma afirma que “eu viro a cera, faço a oração e vejo o tipo de remédio que você tem que tomar!...por exemplo um chá de folha de laranja, você tem que fazer aquele chazinho de folha de laranja[...]” [Koropka,2009].  Outra forma de verificação ocorre especificamente pelo benzimento, pois na própria oração é que surge a planta que a pessoa necessita. Sobre esse método a senhora Ana de Ramos afirma: "[...] eu vejo no benzimento o que é que precisa, daí eu explico, faça assim... faça assim[...]” [Ramos, 2009].  Ainda relacionada a essa maneira de indicar as plantas necessárias e adequadas para as pessoas, através da oração, Dona Leoni revela: “[...] eu tenho por assim... como se diz...eu tenho uma intuição e daí  me dita pra mim e eu ensino aquele remédio e a pessoa faz...vem aquela intuição...é tal coisa...é tal coisa...de repente se você tem uma dor de estômago, eu falo pra você, faça tal chá, é isso... e isso... que você vai ficar bom[...]”  Essa intuição que é declarada pela senhora Leoni, no momento da benção, se refere à iluminação divina que esclarece quais as plantas a serem usadas. Destacamos então, por esse relato, que é no benzimento que são reveladas as plantas que darão a saúde para a pessoa que necessita, mesmo que se perceba que o conhecimento sobre a importância e o devido “poder medicinal” da planta estejam presentes de maneira consciente na benzedeira”.  [SENDERSKI; SOCHODOLAK, 2015, p.163-164]
 
O desenvolvimento do trabalho com essas entrevistas, realizadas no ano de 2009, auxiliou na constatação de que o conceito da medicina popular vinculado ao uso das plantas na promoção da saúde, em pleno início do século XXI, condiciona à verificação de práticas cotidianas estreitamente ligadas à sabedoria popular. E essa forma de sabedoria, mesmo diante dos mais apurados avanços que a sociedade possua, revela a presença e também a permanência de elementos constitutivos históricos de um conhecimento que apresenta expressões culturais repletas de significados. Portanto, essa sabedoria, possuidora de uma linguagem própria, perpassa por uma estrutura conceitual e atinge a possibilidade de uma compreensão da própria realidade social.

Os desafios da medicina popular: institucionalização e legitimação das práticas
A medicina popular, como já observado, desenvolve-se numa visão histórica de formação, onde podem ser salientados os elementos da tradição e da transmissão, de geração a geração, como os fatores constitutivos das relações humanas que possibilitam essa proposta histórica. Nessas condições é que se percebe a afirmação de Elda Rizzo de Oliveira quando comenta sobre as medicinas populares:

“Por serem práticas fecundas e dinâmicas, elas são constantemente inventadas e reinventadas. Como parte de uma cultura originalmente rural e católica, as medicinas populares são deslocadas do campo para as cidades juntamente com o fenômeno das migrações. E o seu poder de recriação na cidade é também a relativa autonomia que estas medicinas populares possuem na nossa sociedade”. [OLIVEIRA, 1985, p.17-18]

Dessa concepção histórica e social que pode ser “levantada” pela medicina popular é que se estabelece o aspecto de um espaço temporal histórico. Esse aspecto que Elda Rizzo de Oliveira apresenta como condição de “poder de recriação na cidade”, ou seja, perante o espaço de um desenvolvimento urbano, condicionado à realidade que a sociedade estabelece no seu tempo é que pode ser identificada a medicina popular construindo as suas representações, seus símbolos e a sua própria identidade nessa história. No entanto, é nessa recriação que se nota a presença de uma relação conflituosa, pois “na cidade, a medicina popular como um conjunto de práticas sociais de cura desenvolvidas dentro da cultura popular, encontra-se em permanente confronto com a medicina e religiões eruditas” [OLIVEIRA, 1985, p.27]. Nessas condições é que se destaca a complexidade e o desafio da permanência das práticas que envolvem a medicina popular diante da realidade social.

O conceito de “recriação” favorece a percepção da adaptação ao espaço da cidade pois “as medicinas populares são, no contexto urbano atual, uma resistência política à medicina exercida pela Previdência, empresas médicas e outras agências. Elas não são práticas marginais. Num certo sentido competem com a medicina erudita” [OLIVEIRA, 1985, p.27]. Essa construção dos espaços sociais, principalmente quando atingem uma representação histórico-espacial na sociedade, auxilia na verificação dos ambientes adequados que revelam as relações conflitantes e que assim estabelecem o desenvolvimento de identidades sociais.

Torna-se pertinente ressaltar o espaço do “campo” ou do “rural” como o espaço que apresenta importância histórica ao desenvolvimento da medicina popular, através das relações estabelecidas diante da natureza, o que favorece uma experiência de vida própria através das atividades e das relações sociais desse espaço. Nesse ambiente destaca-se a presença do camponês, do homem do campo e do lavrador que diante de sua realidade histórica, constrói também a sua personalidade e que desenvolve uma maneira própria de buscar a saúde, a cura e o bem-estar através de uma prática vinda de sua sabedoria comum que gera uma “medicina caseira” [OLIVEIRA, 1985, p.22].

Do desenvolvimento da óptica histórica dos espaços correspondentes às suas mentalidades, principalmente, diante das práticas para a promoção da saúde, torna-se pertinente a reflexão de que ocorre a busca de uma legitimidade. A procura pela legitimação das práticas, provenientes da medicina popular, acompanha uma regularização pela busca de cientificidade. E nessa proximidade aos critérios científicos é que pode ser notada a procura pela institucionalização.

Em análise a essa institucionalização das práticas para a obtenção da saúde é que em Irati-PR, constatou-se a presença de práticas identificadas como “semi-institucionalizadas” e também as “não institucionalizadas”. Essas formas de práticas, ligadas ao processo de institucionalização foram pesquisadas e constatadas diante das ligações aos critérios científicos. Donde ocorre a constatação de que:

“Em ambas as alternativas, encontramos uma série de símbolos que identificam e ao mesmo tempo justificam os seus exercícios como sendo eficazes, por meio de suas devidas linguagens. Na caracterização de cada uma das práticas podem ser elencados alguns elementos que nos ajudam nesse processo de comparação, mas é preciso destacar que a legalidade de cada uma, bem como a constituição de cada discurso, está adequada aos princípios que regem as suas representações. Em cada prática encontramos as significações relacionadas aos modos pelos quais são desempenhadas as técnicas, seja pela bioenergia (terapia) ou pelo fundamento religioso e popular dos benzimentos”. [SENDERSKI; SOCHODOLAK, 2015, p.169-170].

Nessa comparação das práticas de utilização das plantas, pelo desenvolvimento das terapias ou do saber popular, é que pode ser percebida a institucionalização pela procura da sintonia às práticas convencionais que legitimam os seus desempenhos. Cabe ressaltar que essa legitimidade pode também abarcar a estruturação do critério do poder. Assim como afirma Maria Amélia M. Dantes diante do seu estudo sobre a questão da ciência na história perante as relações de poder:

“Retornando à contribuição que a nova historiografia da ciência pode trazer para o estudo das relações de poder na história brasileira, pelo menos dois pontos podem ser sublinhados. Primeiro... A historiografia mais recente vê a prática científica integrada a projetos sociais mais amplos, ou seja, mais diretamente ligada às questões de poder. Neste sentido, a valorização das práticas científicas e a desautorização de outros saberes passam a ser vistas como integradas a projetos modernizadores das elites nacionais, nos diversos períodos da história nacional. Ainda merece ser destacado que a história da medicina mais tradicional acabou construindo uma imagem que deixou no limbo a atuação dos terapeutas de origem popular que, como mostram os novos estudos, eram muito valorizados pela população brasileira. E, como sabemos, continuam atuando ainda hoje, paralelamente ao campo médico”. [DANTES, 2010, p. 22]

As relações de poder, apresentadas por Maria Amélia M. Dantes, direcionadas à dimensão científica, favorecem a visualização da justificativa da legitimação das práticas do saber popular. Parece então que através de projetos sociais e históricos identifica-se a construção, referente aos modelos da modernização, de uma necessidade de institucionalização das práticas que envolvem o desempenho de uma medicina popular.

Considerações finais
O desenvolvimento dessa pesquisa, que estabelece uma dimensão histórica, social e cultural, destaca-se pelo fato de estabelecer as condições necessárias para se pensar o papel do historiador e da sua construção historiográfica, relacionando assim, os conceitos que lhe cabem identificar e interpretar a própria sociedade.

Torna-se pertinente estabelecer, em construção histórica, a identificação de um saber popular que constrói o conceito de medicina popular e perante os seus devidos significados, estabelece uma presença atuante na sociedade. Essa presença identifica a necessidade de um reconhecimento, o que precisa ser entendido não como sendo “fechado” à estrutura de uma relação de poder que aniquile a sua compreensão, mas que favoreça o desenvolvimento do que pode ser entendido como a construção conceitual de uma “memória feliz” [REIS, 2010, p.60], que segundo José Carlos Reis se dá como elemento necessário do desafio historiográfico quando ele define que essa espécie de memória só se desenvolve pelo “milagre do reconhecimento” [REIS, 2010, p.60].

A proposta desafiadora ocorre então, pela construção de um processo de reconhecimento por um viés historiográfico que permita elencar os devidos conceitos que estruturam a dinâmica histórica e social das práticas culturais. Dessa forma, assume-se a identificação e ao mesmo tempo a amplitude dos elementos constituintes de símbolos e significados que precisam ser destacados e pensados. Esse desafio também ocorre pela interpretação de que as devidas representações que envolvem essas práticas ultrapassam os espaços “interiores” da sociedade e irrompem os grandes centros urbanos dos avanços e das técnicas, fazendo com que nesses espaços elas possam ser identificadas.

Portanto, nessas condições, desenvolve-se a relação conceitual da memória com o reconhecimento direcionando-se à possibilidade de se pensar a realidade de Irati-PR. Nessa perspectiva, o elemento condicionante é a identificação da apropriação de uma medicina popular que permanece atuante, superando os devidos conflitos científicos da legitimação e da institucionalização.

Referências
Henrique Alexandro Senderski é mestrando pelo Programa de Pós-Graduação em História – PPGH – UNICENTRO – Campus de Irati-PR.

BURKE, Peter. O que é História Cultural? Trad. Sérgio Góes de Paula. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 2005.
DANTES, Maria Amélia M. História, cultura e relações de poder – a questão da ciência. In: DIAS, André Luis M.; COELHO NETO, Eurelino Teixeira; LEITE, Márcia Maria da Silva Barreiros. (orgs). História, cultura e poder. Feira de Santana: UEFS Editora; Salvador: EDUFBA, 2010.
OLIVEIRA, Elda Rizzo de. O que é medicina popular. São Paulo, Brasiliense, 1985.
REIS, José Carlos. O desafio historiográfico. Rio de Janeiro: Editora FVG, 2010.
SENDERSKI, Henrique Alexandro; SOCHODOLAK, Hélio. Os usos das plantas na promoção da saúde. In: JÚNIOR, Hélio Rebello Cardoso; Hélio Sochodolak. (orgs). Cotidiano, Saberes e Práticas Tradicionais. Jundiaí: Paco Editorial, 2015, p. 163-164.
SOCHODOLAK, Hélio; CARDOSO JR, Hélio Rebello. Cotidiano, Saberes e Práticas Tradicionais. Jundiaí: Paco Editorial, 2015.
VEYNE, Paul. A história conceitual. In: LE GOFF, J. e NORA, P. (Org.). História: novos problemas. Trad. Theo Santiago. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1976.

3 comentários:

  1. Parabéns Henrique pela pesquisa.Em relação às práticas populares apresentadas no artigo, você acredita que ao longo da História, as práticas "institucionalizadas", como terapias reconhecidas e certificadas, ainda mantém traços e estruturas alicerçadas nas antigas práticas populares?
    Att, Juliana Guimarães

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    1. Olá Querida Juliana! Tudo bem? Eu agradeço muito pelo questionamento e pelo interesse na pesquisa. Perante a sua pergunta podemos levantar grandes reflexões relacionadas justamente pela relação histórica que pode ser destacada entre essas práticas. Tornam-se evidentes as devidas situações que problematizaram essa relação, favorecendo a construção de interesses, de poderes e de fatores que são dignos de serem cada vez mais investigados através da riqueza da história cultural, regional e também dos elementos constituintes de uma história das relações de poder que se manifestam entre essas práticas. Portanto é possível relacionar as práticas populares às práticas atuais e "institucionalizadas" uma vez que suas "raízes históricas" assim nos permitem, como também a "busca de legitimação" das práticas populares hoje, pode indicar essa ligação entre elas (mesmo que essa ligação seja paradoxal).

      Espero que tenha ajudado e também instigado você à pesquisa!

      Grande Abraço!

      Att,

      Henrique Alexandro Senderski

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