A MEDICINA POPULAR EM IRATI-PR: AS RELAÇÕES DE PODER DIANTE DAS PRÁTICAS
A pesquisa
desenvolvida pretende abordar, em dimensão histórica, a conceituação da
medicina popular e as relações existentes perante as suas práticas. Trata-se de
um trabalho que abrange uma dimensão histórica e social para o desenvolvimento
de uma historiografia que permite apontar a dinâmica cultural da cidade de
Irati-PR no início do século XXI.
Destas práticas
puderam ser detectadas as “semi-institucionalizadas” ou também denominadas de
“terapêuticas” e as “não institucionalizadas" que englobam práticas
tradicionais desenvolvidas pela oralidade e pela transmissão de um conhecimento
popular. Sendo assim, “alguns saberes e práticas subsistem aos estatais e
científicos” [SOCHODOLAK; CARDOSO, 2015, p.05], ou seja, considera-se a
existência de um reconhecimento e legalidade, ao passo que surge a
problematização de que as demais práticas podem assumir, como consequência, um
posicionamento “antiquado” aos critérios da “legitimidade”.
Perante o levantamento
desta problemática, desenvolve-se uma perspectiva de verificação que envolve as
práticas e as relações de poder nas quais estão inseridas. Ocorrendo dessa
maneira, a possibilidade de perpassar pelos parâmetros das experiências
produzidas pelas culturas “científicas” e “não científicas”.
A importância desta
pesquisa se desenvolve pela abordagem conceitual do critério da explicação
histórica, donde se percebe que a história “não é recriação, mas
explicação”[VEYNE, 1976, p. 71], sendo assim, estabelece-se a necessidade de
construir explicações que promovam a compreensão dos elementos que fundamentam
as realidades presentes e ainda permitam a tomada de consciência dessas
realidades que são permeadas de sentidos.
A
conceituação da medicina popular diante das práticas em Irati-PR
A prática da história
pode ser estabelecida por uma necessidade de transmitir o seu passado perante
uma relação espaço-temporal, e uma intensa preocupação aos elementos
constituintes desse passado através de uma historiografia. Nota-se, portanto,
que o desenvolvimento narrativo da história assume um caráter expressivo quando
apresenta as manifestações da estreita relação da história conceitual com a
história social. Narrar essa relação é revelar a essência da história e
transmitir o seu imenso desafio, pois nessa perspectiva é que pode ser citado o
pensamento de José Carlos Reis quando revela o “desafio historiográfico”:
“O final feliz da
pesquisa historiográfica não pode ser a suspeita radical e a supressão da
memória; ao contrário, deve ser a conquista de uma “memória feliz”. A operação
historiográfica feliz e a memória feliz são “felizes” porque, ao se reunirem,
oferecem um prazer supremo, único: o “milagre do reconhecimento”. O
reconhecimento é o enigma da presença ausente, a presença da alteridade que não
é mais, a lembrança-presente, que corresponde fielmente à marca impressa na
memória. A lembrança é representação no duplo sentido: para trás e de novo. O
passado reconhecido é “passado percebido”, apropriado, humanizado, transformado
em linguagem”. [REIS, 2010, p.60]
Relacionando a
dimensão conceitual com a sociedade e estabelecendo o reconhecimento dos
elementos que constroem essa mesma realidade social, é assim que se identifica
o conceito de “medicina popular”, sobretudo na realidade de Irati-PR. Essa
proposta se estrutura pela identificação de práticas que constroem o cotidiano
dessa região e que por isso tornam-se pertinentes à investigação histórica.
O estabelecimento
investigativo dessa região, em proposta de uma história conceitual e social,
decorre em amplitude de análises que atingem várias dimensões historiográficas,
como por exemplo, a história regional, das representações, das mentalidades, da
cultura, das identidades, enfim, abre-se um “leque” de possibilidades
narrativas. Dentre as inúmeras propostas que podem ser atingidas por essa
pesquisa, cabe ressaltar o ponto de partida do desenvolvimento e da procura dos
sentidos que envolvem as devidas linhas historiográficas.
Partindo da
importância historiográfica para o estudo regional, cabe salientar o vasto
campo que será atingido pela formação cultural. E pensando em cultura, pode ser
destacada a perspectiva de Clifford Geertz que desenvolve o conceito de cultura
como “um padrão historicamente transmitido, de significados incorporados em
símbolos, um sistema de concepções herdadas, expressas em formas simbólicas,
por meio das quais os homens se comunicam, perpetuam e desenvolvem seu
conhecimento e suas atitudes acerca da vida”[BURKE, 2005, p.52]. Nessa relação
de padrões que estruturam uma transmissão de símbolos e significados é que a
dimensão cultural desenvolve o papel de extrema importância perante a dinâmica
da sociedade. Dessa forma, a maneira como os indivíduos transmitem e
interpretam o mundo que os rodeia constrói uma complexa linguagem que favorece
a comunicação dos valores que constituem os seus elementos culturais formadores
da própria sociedade.
Da identificação dessa
estrutura cultural é que se passa a destacar o desenvolvimento de práticas, em
Irati-PR, as quais se caracterizam como “medicina popular”, uma vez que suas
ações são determinadas através da construção do cotidiano, como afirma Elda
Rizzo de Oliveira definindo esse conceito:
“É grande o conjunto
de pessoas que, em diferentes circunstâncias e com diversas concepções,
opiniões e valores sobre a medicina popular, usam o arsenal de técnicas,
conhecimentos e práticas que ele encerra. Por exemplo, sem preocupar-se se tal
uso é ou não popular, a mãe usa chazinhos com o seu filho; a avó indica dieta à
neta que acabou de dar à luz; o raizeiro manipula raízes de plantas para o
diabético, para aquele que tem problemas no rim, fígado, pulmão, estômago ou na
bexiga. No ato da benzeção, a benzedeira indica banhos, massagens e chás
àqueles clientes que a procuram. Assim, a medicina popular está incorporada aos
nossos atos concretos, cotidianamente vividos. Estes atos estão cristalizados
em hábitos, costumes e tradições. Não nos damos conta do quanto ela é
importante, mas a medicina popular é praticada na esfera familiar, na casa de
nossos amigos, vizinhos e parentes, na comunidade onde moramos, na cidade onde
vivemos. Ela é um fenômeno próximo a nós, mas muito complexo. Pouco conhecemos
sobre ela. Mais difícil ainda se torna aplicar-lhe uma definição”. [OLIVEIRA,
1985, p.7-8]
A partir de ações do
cotidiano desenvolve-se uma construção histórica, simbólica e representativa
dos seus agentes, e que por eles e por suas práticas, procura-se estabelecer e
identificar a relação de uma história conceitual e social diante dessa
realidade em Irati-PR.
Nesses parâmetros é
que o conceito da “medicina popular” está relacionado às práticas para a
obtenção da saúde. Essas práticas atingem o cotidiano das pessoas que se
envolvem numa procura e orientação de curandeiros e benzimentos associados à
“prescrição” de chás, plantas ou mesmo de simpatias que revelam a busca de uma
alternativa para adquirir a cura diante de alguma moléstia.
A busca pela promoção
da saúde pode ser entendida como procedimento que decorre da tradição e da
religiosidade. Esses elementos podem ser constatados pela transmissão de
gerações, como também por aspectos da fé das pessoas que procuram a medicina
popular e os devidos agentes dessas práticas.
Diante dessa afirmação
pode ser ressaltada a pesquisa realizada diante dessa temática de interpretação
das práticas de benzimentos e dos usos das plantas na região de Irati-PR. Nessa
pesquisa podem ser observados os usos das plantas na promoção da saúde
provenientes das particularidades presentes nos benzimentos. Sendo assim, é que
foram constatadas essas particularidades em algumas entrevistas que foram
concedidas:
“No método usado por
Maria Aparecida Koropka, percebemos que ela derrama a cera e assim consegue ver
a espécie de planta a ser indicada, pois ela mesma afirma que “eu viro a cera,
faço a oração e vejo o tipo de remédio que você tem que tomar!...por exemplo um
chá de folha de laranja, você tem que fazer aquele chazinho de folha de
laranja[...]” [Koropka,2009]. Outra
forma de verificação ocorre especificamente pelo benzimento, pois na própria
oração é que surge a planta que a pessoa necessita. Sobre esse método a senhora
Ana de Ramos afirma: "[...] eu vejo no benzimento o que é que precisa, daí
eu explico, faça assim... faça assim[...]” [Ramos, 2009]. Ainda relacionada a essa maneira de indicar
as plantas necessárias e adequadas para as pessoas, através da oração, Dona
Leoni revela: “[...] eu tenho por assim... como se diz...eu tenho uma intuição
e daí me dita pra mim e eu ensino aquele
remédio e a pessoa faz...vem aquela intuição...é tal coisa...é tal coisa...de
repente se você tem uma dor de estômago, eu falo pra você, faça tal chá, é
isso... e isso... que você vai ficar bom[...]”
Essa intuição que é declarada pela senhora Leoni, no momento da benção,
se refere à iluminação divina que esclarece quais as plantas a serem usadas.
Destacamos então, por esse relato, que é no benzimento que são reveladas as
plantas que darão a saúde para a pessoa que necessita, mesmo que se perceba que
o conhecimento sobre a importância e o devido “poder medicinal” da planta
estejam presentes de maneira consciente na benzedeira”. [SENDERSKI; SOCHODOLAK, 2015, p.163-164]
O desenvolvimento do
trabalho com essas entrevistas, realizadas no ano de 2009, auxiliou na
constatação de que o conceito da medicina popular vinculado ao uso das plantas
na promoção da saúde, em pleno início do século XXI, condiciona à verificação
de práticas cotidianas estreitamente ligadas à sabedoria popular. E essa forma
de sabedoria, mesmo diante dos mais apurados avanços que a sociedade possua,
revela a presença e também a permanência de elementos constitutivos históricos
de um conhecimento que apresenta expressões culturais repletas de significados.
Portanto, essa sabedoria, possuidora de uma linguagem própria, perpassa por uma
estrutura conceitual e atinge a possibilidade de uma compreensão da própria realidade
social.
Os
desafios da medicina popular: institucionalização e legitimação das práticas
A medicina popular,
como já observado, desenvolve-se numa visão histórica de formação, onde podem
ser salientados os elementos da tradição e da transmissão, de geração a
geração, como os fatores constitutivos das relações humanas que possibilitam
essa proposta histórica. Nessas condições é que se percebe a afirmação de Elda
Rizzo de Oliveira quando comenta sobre as medicinas populares:
“Por serem práticas
fecundas e dinâmicas, elas são constantemente inventadas e reinventadas. Como
parte de uma cultura originalmente rural e católica, as medicinas populares são
deslocadas do campo para as cidades juntamente com o fenômeno das migrações. E
o seu poder de recriação na cidade é também a relativa autonomia que estas
medicinas populares possuem na nossa sociedade”. [OLIVEIRA, 1985, p.17-18]
Dessa concepção
histórica e social que pode ser “levantada” pela medicina popular é que se
estabelece o aspecto de um espaço temporal histórico. Esse aspecto que Elda
Rizzo de Oliveira apresenta como condição de “poder de recriação na cidade”, ou
seja, perante o espaço de um desenvolvimento urbano, condicionado à realidade
que a sociedade estabelece no seu tempo é que pode ser identificada a medicina
popular construindo as suas representações, seus símbolos e a sua própria identidade
nessa história. No entanto, é nessa recriação que se nota a presença de uma
relação conflituosa, pois “na cidade, a medicina popular como um conjunto de
práticas sociais de cura desenvolvidas dentro da cultura popular, encontra-se
em permanente confronto com a medicina e religiões eruditas” [OLIVEIRA, 1985,
p.27]. Nessas condições é que se destaca a complexidade e o desafio da
permanência das práticas que envolvem a medicina popular diante da realidade
social.
O conceito de
“recriação” favorece a percepção da adaptação ao espaço da cidade pois “as
medicinas populares são, no contexto urbano atual, uma resistência política à
medicina exercida pela Previdência, empresas médicas e outras agências. Elas
não são práticas marginais. Num certo sentido competem com a medicina erudita”
[OLIVEIRA, 1985, p.27]. Essa construção dos espaços sociais, principalmente
quando atingem uma representação histórico-espacial na sociedade, auxilia na
verificação dos ambientes adequados que revelam as relações conflitantes e que
assim estabelecem o desenvolvimento de identidades sociais.
Torna-se pertinente
ressaltar o espaço do “campo” ou do “rural” como o espaço que apresenta
importância histórica ao desenvolvimento da medicina popular, através das
relações estabelecidas diante da natureza, o que favorece uma experiência de
vida própria através das atividades e das relações sociais desse espaço. Nesse
ambiente destaca-se a presença do camponês, do homem do campo e do lavrador que
diante de sua realidade histórica, constrói também a sua personalidade e que
desenvolve uma maneira própria de buscar a saúde, a cura e o bem-estar através
de uma prática vinda de sua sabedoria comum que gera uma “medicina caseira”
[OLIVEIRA, 1985, p.22].
Do desenvolvimento da
óptica histórica dos espaços correspondentes às suas mentalidades,
principalmente, diante das práticas para a promoção da saúde, torna-se
pertinente a reflexão de que ocorre a busca de uma legitimidade. A procura pela
legitimação das práticas, provenientes da medicina popular, acompanha uma
regularização pela busca de cientificidade. E nessa proximidade aos critérios
científicos é que pode ser notada a procura pela institucionalização.
Em análise a essa
institucionalização das práticas para a obtenção da saúde é que em Irati-PR,
constatou-se a presença de práticas identificadas como
“semi-institucionalizadas” e também as “não institucionalizadas”. Essas formas
de práticas, ligadas ao processo de institucionalização foram pesquisadas e
constatadas diante das ligações aos critérios científicos. Donde ocorre a
constatação de que:
“Em ambas as
alternativas, encontramos uma série de símbolos que identificam e ao mesmo
tempo justificam os seus exercícios como sendo eficazes, por meio de suas
devidas linguagens. Na caracterização de cada uma das práticas podem ser
elencados alguns elementos que nos ajudam nesse processo de comparação, mas é
preciso destacar que a legalidade de cada uma, bem como a constituição de cada
discurso, está adequada aos princípios que regem as suas representações. Em
cada prática encontramos as significações relacionadas aos modos pelos quais
são desempenhadas as técnicas, seja pela bioenergia (terapia) ou pelo
fundamento religioso e popular dos benzimentos”. [SENDERSKI; SOCHODOLAK, 2015,
p.169-170].
Nessa comparação das
práticas de utilização das plantas, pelo desenvolvimento das terapias ou do
saber popular, é que pode ser percebida a institucionalização pela procura da
sintonia às práticas convencionais que legitimam os seus desempenhos. Cabe
ressaltar que essa legitimidade pode também abarcar a estruturação do critério
do poder. Assim como afirma Maria Amélia M. Dantes diante do seu estudo sobre a
questão da ciência na história perante as relações de poder:
“Retornando à
contribuição que a nova historiografia da ciência pode trazer para o estudo das
relações de poder na história brasileira, pelo menos dois pontos podem ser
sublinhados. Primeiro... A historiografia mais recente vê a prática científica
integrada a projetos sociais mais amplos, ou seja, mais diretamente ligada às
questões de poder. Neste sentido, a valorização das práticas científicas e a
desautorização de outros saberes passam a ser vistas como integradas a projetos
modernizadores das elites nacionais, nos diversos períodos da história nacional.
Ainda merece ser destacado que a história da medicina mais tradicional acabou
construindo uma imagem que deixou no limbo a atuação dos terapeutas de origem
popular que, como mostram os novos estudos, eram muito valorizados pela
população brasileira. E, como sabemos, continuam atuando ainda hoje,
paralelamente ao campo médico”. [DANTES, 2010, p. 22]
As relações de poder,
apresentadas por Maria Amélia M. Dantes, direcionadas à dimensão científica,
favorecem a visualização da justificativa da legitimação das práticas do saber
popular. Parece então que através de projetos sociais e históricos
identifica-se a construção, referente aos modelos da modernização, de uma
necessidade de institucionalização das práticas que envolvem o desempenho de
uma medicina popular.
Considerações
finais
O desenvolvimento
dessa pesquisa, que estabelece uma dimensão histórica, social e cultural,
destaca-se pelo fato de estabelecer as condições necessárias para se pensar o
papel do historiador e da sua construção historiográfica, relacionando assim,
os conceitos que lhe cabem identificar e interpretar a própria sociedade.
Torna-se pertinente
estabelecer, em construção histórica, a identificação de um saber popular que
constrói o conceito de medicina popular e perante os seus devidos significados,
estabelece uma presença atuante na sociedade. Essa presença identifica a
necessidade de um reconhecimento, o que precisa ser entendido não como sendo
“fechado” à estrutura de uma relação de poder que aniquile a sua compreensão,
mas que favoreça o desenvolvimento do que pode ser entendido como a construção
conceitual de uma “memória feliz” [REIS, 2010, p.60], que segundo José Carlos
Reis se dá como elemento necessário do desafio historiográfico quando ele
define que essa espécie de memória só se desenvolve pelo “milagre do
reconhecimento” [REIS, 2010, p.60].
A proposta desafiadora
ocorre então, pela construção de um processo de reconhecimento por um viés
historiográfico que permita elencar os devidos conceitos que estruturam a
dinâmica histórica e social das práticas culturais. Dessa forma, assume-se a
identificação e ao mesmo tempo a amplitude dos elementos constituintes de
símbolos e significados que precisam ser destacados e pensados. Esse desafio
também ocorre pela interpretação de que as devidas representações que envolvem
essas práticas ultrapassam os espaços “interiores” da sociedade e irrompem os
grandes centros urbanos dos avanços e das técnicas, fazendo com que nesses
espaços elas possam ser identificadas.
Portanto, nessas
condições, desenvolve-se a relação conceitual da memória com o reconhecimento
direcionando-se à possibilidade de se pensar a realidade de Irati-PR. Nessa
perspectiva, o elemento condicionante é a identificação da apropriação de uma
medicina popular que permanece atuante, superando os devidos conflitos
científicos da legitimação e da institucionalização.
Referências
Henrique Alexandro
Senderski é mestrando pelo Programa de Pós-Graduação em História – PPGH –
UNICENTRO – Campus de Irati-PR.
BURKE, Peter. O que é
História Cultural? Trad. Sérgio Góes de Paula. Rio de Janeiro, Jorge Zahar
Editor, 2005.
DANTES, Maria Amélia
M. História, cultura e relações de poder – a questão da ciência. In: DIAS,
André Luis M.; COELHO NETO, Eurelino Teixeira; LEITE, Márcia Maria da Silva
Barreiros. (orgs). História, cultura e poder. Feira de Santana: UEFS Editora;
Salvador: EDUFBA, 2010.
OLIVEIRA, Elda Rizzo
de. O que é medicina popular. São Paulo, Brasiliense, 1985.
REIS, José Carlos. O
desafio historiográfico. Rio de Janeiro: Editora FVG, 2010.
SENDERSKI, Henrique
Alexandro; SOCHODOLAK, Hélio. Os usos das plantas na promoção da saúde. In:
JÚNIOR, Hélio Rebello Cardoso; Hélio Sochodolak. (orgs). Cotidiano, Saberes e
Práticas Tradicionais. Jundiaí: Paco Editorial, 2015, p. 163-164.
SOCHODOLAK, Hélio;
CARDOSO JR, Hélio Rebello. Cotidiano, Saberes e Práticas Tradicionais. Jundiaí:
Paco Editorial, 2015.
VEYNE, Paul. A
história conceitual. In: LE GOFF, J. e NORA, P. (Org.). História: novos
problemas. Trad. Theo Santiago. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1976.
Parabéns Henrique pela pesquisa.Em relação às práticas populares apresentadas no artigo, você acredita que ao longo da História, as práticas "institucionalizadas", como terapias reconhecidas e certificadas, ainda mantém traços e estruturas alicerçadas nas antigas práticas populares?
ResponderExcluirAtt, Juliana Guimarães
Olá Querida Juliana! Tudo bem? Eu agradeço muito pelo questionamento e pelo interesse na pesquisa. Perante a sua pergunta podemos levantar grandes reflexões relacionadas justamente pela relação histórica que pode ser destacada entre essas práticas. Tornam-se evidentes as devidas situações que problematizaram essa relação, favorecendo a construção de interesses, de poderes e de fatores que são dignos de serem cada vez mais investigados através da riqueza da história cultural, regional e também dos elementos constituintes de uma história das relações de poder que se manifestam entre essas práticas. Portanto é possível relacionar as práticas populares às práticas atuais e "institucionalizadas" uma vez que suas "raízes históricas" assim nos permitem, como também a "busca de legitimação" das práticas populares hoje, pode indicar essa ligação entre elas (mesmo que essa ligação seja paradoxal).
ExcluirEspero que tenha ajudado e também instigado você à pesquisa!
Grande Abraço!
Att,
Henrique Alexandro Senderski
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