A RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA E O PROCESSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES
O presente trabalho
versa sobre a experiência de atuação na residência pedagógica somado ao
processo de formação de professores no curso de licenciatura em História da
Faculdade Interdisciplinar em Humanidades da Universidade Federal dos Vales do
Jequitinhonha e Mucuri. O trabalho foi desenvolvido, levando em conta a
participação na Residência pedagógica, atuando na Escola Estadual Professor
Leopoldo Miranda, em Diamantina MG. O programa residência pedagógica tem entre
seus objetivos imergir o licenciando na prática de sala de aula, possibilitando
que o discente esteja mais seguro para atuar como professor ao fim de seu
processo de formação.
O programa foi
implementado em 2018, e conta com diversas fases de execução, desde o processo
de ambientação e imersão do licenciando ao ambiente escolar, até sua atuação no
planejamento de aulas e regência. O programa possui um formato semelhante ao
Estágio Supervisionado, em suas diferentes fases, com a diferença de propor um
número maior de horas de regência. Possui uma estrutura própria que coloca o
residente em ação, dando-lhe mais liberdade e autonomia para executar sua ação
docente.
O presente trabalho
buscará com isso, realizar uma análise sobre o funcionamento do programa desde
sua implementação. Verificando o andamento do programa em comparação com o
estágio curricular obrigatório, apontando as semelhanças e as particularidades,
levantando os pontos positivos e negativos. Pretende-se com isso, investigar
quais as contribuições o programa tem trazido aos residentes em seu processo de
formação de professores de História e medir a partir da avaliação dos
residentes como o programa está alheio ao processo de formação.
Tratando-se das fontes
e da metodologia, foi adotada uma pesquisa qualitativa a partir de rodas de
conversa onde os residentes responderam perguntas com base na atuação no
projeto, suas experiências com o programa aliado a sua formação. Realizou-se
também, pesquisa bibliográfica em materiais que abordam o tema Residência
Pedagógica e formação de professores. O primeiro contanto com o Programa da
residência pedagógica se mostrou um momento de encontros e desencontros,
afinal, não sabíamos do que se tratava o projeto além das especificações
fornecidas, à priori, tínhamos questões básicas que necessitavam ser resolvidas
como a escolha das escolas, a divisão dos grupos e as dificuldades que
aguardariam preceptores, coordenadores e os residentes.
Fases
de execução
Durante os primeiros
momentos da Residência Pedagógica, a coordenação institucional preparou
momentos de debates comuns com outras subáreas dos projetos. O subprojeto de
História participou juntamente com os preceptores, que eram os professores das
escolas que receberiam o projeto, de reuniões de planejamento que se pautavam
por tomar decisões que facilitassem o primeiro encontro, que tornassem o
contato com a escola – o primeiro para muitos dos residentes – algo mais
agradável, menos assustador e que em contrapartida não interferisse de forma a
prejudicar o desenvolvimento e as relações já existentes no ambiente escolar.
Além das reuniões e
das discussões e já no plano prático, houve o primeiro momento, o de
ambientação. Na ambientação foi necessário conhecer a escola em suas
multiplicidades. Cada residente teve a oportunidade de vivenciar diferentes
espaços da escola, desde a sala de aula até a secretaria escolar. Conhecer
todos os espaços da escola é significativo, pois mostra todo um universo, todo
um conjunto de ações que terminam no processo de aprendizado.
A partir dos processos
identificados neste período, foi possível desenvolver projetos que buscaram
suprir as necessidades da escola. Ao nos propormos a ideia de apenas observar a
escola, as relações que se davam no seu interior e a forma como impactava a
comunidade ao redor, a Residência nos proporcionou conhecer a instituição de
ensino de forma mais abrangente. Algo que de outra forma, em outro projeto e
com tempo reduzido seria tarefa mais complexa e que poderia resultar em
análises mais rasas e pouco menos precisas.
Assim sendo, o período
de ambientação, de análise e observação se mostrou fundamental para que nas
etapas posteriores pudéssemos desenvolver um trabalho mais próximo da realidade
da escola e dos indivíduos que faziam parte dela. A formação e a ambientação,
ambas compostas por uma carga horária extensa e focada na discussão teórica, á
medida que as demais etapas do projeto se desenvolviam, se mostraram ferramentas
úteis para os envolvidos.
Terminado o período de
ambientação a proposta era a de desenvolver atividades que se baseavam no
acompanhamento das aulas e no auxílio em relação á aplicação de atividades.
Neste período também se deu a realização dos planos de atividade anuais, os
quais deveriam está em conformidade com a Base Nacional Comum Curricular –
BNCC- os temas a serem abordados em determinado período, os materiais
disponíveis e os recursos didáticos utilizados.
Nesta etapa,
finalizado o processo de ambientação, introduzimos algumas palestras que
focavam na confecção de matérias, roteiros, oficinas de produção audiovisual.
Essas oficinas teriam seus conteúdos repassados, de forma menos complexa para
os alunos, professores e comunidade no entorno das escolas, onde atuamos, com o
intuito de fornecer ferramentas úteis para que os próprios sujeitos envolvidos
pudessem produzir, documentar, desenvolver práticas que valorizassem o
conhecimento tradicional, o passado, o cotidiano das comunidades, dos
indivíduos.
Finalizada a etapa de
preparação, demos inicio às regências. Essa nova etapa trouxe consigo mudanças
desafiadoras. Para alguns essa seria a primeira experiência como docente devido
ao período de realização das atividades da Residência se dar em concomitância
com o período destinado aos estágios obrigatórios. O processo de confecção do
plano de atividades, iniciado em etapas anteriores se revelou importante, pois
fornecia bases seguras de onde podíamos partir e retornar, tendo em vista que mudanças
seriam necessárias e poderiam se dar sem uma preparação prévia, dependendo
apenas das variáveis dispostas na sala de aula.
O
estágio supervisionado
O estágio curricular
supervisionado deve ser visto como um campo de aprendizado assim como as demais
disciplinas acadêmicas cursadas. Nele a teoria e a prática se associam dando as
primeiras formas ao exercício de professor. É claro que nem só as disciplinas
curriculares formam um professor, assim como não é só o estágio que forma o
docente. Aliás, na prática podemos dizer que nenhuma dessas duas esferas
acadêmicas nem isoladas e nem associadas são suficientes para formar
professores, o ato de se formar professor, para bem da verdade, vai além das
técnicas, mas também depende de um conjunto de ações e estratégias que envolvem
o professor.
Não podemos ver o
estágio como um campo de conhecimento isolado da prática, da teoria e da
observação. Não é raro observarmos que muitos estagiários afirmam concluir seus
estágios em uma cadeira ao fim da sala de aula com um caderno em mãos anotando
as ações dos professores, mas o que eles anotam? Anotam a experiência pratica
de um professor? O comportamento dos alunos? As experiências de sala de aula?
Para os estagiários que fogem da prática, seja por desejo próprio ou por falta
de oportunidade de colocar a “mão na massa” esta se furtando de uma das fases
de aprendizado que é sumariamente satisfatória e necessária para o aprendizado
docente, sendo a prática.
O estágio deveria
contemplar um conjunto de ações que reverberam na função docente, passando
tanto pela sala de aula e a docência na prática, até as atividades
administrativas que não deixam de serem atividades necessárias para a função
docente. Geralmente as licenciaturas em pedagogia possuem em seus estágios
supervisionados, ações administrativas, quando não possui uma modalidade de
estagio que é destinado á gestão. Sabemos que isso está ligado aos diferentes
campos pelos quais os profissionais da pedagogia podem atuar, entretanto, é bem
verdade que a construção de uma escola não é formada somente por pedagogos, nem
mesmo, só pedagogos assumem cargos diretivos.
Os estágios
curriculares das demais licenciaturas, na maioria das vezes, possuem pouca
inferência nesse contexto dos alunos apenderem as demasiadas áreas da escola.
Para que se evitem interpretações equivocadas é bom que ressaltemos que o
estágio é em sua maioria formalizado em suas unidades acadêmicas, possuindo
regimentos próprios, entretanto, o que estamos aqui questionando são os
variados resultados desses estágios que é comum observarmos nos relatórios de
alunos, que não atestam sobre as observações da escola como um objeto
necessário de análise. Ainda que se pregue nos diversos manuais de estágios que
esses devem serem feitos baseados em observações em gestão escolar e outros
campos escolares, um bom número de relatórios finais mostram a pouca ou nula
observação do redor da escola.
O estágio é também um
campo de troca de aprendizagem, Pimenta e Lima [2008] dizem que o estágio é uma
possibilidade de aprendizagem significativa que oferta novas oportunidades de
ensinar e de aprender a profissão docente. Os autores afirmam que nesse
processo tanto os professores formadores quanto os discentes formandos aprendem
sumariamente a partir dos estágios novas formas de serem professores e agirem
como tal. Diante disso, podemos compreender a importância de um estágio na
formação docente.
A
Residência Pedagógica no processo de formação de professores
De acordo com Almeida
e Pimenta [2014] “Durante o curso de graduação começam a ser construídos os
saberes, as habilidades, posturas e atitudes que formam o profissional. Em
períodos de estágio, esses conhecimentos são ressignificados pelo aluno
estagiário a partir de suas experiências pessoais em contato direto com o campo
de trabalho que, ao longo da vida profissional, vão sendo reconstruídos no
exercício da profissão”. [ALMEIDA e PIMENTA, 2014, p. 73].
A experiência, a
vivência do ambiente escolar são importantes para a formação do futuro docente.
Todo conhecimento adquirido pelo aluno em sua caminhada no processo de
aprendizagem, os procedimentos teóricos, as leituras, são elementos que
necessitam ser colocados em prática quando se busca desenvolver um profissional
capaz de se destacar diante das situações cotidianas.
Em sala de aula, o
professor se depara com uma gama de relações e situações que necessitam de um
conhecimento prévio que não se encontra presente apenas na parte teórica do
processo de se tornar um docente. Essas situações revelam a necessidade de uma
formação prática eficiente por parte do professor, revela uma demanda que é
compreendida dentro das propostas do Estágio supervisionado.
Segundo Bianchi et al.
[2005] o Estágio Supervisionado é “uma experiência em que o aluno mostra sua
criatividade, independência e caráter. Essa etapa lhe proporciona uma
oportunidade para perceber se a sua escolha profissional corresponde com sua
aptidão técnica. Esta atividade é oferecida nos cursos de licenciatura a partir
da segunda metade dos mesmos, quando o graduando já se encontra inserido nas
discussões acadêmicas para a formação docente e ela é apenas temporária.”
[BIANCHI et al., apud BERNARDY; PAZ, 2005, s/p].
Agindo como ponto de
contato, como elemento que proporciona a aplicação do conhecimento teórico á
prática, o Estágio, como dito na citação anterior “é considerado o momento em
que as teorias aprendidas pelos acadêmicos são aliadas à prática bem como o
momento em que o futuro profissional experimenta e atua efetivamente em seu
campo de formação.” [Corte; Lemke; 2015] Partindo deste ponto compreendemos
então que, o período determinado para que os futuros professores possam colocar
em prático seus conhecimentos, para que possam confrontar a realidade com suas
ideias e possam decidir-se se estão dispostos a exercer a profissão docente, é
de fundamental importância pois exerce impacto significativo na capacidade dos
futuros docentes.
Ao optar por exercer
tal profissão, o futuro docente que passa pelo processo do estágio, se torna
mais familiarizado com o ambiente escolar. O mesmo se torna algo que
proporciona possibilidades de exercer suas habilidades, criatividade e de
praticar e, porque não adaptar o conhecimento adquirido ao longo de sua
formação e praticá-lo. Neste cenário que demonstra o quão rico o momento de experiencia
proporcionado pelo estagio supervisionado, partamos então para discussão acerca
do Programa de Residência pedagógica que além de oferecer oportunidades como o
estágio, ainda traz consigo elementos que aprofundam e ampliam esta
experiência.
Na residência
pedagógica, o período de imersão, de elaboração e de preparo são maiores por
parte do futuro docente. Sendo assim, todos os pontos supracitados acerca do
estágio supervisionado se acentuam na Residência pedagógica, pois, além de
colocar em prática seus conhecimentos teóricos e de conhecer o ambiente
escolar, o futuro professor dispõe de tempo pra de certa forma fazer parte
dele. Assim como no estágio, o programa da residência exige certo engajamento.
Necessita para serem realizado, de interesse por parte de instituições
superiores, escolas, docentes e futuros docentes. A Residência se baseia nas
bases estabelecidas pelo estágio e busca ampliá-las, afinal há uma disparidade
considerável de tempo que é desprendido com tais atividades.
Para além das
abordagens teóricas que se dão ao longo dos cursos de licenciatura, a
Residência fornece, no período de formação, elementos que aproximam o aluno do
cotidiano escolar. O período de formação
especifica dentro da Residência, o processo de ambientação e a necessidade da
utilização da criatividade para desenvolver novas abordagens, buscar novos
métodos de realizar o processo de ensino e aprendizagem fornece a priori a
busca por adaptar teoria e prática. Provoca o professor, ou futuro professor a
se adequar as possibilidades a contornar as barreiras que se apresentam no
cenário educacional, sobretudo na rede pública.
Isso se dá porque o
período inicial da docência não pode ser compreendido apenas como um momento
onde se aprende o ofício de ensinar através do contato com os discentes. Neste
período se dá também “um importante momento de socialização profissional, da
inserção na cultura escolar, da interiorização das normas, valores
institucionais, preceitos, comportamentos, procedimentos.” [COSTA; FONTOURA p.164,
2015]. Logo, a Residência pedagógica expande este período, aproxima o futuro
professor do ambiente com o qual irá se deparar cotidianamente.
A
experiência docente formada a partir da Residência Pedagógica: algumas
reflexões
O interessante em se
tratar é que a Residência Pedagógica ampliou esse campo do estágio, ofertando
possibilidade para que o aluno alçasse novos voos em direção ao processo de
formação. Diante dos relatos de experiência dos alunos residentes, podemos ter
uma ideia de como o projeto Residência Pedagógica contribuiu no processo de
formação. Existem alguns pontos principais dos quais os discentes bolsistas
deram destaque para a Residência Pedagógica como fenômeno satisfatório no que
se refere a suas formações.
O primeiro foi à
autonomia dispensada aos discentes. No processo de ter que elaborar aulas,
planeja-las com apontamentos de materiais, planejar tempo e avaliação das
atividades, dava certa autonomia para os alunos na condução de um processo
educativo que é importante no processo de formação docente. A execução dessas
aulas, tendo reservado um tempo especifico para que cada discente aplicasse
suas regências e as dessem em suas maneiras, faziam com que os alunos já
experimentassem a função docente de forma mais ampla.
Outra questão que deve
ser ressaltada é a obrigatoriedade de cumprir um cronograma que é denso, mas
possui um tempo maior para ser executado. Os alunos vinculados a Residência
Pedagógica, entraram faltando, em sua maioria, três períodos para concluir o
projeto. Nesse espaço de tempo, foram sendo formado um processo continuo de
trabalho, onde iniciou por conhecer a rotina da escola e terminou acompanhando
e atuando junto do processo de avaliação. Essa continuidade foi satisfatória,
pois possibilitou que os alunos usassem desse processo como uma forma de
aprendizado continua e interativa.
Outro ponto ressaltado
pelos alunos bolsistas é que o processo não se limitou aos alunos sentados ao
fundo de uma sala de aula fazendo anotações, ao contrario, os alunos
envolveram-se com a sala de aula, realizando atividades didáticas e dinâmicas,
jogos, projetos de ensino voltado para Enem, deram aulas temáticas e puderam
aprender na prática a função docente, o que no geral não ocorre no estágio
devido a sua configuração fechada e curta.
Em especifico, os
alunos do curso de História da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha
e Mucuri, criaram diversos projetos dentro da escola de atuação, pois a
continuidade e o tempo maior permitiu isso. Foram criadas oficinas de história
oral e história regional, esses projetos foram contínuos e tiveram resultados
em feiras de ciências e outros meios de divulgação. Outro efeito da Residência
Pedagógica era as atividades de observação da escola. Os bolsistas dizem ser um
elemento fundamental, o de conhecer a escola em suas especificidades. Tanto nas
atividades diretivas e administrativas até nas atividades de limpeza e
organização da escola. Foi muito válido conhecer todos os sujeitos e funções exercidas,
isso deu a dimensão de como era o funcionamento da instituição, o que traz uma
carga a mais de conhecimento para os alunos.
Na visão dos alunos a
Residência Pedagógica é mais eficaz do que os estágios em inúmeras razões se
somado ao processo de formação de professores, pois por meio de um processo
continuo, os alunos vivenciam experiências diversas e podem estar dentro das
escolas traçando estratégias de trabalho e de conduta, além de observarem quais
são os principais mecanismos que movem uma escola em suas múltiplas
necessidades. Além disso, é um processo de aprendizagem que oferece mais
reconhecimento ao aluno, isso no sentido de agir na linha de frente do
processo, estado imerso em diferentes ações continuas. Todos os alunos foram
favoráveis à continuidade do programa, alegando que serviu de boa base para
definir suas trajetórias profissionais.
Considerações
Finais
A Residência
Pedagógica, nascida sob as bases de muitas dúvidas e questionamentos, foi
considerada positiva, pelo menos pelos alunos aqui observados. A proposta de
correlacionar a Residência com os estágios partiu dos próprios alunos, onde
alguns já havia tido pequena experiência no estágio, alguns na primeira fase.
Dito isso, os alunos começaram a problematizar os estágios e considerar a
Residência Pedagógica como um campo de possibilidades formativas que supri
algumas lacunas que o estágio geralmente possui.
O estágio
supervisionado possui importância significativa, mas se observarmos alguns
relatórios de estágio de alunos das licenciaturas, observamos que existem
muitas deficiências em termos de formação de professores. Não desejamos apenas
a observação e uma regência mínima, desejamos que os alunos estejam atentos as
mais variadas dimensões da sala de aula, podendo e devendo acompanhar todos os
pontos que permeiam o cotidiano escolar. Existem posicionamentos contrários ao
projeto, assim como favoráveis, o que nos interessa é fazer com que esse
projeto seja modulado de modo que esteja cada vez mais aliado ao processo de formação
de professores. Isso sim será sempre satisfatório.
Referências
Túlio Henrique
Pinheiro é graduado em Humanidades, licenciado em História e mestrando em
Estudos Rurais na Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
[UFVJM].
Gerfeson Carvalho dos
Santos é graduado em Humanidades e licenciado em História pela Universidade
Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri [UFVJM].
ALMEIDA, Maria I.;
PIMENTA, Selma G. Estágios supervisionados na formação docente. São Paulo:
Cortez, 2014. [livro]
BERNARDY, Katieli;
PAZ, Dirce Maria Teixeira. Importância do estágio supervisionado para a
formação de professores. Seminário Interinstitucional de Ensino, Pesquisa e
Extensão. Rio Grande do Sul; 2012 [artigo]
CORTE, Anelise C.
Dalla; LEMKE Cibele K. O estágio supervisionado e sua importância para a
formação docente frente aos novos desafios de ensinar. Educacere, Pará, 2015
[artigo]
COSTA LL, FONTOURA HA.
Residência pedagógica: criando caminhos para o desenvolvimento profissional
docente in Revista @mbienteeducação - Universidade Cidade de São Paulo Vol. 9 -
nº 2 jul/dez, 2015 - 161-77 ISSN 1982-8632 [artigo]
PIMENTA, S. G.; LIMA, M. S.
L. Estágio e docência. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2008 [livro]
Caros, parabéns pelo texto. Venho trabalhando faz algum tempo com a formação de professores e estágio. De fato os argumentos trazidos são relevantes e debatidos no contexto formativo atual. O estágio docência, ao verificarmos muitas perspectivas discentes fica relegado a apenas a conclusão de mais um crédito, não estando necessariamente centrado na importância que merece, já que é um momento de aprendizado prático e que não ocorre só na formação de professores, mas em várias profissões. O tempo de estágio é limitado mesmo e acaba se limitando muito, vários alunos gestão a ideia de que o estágio é apenas uma observação de fundo de sala, assim como vocês bem problematizaram, entretanto, vale dizer que é muito mais que isso, o estágio é uma experiência que vai além de uma observação pura e simples, mas deve passar por outras esferas que permeiam a vida docente e por qual razão não problematizar essas esferas? A pergunta que coloco para os autores é a seguinte; Qual é a sugestão de vocês ao associar o estágio ao Programa de Residência Pedagógica, seria substituir o estágio convencional pelo Programa de Residência Pedagógica em sua totalidade?
ResponderExcluirAtt.
Ana Célia Regina de Oliveira Soares
Olá Ana Célia Regina de Oliveira Soares, obrigado pelo comentário e contribuição.
ExcluirQuando resolvemos tratar do estágio e a Residência Pedagógica em perspectiva de análise comparativa, não necessariamente estamos propondo ou proporíamos uma substituição de um pelo outro, pelo menos não por completo. A ideia que estamos buscando é fazer um paralelo entre estágio e o Programa. Devemos ter em conta, que esse é um programa financiado, isso toma outras implicações, entretanto a ideia seria a proposta de um programa de estágio mais semelhante com a proposta do Programa de Residência Pedagógica, que alinhe com uma proposta de continuidade modular para o estágio. Não estamos propondo essa transformação no texto, mas uma de nossas conclusões é que seria mais satisfatório se os estágios adotassem os padrões do Programa e por meio de um processo modular que perpassaria por três etapas (do estágio I ao III) concluir-se as etapas tais como o P. R. P. No estágio I a ambientação e trabalho adminstrativo, no II o trabalho pedagógico e docente e no III as diversas funções docentes. Lembramos que não se trata de elementos do nosso texto, apenas de análises em desenvolvimento e também em resposta ao seu questionamento.
Agradecemos!
Túlio Henrique Pinheiro
Gerfeson Carvalho dos Santos
Prezados, gostei muito de ler um trabalho sobre a residência pedagógica na formação de licenciandos de História. Fiquei particularmente interessada pelo processo formativo dos residentes que não se limitaram a fazer anotações e dar as aulas relativas ao estágio. Prepararam material audiovisual, envolveram-se nas atividades de forma didática e dinâmica. É frequente a tendência do professor regente de ser reticente ao novo, fugindo do seu cotidiano. Em relação à participação dos residentes de uma forma proativa, minha pergunta refere-se a uma curiosidade: há notícias de que os professores regentes chegaram a incorporar atividades propostas pelos residentes? Aceitaram bem o novo em sua sala de aula?
ResponderExcluirMuito obrigada!
CELESTE AZULAY KELMAN
ExcluirOlá Celazul, gratos por seu questionamento.
O projeto da Residência pedagógica é algo novo, que como tal traz consigo dificuldades envolvidas em sua implementação. Para ultrapassar as barreiras e desafios dos primeiros contatos com este projeto e com as propostas que o mesmo trazia consigo, fez-se necessário o engajamento de todas as partes envolvidas. Sendo assim, residentes, preceptores e coordenadores necessitavam estar dispostos a participar ativamente do projeto, o que de fato ocorreu, e de maneira bem positiva e agradável. As novas propostas, ferramentas e abordagens apresentadas por nós, os residentes, foi discutida e quando necessário, houveram implementações e retirada de elementos que tornaram viáveis sua aplicação em sala de aula. Os preceptores com os quais tivemos contato se mostraram sim dispostos a receber essas novas abordagens. Se mostraram seguros para deixar os residentes experimentarem em sala, mostraram-se confortáveis com o novo, o que se mostrou enriquecedor tanto para nós, quanto para os alunos e para os próprios preceptores.
Gratos!!
Gerfeson Carvalho dos Santos
Túlio Henrique Pinheiro
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