Túlio Henrique Pinheiro e Gerfeson Carvalho dos Santos

A RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA E O PROCESSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES



           
O presente trabalho versa sobre a experiência de atuação na residência pedagógica somado ao processo de formação de professores no curso de licenciatura em História da Faculdade Interdisciplinar em Humanidades da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri. O trabalho foi desenvolvido, levando em conta a participação na Residência pedagógica, atuando na Escola Estadual Professor Leopoldo Miranda, em Diamantina MG. O programa residência pedagógica tem entre seus objetivos imergir o licenciando na prática de sala de aula, possibilitando que o discente esteja mais seguro para atuar como professor ao fim de seu processo de formação.
                                     
O programa foi implementado em 2018, e conta com diversas fases de execução, desde o processo de ambientação e imersão do licenciando ao ambiente escolar, até sua atuação no planejamento de aulas e regência. O programa possui um formato semelhante ao Estágio Supervisionado, em suas diferentes fases, com a diferença de propor um número maior de horas de regência. Possui uma estrutura própria que coloca o residente em ação, dando-lhe mais liberdade e autonomia para executar sua ação docente.         
                                                                                                      
O presente trabalho buscará com isso, realizar uma análise sobre o funcionamento do programa desde sua implementação. Verificando o andamento do programa em comparação com o estágio curricular obrigatório, apontando as semelhanças e as particularidades, levantando os pontos positivos e negativos. Pretende-se com isso, investigar quais as contribuições o programa tem trazido aos residentes em seu processo de formação de professores de História e medir a partir da avaliação dos residentes como o programa está alheio ao processo de formação.                                               

Tratando-se das fontes e da metodologia, foi adotada uma pesquisa qualitativa a partir de rodas de conversa onde os residentes responderam perguntas com base na atuação no projeto, suas experiências com o programa aliado a sua formação. Realizou-se também, pesquisa bibliográfica em materiais que abordam o tema Residência Pedagógica e formação de professores. O primeiro contanto com o Programa da residência pedagógica se mostrou um momento de encontros e desencontros, afinal, não sabíamos do que se tratava o projeto além das especificações fornecidas, à priori, tínhamos questões básicas que necessitavam ser resolvidas como a escolha das escolas, a divisão dos grupos e as dificuldades que aguardariam preceptores, coordenadores e os residentes.


Fases de execução
Durante os primeiros momentos da Residência Pedagógica, a coordenação institucional preparou momentos de debates comuns com outras subáreas dos projetos. O subprojeto de História participou juntamente com os preceptores, que eram os professores das escolas que receberiam o projeto, de reuniões de planejamento que se pautavam por tomar decisões que facilitassem o primeiro encontro, que tornassem o contato com a escola – o primeiro para muitos dos residentes – algo mais agradável, menos assustador e que em contrapartida não interferisse de forma a prejudicar o desenvolvimento e as relações já existentes no ambiente escolar.
        
Além das reuniões e das discussões e já no plano prático, houve o primeiro momento, o de ambientação. Na ambientação foi necessário conhecer a escola em suas multiplicidades. Cada residente teve a oportunidade de vivenciar diferentes espaços da escola, desde a sala de aula até a secretaria escolar. Conhecer todos os espaços da escola é significativo, pois mostra todo um universo, todo um conjunto de ações que terminam no processo de aprendizado.
        
A partir dos processos identificados neste período, foi possível desenvolver projetos que buscaram suprir as necessidades da escola. Ao nos propormos a ideia de apenas observar a escola, as relações que se davam no seu interior e a forma como impactava a comunidade ao redor, a Residência nos proporcionou conhecer a instituição de ensino de forma mais abrangente. Algo que de outra forma, em outro projeto e com tempo reduzido seria tarefa mais complexa e que poderia resultar em análises mais rasas e pouco menos precisas.
        
Assim sendo, o período de ambientação, de análise e observação se mostrou fundamental para que nas etapas posteriores pudéssemos desenvolver um trabalho mais próximo da realidade da escola e dos indivíduos que faziam parte dela. A formação e a ambientação, ambas compostas por uma carga horária extensa e focada na discussão teórica, á medida que as demais etapas do projeto se desenvolviam, se mostraram ferramentas úteis para os envolvidos.
        
Terminado o período de ambientação a proposta era a de desenvolver atividades que se baseavam no acompanhamento das aulas e no auxílio em relação á aplicação de atividades. Neste período também se deu a realização dos planos de atividade anuais, os quais deveriam está em conformidade com a Base Nacional Comum Curricular – BNCC- os temas a serem abordados em determinado período, os materiais disponíveis e os recursos didáticos utilizados.
        
Nesta etapa, finalizado o processo de ambientação, introduzimos algumas palestras que focavam na confecção de matérias, roteiros, oficinas de produção audiovisual. Essas oficinas teriam seus conteúdos repassados, de forma menos complexa para os alunos, professores e comunidade no entorno das escolas, onde atuamos, com o intuito de fornecer ferramentas úteis para que os próprios sujeitos envolvidos pudessem produzir, documentar, desenvolver práticas que valorizassem o conhecimento tradicional, o passado, o cotidiano das comunidades, dos indivíduos.
        
Finalizada a etapa de preparação, demos inicio às regências. Essa nova etapa trouxe consigo mudanças desafiadoras. Para alguns essa seria a primeira experiência como docente devido ao período de realização das atividades da Residência se dar em concomitância com o período destinado aos estágios obrigatórios. O processo de confecção do plano de atividades, iniciado em etapas anteriores se revelou importante, pois fornecia bases seguras de onde podíamos partir e retornar, tendo em vista que mudanças seriam necessárias e poderiam se dar sem uma preparação prévia, dependendo apenas das variáveis dispostas na sala de aula.                   

O estágio supervisionado
O estágio curricular supervisionado deve ser visto como um campo de aprendizado assim como as demais disciplinas acadêmicas cursadas. Nele a teoria e a prática se associam dando as primeiras formas ao exercício de professor. É claro que nem só as disciplinas curriculares formam um professor, assim como não é só o estágio que forma o docente. Aliás, na prática podemos dizer que nenhuma dessas duas esferas acadêmicas nem isoladas e nem associadas são suficientes para formar professores, o ato de se formar professor, para bem da verdade, vai além das técnicas, mas também depende de um conjunto de ações e estratégias que envolvem o professor.
        
Não podemos ver o estágio como um campo de conhecimento isolado da prática, da teoria e da observação. Não é raro observarmos que muitos estagiários afirmam concluir seus estágios em uma cadeira ao fim da sala de aula com um caderno em mãos anotando as ações dos professores, mas o que eles anotam? Anotam a experiência pratica de um professor? O comportamento dos alunos? As experiências de sala de aula? Para os estagiários que fogem da prática, seja por desejo próprio ou por falta de oportunidade de colocar a “mão na massa” esta se furtando de uma das fases de aprendizado que é sumariamente satisfatória e necessária para o aprendizado docente, sendo a prática.
                                                                                                
O estágio deveria contemplar um conjunto de ações que reverberam na função docente, passando tanto pela sala de aula e a docência na prática, até as atividades administrativas que não deixam de serem atividades necessárias para a função docente. Geralmente as licenciaturas em pedagogia possuem em seus estágios supervisionados, ações administrativas, quando não possui uma modalidade de estagio que é destinado á gestão. Sabemos que isso está ligado aos diferentes campos pelos quais os profissionais da pedagogia podem atuar, entretanto, é bem verdade que a construção de uma escola não é formada somente por pedagogos, nem mesmo, só pedagogos assumem cargos diretivos.                                                                                                              
Os estágios curriculares das demais licenciaturas, na maioria das vezes, possuem pouca inferência nesse contexto dos alunos apenderem as demasiadas áreas da escola. Para que se evitem interpretações equivocadas é bom que ressaltemos que o estágio é em sua maioria formalizado em suas unidades acadêmicas, possuindo regimentos próprios, entretanto, o que estamos aqui questionando são os variados resultados desses estágios que é comum observarmos nos relatórios de alunos, que não atestam sobre as observações da escola como um objeto necessário de análise. Ainda que se pregue nos diversos manuais de estágios que esses devem serem feitos baseados em observações em gestão escolar e outros campos escolares, um bom número de relatórios finais mostram a pouca ou nula observação do redor da escola.                                                         

O estágio é também um campo de troca de aprendizagem, Pimenta e Lima [2008] dizem que o estágio é uma possibilidade de aprendizagem significativa que oferta novas oportunidades de ensinar e de aprender a profissão docente. Os autores afirmam que nesse processo tanto os professores formadores quanto os discentes formandos aprendem sumariamente a partir dos estágios novas formas de serem professores e agirem como tal. Diante disso, podemos compreender a importância de um estágio na formação docente.

A Residência Pedagógica no processo de formação de professores
De acordo com Almeida e Pimenta [2014] “Durante o curso de graduação começam a ser construídos os saberes, as habilidades, posturas e atitudes que formam o profissional. Em períodos de estágio, esses conhecimentos são ressignificados pelo aluno estagiário a partir de suas experiências pessoais em contato direto com o campo de trabalho que, ao longo da vida profissional, vão sendo reconstruídos no exercício da profissão”. [ALMEIDA e PIMENTA, 2014, p. 73].
        
A experiência, a vivência do ambiente escolar são importantes para a formação do futuro docente. Todo conhecimento adquirido pelo aluno em sua caminhada no processo de aprendizagem, os procedimentos teóricos, as leituras, são elementos que necessitam ser colocados em prática quando se busca desenvolver um profissional capaz de se destacar diante das situações cotidianas.
        
Em sala de aula, o professor se depara com uma gama de relações e situações que necessitam de um conhecimento prévio que não se encontra presente apenas na parte teórica do processo de se tornar um docente. Essas situações revelam a necessidade de uma formação prática eficiente por parte do professor, revela uma demanda que é compreendida dentro das propostas do Estágio supervisionado.   

Segundo Bianchi et al. [2005] o Estágio Supervisionado é “uma experiência em que o aluno mostra sua criatividade, independência e caráter. Essa etapa lhe proporciona uma oportunidade para perceber se a sua escolha profissional corresponde com sua aptidão técnica. Esta atividade é oferecida nos cursos de licenciatura a partir da segunda metade dos mesmos, quando o graduando já se encontra inserido nas discussões acadêmicas para a formação docente e ela é apenas temporária.” [BIANCHI et al., apud BERNARDY; PAZ, 2005, s/p].
Agindo como ponto de contato, como elemento que proporciona a aplicação do conhecimento teórico á prática, o Estágio, como dito na citação anterior “é considerado o momento em que as teorias aprendidas pelos acadêmicos são aliadas à prática bem como o momento em que o futuro profissional experimenta e atua efetivamente em seu campo de formação.” [Corte; Lemke; 2015] Partindo deste ponto compreendemos então que, o período determinado para que os futuros professores possam colocar em prático seus conhecimentos, para que possam confrontar a realidade com suas ideias e possam decidir-se se estão dispostos a exercer a profissão docente, é de fundamental importância pois exerce impacto significativo na capacidade dos futuros docentes.
        
Ao optar por exercer tal profissão, o futuro docente que passa pelo processo do estágio, se torna mais familiarizado com o ambiente escolar. O mesmo se torna algo que proporciona possibilidades de exercer suas habilidades, criatividade e de praticar e, porque não adaptar o conhecimento adquirido ao longo de sua formação e praticá-lo. Neste cenário que demonstra o quão rico o momento de experiencia proporcionado pelo estagio supervisionado, partamos então para discussão acerca do Programa de Residência pedagógica que além de oferecer oportunidades como o estágio, ainda traz consigo elementos que aprofundam e ampliam esta experiência.
        
Na residência pedagógica, o período de imersão, de elaboração e de preparo são maiores por parte do futuro docente. Sendo assim, todos os pontos supracitados acerca do estágio supervisionado se acentuam na Residência pedagógica, pois, além de colocar em prática seus conhecimentos teóricos e de conhecer o ambiente escolar, o futuro professor dispõe de tempo pra de certa forma fazer parte dele. Assim como no estágio, o programa da residência exige certo engajamento. Necessita para serem realizado, de interesse por parte de instituições superiores, escolas, docentes e futuros docentes. A Residência se baseia nas bases estabelecidas pelo estágio e busca ampliá-las, afinal há uma disparidade considerável de tempo que é desprendido com tais atividades.
        
Para além das abordagens teóricas que se dão ao longo dos cursos de licenciatura, a Residência fornece, no período de formação, elementos que aproximam o aluno do cotidiano escolar.  O período de formação especifica dentro da Residência, o processo de ambientação e a necessidade da utilização da criatividade para desenvolver novas abordagens, buscar novos métodos de realizar o processo de ensino e aprendizagem fornece a priori a busca por adaptar teoria e prática. Provoca o professor, ou futuro professor a se adequar as possibilidades a contornar as barreiras que se apresentam no cenário educacional, sobretudo na rede pública.
        
Isso se dá porque o período inicial da docência não pode ser compreendido apenas como um momento onde se aprende o ofício de ensinar através do contato com os discentes. Neste período se dá também “um importante momento de socialização profissional, da inserção na cultura escolar, da interiorização das normas, valores institucionais, preceitos, comportamentos, procedimentos.” [COSTA; FONTOURA p.164, 2015]. Logo, a Residência pedagógica expande este período, aproxima o futuro professor do ambiente com o qual irá se deparar cotidianamente.

A experiência docente formada a partir da Residência Pedagógica: algumas reflexões
O interessante em se tratar é que a Residência Pedagógica ampliou esse campo do estágio, ofertando possibilidade para que o aluno alçasse novos voos em direção ao processo de formação. Diante dos relatos de experiência dos alunos residentes, podemos ter uma ideia de como o projeto Residência Pedagógica contribuiu no processo de formação. Existem alguns pontos principais dos quais os discentes bolsistas deram destaque para a Residência Pedagógica como fenômeno satisfatório no que se refere a suas formações.
        
O primeiro foi à autonomia dispensada aos discentes. No processo de ter que elaborar aulas, planeja-las com apontamentos de materiais, planejar tempo e avaliação das atividades, dava certa autonomia para os alunos na condução de um processo educativo que é importante no processo de formação docente. A execução dessas aulas, tendo reservado um tempo especifico para que cada discente aplicasse suas regências e as dessem em suas maneiras, faziam com que os alunos já experimentassem a função docente de forma mais ampla.                                                                             
Outra questão que deve ser ressaltada é a obrigatoriedade de cumprir um cronograma que é denso, mas possui um tempo maior para ser executado. Os alunos vinculados a Residência Pedagógica, entraram faltando, em sua maioria, três períodos para concluir o projeto. Nesse espaço de tempo, foram sendo formado um processo continuo de trabalho, onde iniciou por conhecer a rotina da escola e terminou acompanhando e atuando junto do processo de avaliação. Essa continuidade foi satisfatória, pois possibilitou que os alunos usassem desse processo como uma forma de aprendizado continua e interativa.                                                                                     

Outro ponto ressaltado pelos alunos bolsistas é que o processo não se limitou aos alunos sentados ao fundo de uma sala de aula fazendo anotações, ao contrario, os alunos envolveram-se com a sala de aula, realizando atividades didáticas e dinâmicas, jogos, projetos de ensino voltado para Enem, deram aulas temáticas e puderam aprender na prática a função docente, o que no geral não ocorre no estágio devido a sua configuração fechada e curta.                                                                              
Em especifico, os alunos do curso de História da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, criaram diversos projetos dentro da escola de atuação, pois a continuidade e o tempo maior permitiu isso. Foram criadas oficinas de história oral e história regional, esses projetos foram contínuos e tiveram resultados em feiras de ciências e outros meios de divulgação. Outro efeito da Residência Pedagógica era as atividades de observação da escola. Os bolsistas dizem ser um elemento fundamental, o de conhecer a escola em suas especificidades. Tanto nas atividades diretivas e administrativas até nas atividades de limpeza e organização da escola. Foi muito válido conhecer todos os sujeitos e funções exercidas, isso deu a dimensão de como era o funcionamento da instituição, o que traz uma carga a mais de conhecimento para os alunos.                                      

Na visão dos alunos a Residência Pedagógica é mais eficaz do que os estágios em inúmeras razões se somado ao processo de formação de professores, pois por meio de um processo continuo, os alunos vivenciam experiências diversas e podem estar dentro das escolas traçando estratégias de trabalho e de conduta, além de observarem quais são os principais mecanismos que movem uma escola em suas múltiplas necessidades. Além disso, é um processo de aprendizagem que oferece mais reconhecimento ao aluno, isso no sentido de agir na linha de frente do processo, estado imerso em diferentes ações continuas. Todos os alunos foram favoráveis à continuidade do programa, alegando que serviu de boa base para definir suas trajetórias profissionais.

Considerações Finais
A Residência Pedagógica, nascida sob as bases de muitas dúvidas e questionamentos, foi considerada positiva, pelo menos pelos alunos aqui observados. A proposta de correlacionar a Residência com os estágios partiu dos próprios alunos, onde alguns já havia tido pequena experiência no estágio, alguns na primeira fase. Dito isso, os alunos começaram a problematizar os estágios e considerar a Residência Pedagógica como um campo de possibilidades formativas que supri algumas lacunas que o estágio geralmente possui.
        
O estágio supervisionado possui importância significativa, mas se observarmos alguns relatórios de estágio de alunos das licenciaturas, observamos que existem muitas deficiências em termos de formação de professores. Não desejamos apenas a observação e uma regência mínima, desejamos que os alunos estejam atentos as mais variadas dimensões da sala de aula, podendo e devendo acompanhar todos os pontos que permeiam o cotidiano escolar. Existem posicionamentos contrários ao projeto, assim como favoráveis, o que nos interessa é fazer com que esse projeto seja modulado de modo que esteja cada vez mais aliado ao processo de formação de professores. Isso sim será sempre satisfatório.

Referências
Túlio Henrique Pinheiro é graduado em Humanidades, licenciado em História e mestrando em Estudos Rurais na Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri [UFVJM].
Gerfeson Carvalho dos Santos é graduado em Humanidades e licenciado em História pela Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri [UFVJM].

ALMEIDA, Maria I.; PIMENTA, Selma G. Estágios supervisionados na formação docente. São Paulo: Cortez, 2014. [livro]
BERNARDY, Katieli; PAZ, Dirce Maria Teixeira. Importância do estágio supervisionado para a formação de professores. Seminário Interinstitucional de Ensino, Pesquisa e Extensão. Rio Grande do Sul; 2012 [artigo]
CORTE, Anelise C. Dalla; LEMKE Cibele K. O estágio supervisionado e sua importância para a formação docente frente aos novos desafios de ensinar. Educacere, Pará, 2015 [artigo]
COSTA LL, FONTOURA HA. Residência pedagógica: criando caminhos para o desenvolvimento profissional docente in Revista @mbienteeducação - Universidade Cidade de São Paulo Vol. 9 - nº 2 jul/dez, 2015 - 161-77 ISSN 1982-8632 [artigo]
PIMENTA, S. G.; LIMA, M. S. L. Estágio e docência. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2008 [livro]       

5 comentários:

  1. Caros, parabéns pelo texto. Venho trabalhando faz algum tempo com a formação de professores e estágio. De fato os argumentos trazidos são relevantes e debatidos no contexto formativo atual. O estágio docência, ao verificarmos muitas perspectivas discentes fica relegado a apenas a conclusão de mais um crédito, não estando necessariamente centrado na importância que merece, já que é um momento de aprendizado prático e que não ocorre só na formação de professores, mas em várias profissões. O tempo de estágio é limitado mesmo e acaba se limitando muito, vários alunos gestão a ideia de que o estágio é apenas uma observação de fundo de sala, assim como vocês bem problematizaram, entretanto, vale dizer que é muito mais que isso, o estágio é uma experiência que vai além de uma observação pura e simples, mas deve passar por outras esferas que permeiam a vida docente e por qual razão não problematizar essas esferas? A pergunta que coloco para os autores é a seguinte; Qual é a sugestão de vocês ao associar o estágio ao Programa de Residência Pedagógica, seria substituir o estágio convencional pelo Programa de Residência Pedagógica em sua totalidade?

    Att.

    Ana Célia Regina de Oliveira Soares

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    1. Olá Ana Célia Regina de Oliveira Soares, obrigado pelo comentário e contribuição.

      Quando resolvemos tratar do estágio e a Residência Pedagógica em perspectiva de análise comparativa, não necessariamente estamos propondo ou proporíamos uma substituição de um pelo outro, pelo menos não por completo. A ideia que estamos buscando é fazer um paralelo entre estágio e o Programa. Devemos ter em conta, que esse é um programa financiado, isso toma outras implicações, entretanto a ideia seria a proposta de um programa de estágio mais semelhante com a proposta do Programa de Residência Pedagógica, que alinhe com uma proposta de continuidade modular para o estágio. Não estamos propondo essa transformação no texto, mas uma de nossas conclusões é que seria mais satisfatório se os estágios adotassem os padrões do Programa e por meio de um processo modular que perpassaria por três etapas (do estágio I ao III) concluir-se as etapas tais como o P. R. P. No estágio I a ambientação e trabalho adminstrativo, no II o trabalho pedagógico e docente e no III as diversas funções docentes. Lembramos que não se trata de elementos do nosso texto, apenas de análises em desenvolvimento e também em resposta ao seu questionamento.

      Agradecemos!

      Túlio Henrique Pinheiro
      Gerfeson Carvalho dos Santos

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  2. Prezados, gostei muito de ler um trabalho sobre a residência pedagógica na formação de licenciandos de História. Fiquei particularmente interessada pelo processo formativo dos residentes que não se limitaram a fazer anotações e dar as aulas relativas ao estágio. Prepararam material audiovisual, envolveram-se nas atividades de forma didática e dinâmica. É frequente a tendência do professor regente de ser reticente ao novo, fugindo do seu cotidiano. Em relação à participação dos residentes de uma forma proativa, minha pergunta refere-se a uma curiosidade: há notícias de que os professores regentes chegaram a incorporar atividades propostas pelos residentes? Aceitaram bem o novo em sua sala de aula?
    Muito obrigada!
    CELESTE AZULAY KELMAN

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    1. Olá Celazul, gratos por seu questionamento.

      O projeto da Residência pedagógica é algo novo, que como tal traz consigo dificuldades envolvidas em sua implementação. Para ultrapassar as barreiras e desafios dos primeiros contatos com este projeto e com as propostas que o mesmo trazia consigo, fez-se necessário o engajamento de todas as partes envolvidas. Sendo assim, residentes, preceptores e coordenadores necessitavam estar dispostos a participar ativamente do projeto, o que de fato ocorreu, e de maneira bem positiva e agradável. As novas propostas, ferramentas e abordagens apresentadas por nós, os residentes, foi discutida e quando necessário, houveram implementações e retirada de elementos que tornaram viáveis sua aplicação em sala de aula. Os preceptores com os quais tivemos contato se mostraram sim dispostos a receber essas novas abordagens. Se mostraram seguros para deixar os residentes experimentarem em sala, mostraram-se confortáveis com o novo, o que se mostrou enriquecedor tanto para nós, quanto para os alunos e para os próprios preceptores.

      Gratos!!
      Gerfeson Carvalho dos Santos
      Túlio Henrique Pinheiro

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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