ENSINAR E PRESERVAR: O ENSINO DE HISTÓRIA EM SUA ÊNFASE AMBIENTAL
Os debates e
discussões sobre meio ambiente, ecologia e educação ambiental parecem pouco
explorados nas salas de aula de História. Poluição, degradação de
solos, secas, queimadas, lixo, preservação de
plantas e animais, enchentes devastadoras e demais problemas que envolvem os
variados temas ambientais são próprios de educadores e cientistas da
natureza, mas parecem estar distantes
das pautas de ensino daqueles que se dedicam aos estudos das sociedades. Desta
forma, tratar de um tema que envolve as relações dos humanos com o meio
ambiente pode provocar um certo estranhamento, como se historiadores e
professores de História estivessem invadindo um território alheio e se
propusessem a entrar em uma espécie de aventura, em uma seara desconhecida.
Quando, no entanto, nos detemos atentamente às diversas problemáticas
ambientais, percebemos que os temas são também familiares às ciências humanas e como as aproximações entre sociedade e meio ambiente possibilitam
enriquecimento mútuo entre as duas áreas e campos de conhecimento.
Refletir sobre as
relações entre
o homem e a natureza pressupõe, nesta perspectiva, há algumas indagações: quando as ciências sociais ou humanas passaram a se preocupar
e abordar temas como os ambientais? Quais as relações e as ciências das sociedades? Os anos após a Segunda Guerra
foram aqueles que, no dizer de Boaventura dos Santos, corresponderam ao "fim da inocência das
ciências naturais e a emergência de
consciência
social crítica sob o impacto do desenvolvimento tecnológico de alienação social, na destruição do meio ambiente e no agravamento das
desigualdades entre países centrais
e países periféricos [SANTOS, 1989, p. 64].
As décadas seguintes
no campo científico foram denominadas como "crise paradigmática",
sustentada entre o conhecimento produzido cientificamente e os saberes
marginalizados. Para as ciências
sociais e, em
particular para a história, houve um repensar sobre os paradigmas que
sustentavam seu processo de produção.
Uma das importantes reflexões foi sobre as exclusões sociais da História, sobre
uma história centrada em um etnocentrismo moldado pelos países centrais do sistema econômico mundial que havia criado conceitos como os
de "civilização"
e "progresso" por intermédio dos quais eliminavam-se povos e
culturas da história da humanidade. A partir daí, o conhecimento histórico
passou a abarcar novas
temáticas, deixando de limitar-se a estudos de uma política centradas do
Estado-nação,
voltando-se para uma história econômico-social
e, mais recentemente, para uma história cultural. Novos sujeitos têm sido
investigados e percebidos na trama histórica.
Os diversos grupos étnicos como os operários, escravos e mulheres são
analisados nas dimensões das mudanças e permanências históricas. Ficou
evidente, principalmente na crítica ao ensino e à produção acadêmica,
que não podia se considerar a história
como resultante apenas da vontade e ações de indivíduos, de alguns poucos
homens do poder institucional, mas que ela era constituída pelo conjunto de
sujeitos, em diferentes condições.
Nesse contexto, sob o
impacto das redefinições da
história social
articulada à política e à cultura, surgiu, nos países onde tais mobilizações sociais mais se evidenciaram em relação aos temas do meio ambiente, a preocupação com esta problemática em uma perspectiva
histórica. Os historiadores, ao
se aproximarem e se preocuparem com as lutas e conflitos vividos no tempo
presente, passaram a rever e a reconsiderar o lugar da natureza no viver
social. Os historiadores que incluem as problemáticas ambientais em suas
pesquisas têm
cuidadosamente enfatizado
que as relações
entre os homens e a natureza são analisadas em uma perspectiva não
determinista. Eles têm
destacado que "a cultura humana age sobre o meio físico, propiciando
significados e usos complexos dos seus elementos" [DRUMOND, 1991, p.181] e, ao mesmo tempo, têm salientado as influências da natureza na constituiçào histórica das sociedades humanas.
As formas do homem
viver e conceber a natureza têm sido
diversas, variando no tempo e no espaço e
cabe aos estudos históricos situar
tais diferenciações,
evitando equívocos de passados idílicos, de existência de momentos de total harmonia e integração entre o homem e o mundo natural. A manipulação da natureza pelo homem tem uma longa
história, com variações em
intensidade e
brutalidade. Ao se repensar o tempo histórico, tendo como referência as relações homem-natureza, pode-se ainda avançar na compreensão das diversas temporalidades
vividas pela sociedade e nas formulações
das periodizações e
marcos de rupturas.
Assim como defendia Levi-Strauss [1968], as grandes transformações irreversíveis da sociedade podem ser
basicamente divididas em dois grandes períodos. O primeiro momento dessa longa
duração foi
o neolítico, com o nascimento da agricultura e responsável por mudanças significativas nas relações entre os homens, a terra, as plantas e os
animais. O segundo grande momento foi o da revolução industrial dos séculos XVIII e XIX que
introduziu relações
entre o homem e os recursos naturais em escala sem precedentes, impondo novo ritmo no processo de
transformações e
de permanências.
Esses dois momentos correspondem à constituição de novas formas dos homens organizarem o tempo
e se organizarem no seu tempo cotidiano: o tempo da natureza foi substituído pelo tempo da fábrica.
Pensadores
que pensaram na perspectiva do tempo da natureza
Os fatos que
aconteceram nos percalços históricos, podem ser analisados com ênfase nos personagens
naturais. Uma gama variada de temas pesquisados seguindo a perspectiva de tempo
cronológico e fatores humanos sociais foram estudados e abordados,
principalmente, por historiadores norte americanos e europeus. Dentre os
franceses, Marc Bloc e Fernand Braudel têm sido
apontados como precursores de uma abordagem que busca compartilhar, de maneira mais
íntima, espaço e
tempo, visando estabelecer métodos que possibilitem um entrelaçamento entre as paisagens e os homens.
Marc Bloch advertia em
sua obra O Mediterrâneo e o
Mundo Mediterrâneo na
Época de Felipe lI, abordando
a história dos povos do século XVI em torno do Mar Mediterrâneo, transformando o mar, com suas paisagens,
suas especificidades climáticas, em personagem fundamental para a compreensão
das relações de
poder econômico e
político do período.
Trata de uma obra significativa ao buscar a superação de uma análise determinista que condicionava
de forma inexorável o percurso histórico de povos submetidos ao fatalismo do
meio no qual viviam. O meio geográfico não limita os homens sem remissão, pois, precisamente, toda uma
parte de seus esforços
consistiu para ele em se destacar das restrições limitantes da natureza. Entre o homem e as
coisas, não façamos
divisões arbitrárias [BRAUDEL, 1949].
Pela trilha aberta por
Marc Bloc e Braudel, seguiram-se outros estudos de historiadores franceses. Le
Roy Ladurie preocupou-se com as epidemias e as condições climáticas responsáveis por crises econômicas. As condições meteorológicas eram recuperadas para
estabelecer ligações
com uma história econômica francesa, indicando as alterações de tais condições com o crescimento ou o decréscimo
populacional, assim como os processos migratórios delas decorrentes.
A história que estuda
o Meio Ambiente reúne os temas mais antigos com os mais recentes na
historiografia contemporânea: a
evolução das
epidemias e do clima, ambos os atores sendo partes integrantes do ecossistema
humano; a série de calamidades naturais agravada por uma falta de antevisão,
ou mesmo por uma absurda "disposição" dos colonizadores
simplórios; a destruição da
Natureza causada pelo crescimento populacional e/ou pelos predadores do
hiperconsumo industrial, que levam à poluição do ar e da água; o congestionamento humano
ou os altos níveis de ruído nas áreas
urbanas, num período de urbanização
galopante [LADURIE, 1974].
Os historiadores de
língua inglesa, também têm se
dedicado aos temas sobre meio ambiente. Elogiada e criticada, O homem e o mundo
natural ¬ - mudanças de
atitude em relação às
plantas e aos animais,
de Keith Thomas, é um referencial para estudos das formas pelas quais as
plantas e animais foram sendo submetidos aos desígnios dos homens. O período
e o lugar escolhidos - a Inglaterra nos séculos XVI ao XVIII - constituem-se
como uma significativa fonte para a compreensão da história moderna,
identificando como a sociedade desse período foi selecionando os animais e as
plantas para servir de alimento ou como objetos de adorno e fonte de lazer.
Nesse quadro, busca esclarecer o nascimento das ciências botânicas e
as ligadas à zoologia, associando o trabalho científico ao papel da
fundamentação
teológica do cristianismo que justificava a dominação do homem sobre a natureza e sua superioridade
frente aos demais seres vivos.
E, nesse processo, revela as contradições
que se estabelecem, mesclando, nas pessoas desejos de proteção das espécies, ao lado de outros que se
limitavam a considerar a primazia dos humanos sobre as demais espécies,
concluindo que havia um conflito
crescente entre as novas sensibilidades e os fundamentos materiais sociedade
humana [THOMAS, 1988].
Nesse balanço, percebe-se uma tradição norte-americana em estudos sobre história
regional e de comunidade que tem procurado estabelecer vínculos estreitos com
as demais áreas das ciências
naturais e da antropologia para a compreensão do seu habitat natural. Nesse processo, vários
autores optaram por métodos e conceitos obtidos nas áreas das ciências naturais para tratar de temas como os usos
comparativos da terra, de animais e plantas por grupos indígenas e europeus
[William Cronon]; as réplicas
da sociedade européia introduzidas no continente americano especialmente pela
introdução de animais e plantas domesticadas, analisando as "vantagens
biológicas" desses transplantes, nem sempre adequados para as regiões
tropicais [Alfred Crosby]; história ambiental do fogo com os comportamentos
predatórios de seu uso e como importante "fenômeno cultural de intervenção humana que alterou porções significativas das paisagens naturais"
[Jared Diamond].
De maneira, geral
estes autores têm
contribuído, de
maneira instigante e polêmica,
para transformar uma topografia inanimada em agentes históricos, mostrando uma
história na qual a espécie humana não é tudo. Os diversos temas na
atualidade têm
aproximado o meio ambiente e história cultural, das imagens construídas pelos homens sobre a
natureza e de como ela está incorporada na memória individual e coletiva. Por
esta temática, no que se refere às relações
ecológicas atuais, podem ser esgotadas através "dos séculos que formaram
hábitos culturais que
levaram a estabelecer uma relação
diferente com a natureza, para que, simplesmente, não esgotássemos ela até a
morte" [SCHAMA, 1996, p.29].
Como
o Brasil relata o brasileiro
Atualmente no Brasil,
os debates ambientalistas têm sido
realizados em várias
vertentes, principalmente as discussões sobre os problemas da poluição nas cidades, especialmente nas grandes
metrópoles e debates sobre a destruição das
matas, e as discussões sobre a
degradação da Floresta Amazônica e
da Mata Atlântica, que
tem sido assuntos internacionais. A história do Meio Ambiente no Brasil se
fortaleceu com a contribuição de
um norte-americano, o brasilianista Warren Dean que, em meados dos anos 80, sé
dedicou a analisar a relação
entre a sociedade e o
meio ambiente no Brasil. Uma de suas obras A ferro e fogo - A história e a devastação da Mata Atlântica brasileira, consolidou sua contribuição para a história ambiental no Brasil.
Percorre o itinerário da destruição
dessa floresta tropical nos
diferentes momentos da história brasileira, incluindo as culturas indígenas,
os colonizadores portugueses e os brasileiros até a atualidade. Dean, ao
escrever a história, aproxima a estrutura econômica a uma história das ciências, buscando, por intermédio das contradições dos humanas, identificar o futuro da vida no
planeta:
“O avanço da espécie
humana funda-se na destruição de
florestas que ele está mal equipado para habitar. A preservação de florestas deve, portanto, basear-se em
algo além do do
auto-interesse cultural ambiental ou econômico.
Talvez em uma concepção de interesse que se poderia definir por um
auto-conhecimento mais perspicaz e uma compreensão mais profunda filosófica
do mundo natural” [DEAN, 1996, p.24].
Ensinar
antes que esgote
Se existem desafios
para o professor introduzir temáticas sobre história e o meio ambiente, as
dificuldades para se viabilizar atividades desses conteúdos são variadas.
Além da escassez de pesquisas de brasileiros, os professores ainda concebem as
problemáticas ambientais como inerentes e exclusivas das aulas de Geografia ou
Biologia. Há enormes dificuldades em trabalhos interdisciplinares no cotidiano
escolar sobre determinados conteúdos para que eles possam receber um
tratamento mais aprofundado, estabelecendo as necessárias articulações entre os vários campos de conhecimento. A
escola tem permanecido como uma instituição no
legado de uma formação
compartimentada. Tal formação é
um dos aspectos básicos que vem sendo criticada pelos que debatem o conhecimento escolar e o papel
das disciplinas na constituição de
uma cultura e das formas de se relacionar com o saber.
No que se refere aos
projetos educacionais provenientes educacional, os atuais Parâmetros Curriculares Nacionais, os PCNs, incorporaram parte
das críticas referentes ao conhecimento escolar e a forma fragmentada de
proposição dos
conteúdos das disciplinas que caracterizaram os currículos anteriores. Como
proposta para superar o conhecimento parcelar e compartimentado, os PCNs sugerem os
temas transversais por aqueles que tratam de "questões urgentes que
interrogam sobre a vida humana, sobre a realidade que está sendo constituída
e que demandam transformações
macrossociais e também atitudes pessoais, exigindo, portanto, ensino e aprendizagem de conteúdos
relativos a essas duas dimensões," [PCN, 1998, p. 26]. E, sob esta
perspectiva, os PCNs possibilitam uma compreensão do conhecimento escolar
articulado à propostas políticas, destacando que a inclusão dos temas
transversais exige "uma tomada de posição diante de problemas fundamentais e urgentes
da vida social, o que requer uma reflexão sobre o ensino e a aprendizagem de
seus conteúdos: valores, procedimentos e concepções a eles relacionados." [PCN, 1998, p. 35].
Se as problemáticas
ambientais mais próximas dos alunos se relacionam aos objetivos do ensino de
História, a questão que se coloca é de como identificar tais problemas em
uma dimensão histórica. Assim, exemplificando, o caso do lixo, é um problema
aparentemente distante das questões históricas tradicionais do ensino. Mas se
partimos do lixo industrial e caseiro e chegarmos ao lixo atômico, podemos situar este problema em outros
momentos e sociedades. O que são os sambaquis? Lixo das populações
indígenas do litoral brasileiro? Do lixo atômico aos sambaquis, é um percurso
viável para a reflexão das contradições
sociais presentes e passadas. Adversidade de experiências, tanto do entorno dos alunos como aquelas
vividas por outras
sociedades em outros tempos, fornecem subsídios para aprofundar as reflexões
sobre a sociedade industrial aos valores
que são constituídos em relação à
natureza em momentos diferentes.
Resta, então, a
tarefa de introduzir e criar métodos possíveis de serem abordados e
trabalhados em sala de aula. Textos escritos, desenhos, pinturas, música e
literatura, são fontes e documentos que necessitam da contextualização de sua
produção e quem produz [PESAVENTO, 2008] para que revelem as percepções de
outros sujeitos e suas peculiaridades na apreensão das relações da sociedade
com a natureza em momentos e espaços determinados. Um trabalho difícil, mas
desafiador e estimulante para aqueles que acreditam na escola como um
"meio ambiente" que pode auxiliar na transformação da sociedade e,
para aqueles que lutam por um futuro mais digno para as gerações futuras.
Referências
Me. Anelisa Mota
Gregoleti é doutoranda no Programa de Pós-Graduação em História da Universidade
Estadual de Maringá [UEM] e bolsista CAPES.
Nathália Moro é
mestranda no Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Estadual de
Maringá [UEM] e bolsista CAPES.
Dr. Christian Fausto
Moraes dos Santos [orientador] é professor pós-doutor em História das Ciências,
professor da Graduação e Pós-Graduação do Departamento de História da
Universidade Estadual de Maringá [UEM], bolsista produtividade do CNPq e
orientador do Laboratório de História, Ciências e Ambiente [LHC – UEM].
BLOCH, M. Introdução à história. Lisboa, Europa-América, 1976.
BRAUDELL, F. O
mediteirrâneo e o
Mundo Mediterrâneo na
época de Felipe II. Lisboa, Europa-Amérlca,
1949
CRONON, W. A Place for Stories: Nature, History, and Narrative,"
Journal of American History 78:4, 03/1992, p. 1347–1376.
CROSBY, A. W. A
mensuração da realidade: a quantificação e a sociedade ocidental,
1250-1600/Alfred W. Crosby: tradução Vera Ribeiro. – São Paulo: Editora UNESP,
1993.
DEAN, W. A ferro e
fogo. A história e a devastação da
Mata Atlântica
Brasileira. Tradução de Cid K. Moreira. São Paulo:
Cia. das Letras, 1996.
DIAMOND, J. Armas
germes e aço: os
destinos das sociedades humanas. Rio de Janeiro: Record, 2008 .
DRUMOND, J. A.
Ahistória ambiental: temas, fontes e linhas de pesquisa. Estudos Históricos,
Rio de Janeiro, vo1.4:8, 1991, pp.l77-197
LADURIE, E. Le R. Le
territoire de l'historien. Paris, Gallimard, 1973
LÉVI-STRAUSS, C. O
pensamento selvagem. Campinas, SP: Papirus, 1968, p. 11-13.
PESAVENTO, S.
Narrativas, imagens e práticas sociais: percursos em história cultural. Porto
Alegre: Asterisco, 2008, p.99-122.
SANTOS, B. dos S.
Introdução a
uma ciência
pós-moderna. Rio de Janeiro, Graal, 1989.
SHAMA, S. Paisagem e
memória. Tradução de
Hildegard Feist São Paulo, Cia. das Letras, 1996.
THOMÁS, K. O homem e
o mundo natural. Mudanças de
atitudes em relação às
plantas e aos animais [1500-1800]. Tradução de
João Roherto Martins Filho. São Paulo,
Cia. das Letras, 1988.
Como foi abordado no texto, existe um processo de distanciamento entre as áreas do conhecimento que envolve as ciências humanas e as ciências naturais. No entanto, como também abordado, muitos autores conhecidos, dentro das humanidades, trabalharam expondo uma evidente relação entre essas duas áreas. No mais, muitos desses autores não são apresentados em sala de aula, nesse sentido, vocês saberiam informar como apresentar esses autores e suas possibilidades de inserção em um ambiente educacional básico, através de um ensino fluido e dinâmico capaz de promover uma dissolução desses ideias perpetuadas dentro da nossa sociedade, a fim de permitir essa conscientização sobre a preservação do meio ambiente?
ResponderExcluirJulia Beatriz Silva Vicente Chaves
Olá Julia! Muito obrigada pela sua leitura em nosso texto! A apresentação desses autores para o ensino em sala de aula no ambiente educacional básico, seria de forma lúdica. Como exemplo, citamos o conteúdo de colonização da América portuguesa. Você (enquanto professora) pode, por exemplo, levar um pouco de sal de cozinha para a sala de aula. Com esse sal em mãos (ou melhor, em um pote), você pode citar os métodos de conservação que era muito utilizado no passado, pode falar de onde se origina e, quais os efeitos da poluição e do capitalismo em relação ao sal. Acreditamos que, casar um alimento ou objeto, com a explicação do conteúdo, torna o ensino mais didático, fluído, memorizável e lúdico.
ExcluirAtenciosamente,
Anelisa Gregoleti e Nathália Moro.
Olá Anelisa Gregoleti e Nathália Moro! Parabéns pelo texto, veio ao encontro das discussões e debates que venho tratando em minhas pequisas. Gostaria de saber se vocês conseguem perceber uma aproximação e a possibilidade de se estabelecer vínculos entre a história ambiental e a história do tempo presente? E mais, seria esse um dos caminhos possíveis para a sua aplicabilidade mais efetiva nas aulas de história? Grata pela atenção.
ResponderExcluirLigia Mara Barros Ribeiro
Olá Ligia! Muito obrigada pela sua leitura e parabenização! Respondendo a sua questão, nós acreditamos que sim, percebemos a aproximação entre a história ambiental e a história do tempo presente, pois, não haveria tempo presente sem antes haver um Meio Ambiente. Essa correlação entre os contextos e ambientes, faz emergir inúmeras possibilidades de aplicabilidade nas aulas de história, geografia, ciências e biologia.
ExcluirAtenciosamente,
Anelisa Gregoleti e Nathália Moro.
Em relação a esse texto, salienta-se que ele traz uma abordagem teórica bastante pertinente, pois, se percebe que é debatido de forma aprofundada as questões do meio ambiente,ecologia e educação ambiental contextualizando assim com a História enquanto um campo de pesquisa cientifica em que a mesma se apresenta.
ResponderExcluirAssina: Francielcio Silva da Costa
Olá Francielcio! Muito obrigado pela sua leitura e posicionamento. Qualquer dúvida estamos a disposição.
ExcluirAtenciosamente,
Anelisa Gregoleti e Nathália Moro
Quais os desafios para o ensino de História em sua enfase ambiental, na educação brasileira??
ResponderExcluirAssina: Francielcio Silva da Costa
Olá Francielcio! Acreditamos que, na educação brasileira, qualquer tipo de ensino é um desafio. A questão da dificuldade de englobar a história ambiental dentro do ensino de História, se origina com o próprio material didático escolar. Uma vez que, ele é voltado apenas para conteúdos de história “robóticos” como: datas, nomes, impérios, disputas e condados. O desafio começa por aí. O professor de história se sente moldado ao material que lhe é imposto. Cabe a nós, propagadores do ensino, ensinar que o mundo só existe porque tudo é história.
ExcluirAtenciosamente,
Anelisa Gregoleti e Nathália Moro.
Como os professores de História podem trabalhar em sala de aula, as questões ambientais??
ResponderExcluirAssina: Francielcio Silva da Costa.
Olá Francielcio! Os professores de História que conseguirem abordar e casar esse tema, tão importante para a humanidade, podem trabalhar de maneira lúdica. Por exemplo, levando um pouco de açúcar no ambiente escolar. Através do açúcar (seja refinado, demerara ou mascavo), ele vai poder contextualizar todo o período de engenhos brasileiros, de como foi dada a largada da produção de açúcar no Brasil, de onde se originava a mão de obra escrava, quais eram os locais que haviam produção. Além disso, o professor de história pode “casar” essa aula com o professor de geografia, por exemplo. Afim de que, ambos, contextualizem a região que era produzido e que hoje, não se tem mais floresta nativa. Inúmeras possibilidades poderão surgir e emergir.
ExcluirAtenciosamente,
Anelisa Gregoleti e Nathália Moro.
Quais os principais teóricos da área de história, que pesquisam acerca da relação meio ambiente e História, enquanto um campo de pesquisa??
ResponderExcluirAssina: Francielcio Silva da Costa
Olá Francielcio. Com viés teórico, a história se preenche de várias vertentes. Tudo depende para qual viés você seja adepto: de uma teoria marxista, positivista ou qualquer outra. A nossa metodologia de trabalho, inclui pensar em teóricos como Michel Foucault (especificamente no livro “A palavra e as coisas”) e, utilizamos questionamentos e posicionamentos que casam com as referências que escolhemos. Fazer isso, faz com que um leque de posicionamentos seja permitido. É mais fácil acharmos referências bibliográficas que tratem de História e Meio Ambiente do que, teóricos históricos específicos.
ExcluirAtenciosamente,
Anelisa Gregoleti e Nathália Moro.
Excelente texto, gostei muito da forma como o tema foi abordado, parabéns!
ResponderExcluirExiste um entendimento de que as questões ambientais na educação formal devem ser implementadas através de todas as disciplinas numa abordagem interdisciplinar. Contudo, não podemos negar que existe uma carência formativa enfrentada por professores principalmente de História no que diz respeito ao trato com a natureza e com as questões ambientais em meio às temáticas desenvolvidas por eles em sala de aula, uma vez que para muitos de nós historiadores o meio ambiente nunca foi discutido na nossa formação. Por vocês estudarem essa temática, como consideram essa situação?
Fábio Roberto Krzysczak
Olá Fábio! Muito obrigado pela leitura e parabenização! O seu questionamento é muito importante. Afinal, exigir do professor que, atualmente, luta mais do que um soldado brasileiro, é extremamente difícil e delicado. O ensino interdisciplinar é um método mais didático e lúdico, porém, na própria formação do educador, ele quase não tem contato com essa forma de ministrar aulas. Acreditamos que nos cursos de licenciatura, deveriam existir disciplinas voltadas para preparar o futuro professor.
ExcluirAtenciosamente,
Anelisa Gregoleti e Nathália Moro.
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ResponderExcluirParabéns pelo texto e pelo tema.De modo que nós professores de História somos convidados ampliar seus nossos conhecimentos sobre meio ambiente,além de também esse tema ser abordado seguidamente no meios de comunicação ,por sua grande importância na atualidade.
ResponderExcluirConforme Donald Worster,reconhecido como um dos fundadores da História ambiental considera ela é.
[…] parte de um esforço revisionista para tornar a disciplina da História muito mais inclusiva nas suas narrativas do que ela tem tradicionalmente sido.Acima de tudo,a História Ambiental rejeita a premissa convencional de que a experiência humana se desenvolveu sem restrições naturais, de que os humanos são uma espécie distinta e “super natural”, de que as consequências ecológicas dos seus feitos passados podem ser ignorados.[..].
Então dessa maneira o professor de História deve elaborar um projeto de pesquisa da História ambiental,onde que ele consiga não apenas envolver uma única turma,mas várias do ensino fundamental e médio.Dessa forma que os alunos consiga interpretar essas fontes históricas primárias,de modo que o professor seja o mediador na construção do Conhecimento.Gostaria de saber de vocês em suas s opiniões referente esse entrave das escolas sobre a educação ambiental?
Olá João Felipe! Agradecemos a sua leitura e sua parabenização pelo nosso texto! Além do mais, você complementou muito bem, citando Donald Worster.
ExcluirO intuito de elaborar um projeto de pesquisa voltado para o ensino de História ambiental e, englobá-lo no contexto do ensino de história escolar é muito bacana. Infelizmente, alguns regimentos e disponibilidades escolares, não concordam com esse nosso pensamento. Fazendo com que muitos professores sejam engessados nos métodos e materiais escolares disponibilizados.
Atenciosamente,
Anelisa Gregoleti e Nathália Moro.
ResponderExcluirParabéns pelo texto e pelo tema.De modo que nós professores de História somos convidados ampliar seus nossos conhecimentos sobre meio ambiente,além de também esse tema ser abordado seguidamente no meios de comunicação ,por sua grande importância na atualidade.
Conforme Donald Worster,reconhecido como um dos fundadores da História ambiental considera ela é.
[…] parte de um esforço revisionista para tornar a disciplina da História muito mais inclusiva nas suas narrativas do que ela tem tradicionalmente sido.Acima de tudo,a História Ambiental rejeita a premissa convencional de que a experiência humana se desenvolveu sem restrições naturais, de que os humanos são uma espécie distinta e “super natural”, de que as consequências ecológicas dos seus feitos passados podem ser ignorados.[..].
Então dessa maneira o professor de História deve elaborar um projeto de pesquisa da História ambiental,onde que ele consiga não apenas envolver uma única turma,mas várias do ensino fundamental e médio.Dessa forma que os alunos consiga interpretar essas fontes históricas primárias,de modo que o professor seja o mediador na construção do Conhecimento.Gostaria de saber de vocês em suas s opiniões referente esse entrave das escolas sobre a educação ambiental? João Felipe Fagundes
Olá João Felipe! Agradecemos a sua leitura e sua parabenização pelo nosso texto! Além do mais, você complementou muito bem, citando Donald Worster.
ExcluirO intuito de elaborar um projeto de pesquisa voltado para o ensino de História ambiental e, englobá-lo no contexto do ensino de história escolar é muito bacana. Infelizmente, alguns regimentos e disponibilidades escolares, não concordam com esse nosso pensamento. Fazendo com que muitos professores sejam engessados nos métodos e materiais escolares disponibilizados.
Atenciosamente,
Anelisa Gregoleti e Nathália Moro.
Boa noite, Anelisa e Nathália.
ResponderExcluirParabéns pelo texto. Gosto muito da temática ambiental.
No entanto, ainda são poucos professores que lidam com este tema.
Hoje com a preocupação do pós-pandemia, o ensino chega através da tecnologia. Como vocês imaginam o ensino sobre a questão ambiental através da tecnologia?
Jelly Juliane Souza de Lima.
Olá Jelly! Muito obrigada pela sua leitura em nosso texto! Imaginar que o ensino chega através da tecnologia, em qualquer âmbito pedagógico, é um desastre por si só. Acreditamos que, abordar esse tema de forma lúdica, digitalmente, seria necessário utilizar de alimentos conhecidos pelos alunos e “casar” com temas históricos. Por exemplo, o açúcar, a laranja, as especiarias. Traçando o contexto histórico com o ambiental atual. Espero que tenhamos sanado a sua dúvida.
ExcluirAtenciosamente, Anelisa Gregoleti e Nathália Moro.