Kassia de Luna


ENSINO DE HISTÓRIA E A TRANSVERSALIDADE: A CULTURA Á SERVIÇO DA FORMAÇÃO CIDADÃ




As décadas de 60 e 70, foram anos importantes para a constituição do ensino escolar no Brasil, pois com a “abertura democrática”, houve a aproximação entre os ensinos básico e universitário, além da volta da história e geografia como disciplinas independentes, [Bittencourt, 2004] fazendo com que a pesquisa voltasse o olhar para os conteúdos, métodos e formas de aprendizagem que os docentes utilizavam em suas aulas. As condições políticas e culturais foram as principais causas de se repensar o currículo escolar, pois era necessário estabelecer novas formas pedagógicas para a comunicação com os estudantes das mais variadas classes, visto que nos anos 70 vários grupos sociais das classes trabalhadoras começaram a frequentar as escolas que antes só eram ocupadas pelos filhos de pessoas das classes médias. [Bittencourt, 2004]

A história, por sua vez, não ficou a margem desse processo, recebeu grandes benefícios e contribuições da historiografia, acerca de qual os objetivos e finalidades que a mesma deveria desempenhar nos anos do ensino básico. Com isso, seus objetivos de ensino foram reformulados e hoje, o objetivo crucial do conhecimento histórico é compreender os processos, os sujeitos históricos e as relações que se estabelecem entre os grupos humanos em diferentes tempos e espaços. [Bezerra,2007]

A história foi quase sempre lembrada por muitos como uma disciplina que consiste em apenas decorar datas, e fatos passados, ressaltando que este já se constitui como um dos objetivos da história, [Bittencourt, 2008] contudo este tipo de pensamento ainda se passa na mente de muitos jovens, por causa que muitos profissionais da área não têm preparo para trabalhar de forma mais didática e infelizmente o único material utilizado para explanar o conteúdo é o livro didático, esquecendo que é também finalidade da história, atualmente, formar cidadãos que reconheçam seus direitos e deveres dentro da comunidade em que está inserido.

O ensino de história na educação básica espera obter resultados em que o estudante possa se reconhecer enquanto sujeito social, dotado de direitos e deveres a ser seguidos, reconhecendo a sua liberdade de opinião, enquanto participante de uma democracia, além de entender o processo que seus antepassados realizaram até chegar nos dias atuais, e o poder que cada um deles tem em suas mãos: o pensar e o questionar:

“Portanto, os objetivos e os resultados que se esperam do ensino de história é mostrar ao estudante o papel que ele desempenha na sociedade, um cidadão ativo com direitos e deveres, que pode opinar em questões do cotidiano da sua comunidade. Isso fará com que o mesmo observe a importância da consciência histórica e dela se aproprie, visto que a história como um saber disciplinar tem papel fundamental na formação da consciência histórica do homem”. [Rusen, 2007]

Com isso, é possível perceber que o objeto de estudo da história dentro da educação básica, não é apenas o de levar o conhecimento de fatos pretéritos, mas também fazer conhecida nossa sociedade atual, mostrando os mais diferentes hábitos e costumes. Tendo observado esse objetivo da história, da formação do cidadão bem como seu conhecimento crítico, foi notório que estes se relacionam com um dos objetivos que o PNC [Parâmetros Curriculares Nacionais], documento criado com o objetivo de trazer orientações para as disciplinas do ensino básico, estimulam para o estudo e o debate dentro da sala de aula: os temas transversais.

Os temas transversais, são aqueles que se constituem como temáticas que são próprios da realidade social que busca ligar esses temas do cotidiano dos estudantes com as diversas áreas do ensino, sejam elas relacionadas ao estudo do homem, como é o caso das ciências humanas, ou as ciências relacionadas ao estudo da natureza e das exatas [Brasil, 1997]:

“A transversalidade pressupõe um tratamento integrado das áreas e com um compromisso das relações interpessoais e sociais escolares com as questões que estão envolvidas nos temas, a fim de que haja uma coerência entre os valores experimentados na vivência que a escola propicia aos alunos e o contato intelectual com tais valores” [Brasil, 1997, p.45]

Os temas propostos como transversais são 6: “a ética, saúde, orientação sexual, meio ambiente, cultura, trabalho e consumo” [Brasil, 1997, p.45]. Entretanto, iremos abordar como a cultura veiculada ao ensino de história, pode se constituir como um importante elemento para que a realidade dos estudantes possam ser abordadas, além de fazer com que este se sinta como ativo no processo histórico e não apenas um espectador de atos dos outros, vistos, quase sempre pela mídia, como os “motores” do processo histórico.

Quando se propõe que a cultura seja um tema transversal para as aulas, está se preocupando com a dinâmica que ela desenvolve, pois o sistema cultural sempre se encontra em mudanças e é vital o seu entendimento para amenizar o choque entre as gerações e os comportamentos preconceituosos. [Laraia, 2001]

Não é incomum vermos comunidades, principalmente as carentes, que produzem e exercem bastante atividade cultural, mas que não reconhecem esse valor cultural por trás das suas práticas, por isso Canclini [1994] argumenta que:

“Nas classes populares encontramos às vezes uma extraordinária imaginação para construir casas com dejetos num [conjunto periférico], para usar as habilidades manuais e dar soluções técnicas apropriadas ao seu estilo de vida. Mas dificilmente esse resultado pode competir com o de quem dispõe de um saber acumulado historicamente, emprega arquitetos e engenheiros e contam com vasto recursos materiais e a possibilidade de confrontar seus desenhos com os avanços internacionais. O mesmo pode-se-ia dizer ao comparar um conjunto de músicos aficcionados de um povo indígena a uma orquestra sinfônica nacional. Os produtos gerados pelas classes populares costumam ser os mais representativos da história local e mais adequados às necessidades presentes do grupo que os fabrica.“ [Canclini, 1994, p.97-98]

Desta forma, muito do que os povos, em especial os que não possui grandes poderes aquisitivos, produz não é visto nem explorado como objeto cultural e o mais agravante é que muitos estudantes se encontram inseridos dentro de grupos que praticam a cultura mas que não se reconhece dentro da identidade cultural brasileira.

Um motivo bastante plausível para isto, é que os próprios livros didáticos, incluindo os de história, ainda levam em seus conteúdos uma visão positivista, na qual são privilegiados as figuras dos grandes personagens, que em sua maioria são de origem europeia e branca, negligenciando os outros povos que também fazem parte da composição social e cultural da nação [Óriá, 2005]. Contudo, é importante destacar que hoje, graças as pesquisas da historiografia, relacionada ao ensino, os livros didáticos são alvos de constantes debates acerca dos seus conteúdos, e tem se observados que eles já trazem outros temas que não seja exclusivamente relacionados aos europeus, e mesmo que em conteúdos menores já se pode discutir sobre a cultura africana e indígena no nosso cotidiano por exemplo.

O que seria pertinente nesses casos, é ir além do que o livro didático propõe, ou seja, trazer marcas desses povos que compõe a cultura brasileira e que se encontram no cotidiano para a sala de aula. Poderia ser trabalhados os hábitos culturais de alimentação, higiene, organização e linguistico, esse diálogo seria extremamente proveitoso, visto que poderiam ser feitas conexões da história com outras disciplinas e assim promover além da transversalidade a interdisciplinaridade.

Além de destacar a formação cultural nacional e os traços que se perpetuam até os dias atuais na sociedade contemporânea, seria de grande valia salientar que o próprio conceito de cultura se ampliou mediante a aproximação da história com a antropologia, fazendo com que hoje se entenda que cultura não é restrito as áreas de manifestações artísticas, antes ela se refere as formas de organização de trabalho, de casa, de família, do cotidiano e de crenças religiosas. [Bezerra, 2007]

Levado essas questões para as aulas de história se poderá levar o estudante a compreensão que a cultura está a sua volta e que o mesmo está participando ativamente dessa construção cultural, pois ele se encontra incluso num cotidiano, com uma família e que possuem uma crença. Isso levara a mostrar que embora seus colegas de classe tenham costumes distintos dos seus, eles também estão participando da dinâmica cultural e que não se deve olhar com preconceito para os que possuem hábitos opostos aos dele, pois todos são culturas, e que fazem parte da grande pluralidade cultural que o Brasil possui.

Integrar o ensino de história com a cultura não é uma tarefa difícil, visto que como já observado uma das finalidades da história é a compreensão das relações humanas e a criticidade delas. Ademais que um dos objetivos que também são propostos no PCN, para a disciplina de história é que se faça conhecer entre os estudantes como as sociedades se estruturam em diferentes épocas, suas relações de trabalho e organização social entre os indivíduos. [Brasil, 1998]

Estudar um eixo temático é uma das novidades que o ensino tem promovido afim de sair do velho ritual dos conteúdos estudados linearmente, muitas escolas tem escolhido tal método para a aprendizagem. Esse método de ensino poderiam muito bem ser aproveitado no que diz respeito aos temas transversais, pois se poderia analisar uma temática como no nosso caso a cultura, não apenas observando o presente, mas também as relações culturais nos longo dos tempos antigos e nos mais diferentes povos e assim colocar em atividade o exercício do conhecimento sobre as diversas formas que a sociedade se organizou, que como virmos anteriormente é um dos objetivos que o PCN orienta a disciplina de história.

Nesse sentido os professores trazendo esses temas para a sala de aula, teriam a oportunidade de retratar a pluralidade cultural que existe dentro das salas de aula, e fazer com que esses estudantes tivessem o contato com as culturas um dos outros e com o mundo:

“Os Estudos Culturais no cotidiano da sala de aula tornam-se uma oportunidade que temos, como professores, de ligarmos nossos alunos ao mundo, para que eles possam compreender a diversidade cultural como algo real e não viver como espectadores de conflitos religiosos, étnicos e raciais.” [Scheimer, 2012, p.157]

Com isso, observamos que a cultura já é algo que é inerente a história, cabe aos profissionais da área da educação bem como os professores e diretores, debaterem mais sobre o tema dentro das instituições de ensino e nas editoras que publicam os livros que as escolas adotaram para os seus anos letivos. Ressaltando que os docentes desempenham papel primordial nesse sentido, em virtude que, trazer o cotidiano para a sala de aula melhora a aprendizagem escolar e coloca o estudante como sujeito histórico:

“A limitação do professor ao organizar e ao planejar suas aulas sem condições de fazer uma ligação com os acontecimentos vivenciados pelos alunos dificulta o desenvolvimento de práticas educativas mais dinâmicas, que possam desenvolver no aluno  envolvimento com os problemas sociai, a fim de que se sintam sujeitos históricos” [Scheimer, 2012, p. 158]

Trazer os temas transversais e propor o diálogo com eles são primordiais para que o estudante possa compreender suas relações com o mundo em que vive, e em sincronia com o ensino de história pode trazer impactos importantes para o exercício da cidadania, como por exemplo a diminuição dos casos de preconceitos, sejam eles de qual natureza forem. Além disso, como proposto por Bloch [2001] o principal objeto de estudo da história é “o homem no tempo” [Bloch, 2001, p. 55] e entender as relações que os homens desenvolveram no tempo são de grande contribuição para que se entenda o verdadeiro objetivo da história.

É válido salientar que graças a revolução da historiografia, promovida pela Escola dos Annales, hoje temos uma grande gama de fontes, não mais apenas os textos oficiais, fotos, imagens, e música são alguns exemplos que poderiam auxiliar a pratica docente no que diz respeito ao estudo do tema, visto que esses exemplos mencionados são traços culturais que a sociedade partilha, e que devem ser usados .para a compreensão da cultura.

Estudar a cultura nos tempos atuais se constitui de enorme relevância, pois o mundo globalizado tem feito com que as mais diversas culturais interajam, provocando em muitos casos a miscigenação cultural, que pode trazer o desaparecimento de algumas culturas. Por isso que o ensino de história tem se tornado um forte aliado nas perpetuações culturais, pois o seu conhecimento passado de geração a geração faz com que elas não sejam esquecidas no tempo, promovendo também a autoestima das populações carentes que praticam atividades culturais, mas que não são reconhecidas.

Referências
Kassia de Luna é Graduada em Licenciatura em História pela Universidade de Pernambuco, Campus Mata Norte; Mestranda no Programa de Pós Graduação em História, pela Universidade Federal Rural de Pernambuco.

BEZERRA, Holien Gonçalves. Ensino de História: Conteúdos e Conceitos básicos. In: Karnal, Leandro [org]. História na sala de aula: Conceitos, práticas e propostas - 5° Ed. São Paulo. Contexto, 2007 [livro]
BITTENCOURT, Circe Maria Fernandes. Capitalismo e cidadania nas atuais propostas curriculares de História. In: BITTENCOURT, Circe Maria Fernandes [org]. O saber histórico na sala de aula. 9 ed - São Paulo: Contexto, 2004 [livro]
_____________. Ensino de história: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2008 [livro]
BLOCH, Marc. Leopold Benjamim. Apologia da História, ou, O ofício do historiador. São Paulo: editora Jorge Zahar, 2011 [livro]
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacional: Introdução ao parâmetros curriculares nacionais/ Secretária de Educação Fundamental . - Brasília: MEC/SEF, 1997 [livro]
_______Parâmetros Curriculares Nacional – Terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental - História e Geografia. Brasília: MEC/SEF, 1998 [livro]
CANCLINI, Nestor García. O patrimônio cultural e a construção imaginária do Nacional. Revista do IPHAN, Brasília, n 23, p. 94 -115, 1994 [artigo]
LARAIA. R.B. Cultura, um conceito antropológico. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001 [livro]
ORIÁ. José Ricardo Fernandes. Ensino de história e diversidade cultural: desafios e possibilidades. Cad Cedes, Campinas, vol 25, n 67, p. 378-388, set/dez, 2005 [artigo]
RIBEIRO. da Silva. Mônica; MÉDICE COLONATO. Eloise. As diretrizes Curriculares Nacionais para o ensino médio e as proposições sobre trabalho, ciência, tecnologia e cultura: reflexões necessárias Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro,  vol 19, núm. 58, julio-septiembre, 2014 [artigo]
RUSEN, Jorn. História viva: teoria da história: formas e funções do conhecimento histórico, Brasília.Tradução de Estevão de Rezende Martins. Brasília: Editora UNB, 2007. [livro]
SCHEIMER, Maria Delfina Teixeira. Ensino de história e estudos culturais. La sale. Revista de Educação, Ciência e Cultura [ v.17] n 1]. Jan/jun, 2012. [artigo]

14 comentários:

  1. Agradeço pela excelente e importante contextualização sobre o papel da cultura na construção de uma identidade e formação cidadã, uma vez que, convivemos com a cultura e não podemos deixa-la ir embora antes mesmo de registra-la.
    Quero somente refletir sobre algo que veio a minha mente ao realizar a leitura deste texto, de que é evidente que não foram poucos os pensadores que tomaram para si o problema da identidade, ou melhor, essa obsessão com a definição do caráter nacional da cultura, refletido na busca de raízes, formações e interpretações do Brasil. Sempre foi e será necessária uma escrita historiográfica brasileira feita e contornada pelo próprio olhar do Brasil brasileiro e não pelo olhar de outras nações, já que infelizmente a história do descobrimento do Brasil é contada e escrita pelos portugueses e não pelos índios e a história da escravidão é contada pelos brancos e não pelos negros, ou seja, a história é sempre contada pelos maiorais e não pelos considerados inferiores, uma vez que, uma história só pode ser contada de forma verdadeira pelos que viveram a mesma e não como é relatada com grande escassez de informação e conteúdo nos livros didáticos.
    É preciso tentar compreender as características da sociedade brasileira e as suas especificidades históricas. Fazer possível em enxergar elementos que ainda hoje continuam vivos na nossa sociedade, o que chamamos de rupturas e continuidade do período colonial e que se refletem ainda hoje na sociedade brasileira.
    Mas mesmo assim, gostaria de ouvir a sua opinião sobre se já conseguimos elaborar de modo geral uma identidade nacional e cultural e uma historia definitiva sobre o Brasil ou isso ainda está em processo de construção, seja dentro da sala de aula ou fora dela?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Este comentário foi removido pelo autor.

      Excluir
    2. Ainda se encontra em processo de construção, visto que as maiores narrativas conhecidas ainda são do branco europeu, é bem verdade que a construção com vozes que antes eram silenciadas ja encontram espaço, porem não sendo bastante para que nossa historia possa ser legitamente contada por nós, ainda temos um longo caminho a percorrer, incluindo no que diz respeito as salas de aula, aonde a nossa história ainda se concentra como fruto europeu.
      Kassia de Luna

      Excluir
  2. lellisjac@gmail.com18 de maio de 2020 às 15:54

    A Cultura escolar atual exige um conjunto de intevenções,decisões,e certo gau de intencionalidade e sitematização afim de modificar atitues, modelos e prática pegagógicas, introduzindo uma linha renovadora que traduzem a proposta educaiva desses novos tempos, Quais desafos enfrentdos por professores de história que se propõe a trabalhar no ensino de história a transvrsalidade cultural a serviço da formação cidadã?


    Antonio Lellis Ramos Rodrigues

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. O principal desafio que pode ser envidenciado é o despreparo sentido por vários docentes, visto que, ao se preparar uma aula com os temas sobre a cultura a serviço da formação cidadã não é simples, e esses professores principalmente os de ensino público trabalham em várias comunidades diferentes e com os mais diversos alunos e adaptar esse ensino, gera mais trabalho e pesquisa, além do que esses docentes ja enfrentam. Alem de que como já ressaltei, muitos sentem dificuldades de se trabalhar este tema, pelo despreparo ou o dominio que não possuem.
      Kassia de Luna

      Excluir
  3. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  4. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  5. Olá Kassia obrigada pelo seu texto e gostaria de dialogar com você. Como você pensa o lugar do estágio nessa possibilidade de interaçao entre os sujeitos, como vislumbrar e problematizar os diferentes sujeitos histórico, até então invisibilizados, as mulheres, negros, indígenas, por exemplo, e sua presença em sala de aula. Grata

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá. Acredito que o estágio se torna um lugar de grande relevância nesse cenário, visto que através dele experiências e caracteristicas e traços culturais podem ser evidenciados e desta forma ao se deparar com a sala de aula, o docente estara preparado pois ja experimentou o estudo de tais tema durante sua formação. O estagio trará a oportunidade de aprofundar o conhecimento acerca dos negros e indigenas, principalmente, visto que seus traços culturais perpetuam em nosso cotidiano mas passam desapercebidos pela falta de conhecimento a cerca dele, o mesmo pode ser levado em consideraçao a historia das mulheres, que hoje a historiografia tem grandes pesquisas sobre nossa história, entao esses dialogos seriam essencias no estagio, pois o docente ja se encontrariam com material e conteúdos para que os alunos passem a ser enxergar esses grandes personagens formadores do que conhecemos como Brasil.
      Kassia de Luna

      Excluir
  6. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  7. Gabriela Maria Teodósio20 de maio de 2020 às 17:17

    Olá, Kassia! Irei voltar a cursar a disciplina de Estágio Supervisionado I assim que as aulas forem normalizadas, ao participar do PIBID, eu e meus colegas utilizamos o próprio livro didático para trabalhar a ausência das mulheres na historiografia e como as representações femininas trazidas pelo livro acabavam por reiterar os esteriótipos femininos. No cotidiano sabemos que as horas destinadas a disciplina de História são bem reduzidas, tu acreditas que trabalhar com a História Comparada seria uma boa saída pra analisarmos essas divergências e similaridades no meio cultural?

    Gabriela Maria Teodósio

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá Gabriela. Acredito sim que seria uma ótima alternativa, visto que vocês trabalhariam conforme os PCNs propõe ao se trabalhar de forma comparada, pois utilizariam recortes do cotidiano dos alunos e analisariam com as semelhanças e diferenças da condição das mulheres nas sociedades passadas, além de que ao ponto de vista é uma ótima forma de se iniciar uma discussão sobre a diversidade sexual, tema que tenho observado que não é ainda muito presente nos livros, mas que são do conhecimento dos estudantes.

      Kassia de Luna

      Excluir

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.