O ENSINO DE HISTÓRIA E DIREITOS HUMANOS: CAMINHOS DA INDISSOCIABILIDADE A PARTIR DA PRÁTICA UNIVERSITÁRIA
Nos últimos anos, o
ensino das mais diversas áreas está sendo repensado a partir de uma maior
interdisciplinaridade e, além disso, procurando trazer para a prática o “tripé”
da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. Dentro deste contexto
temos como tema do presente estudo o Ensino de História relacionado com a área
temática dos Direitos Humanos, a partir da prática das autoras dentro do
Projeto de Extensão “O Mundo em NH: Refugiados e Migrantes, uma questão de
Direitos Humanos”.
Os objetivos do estudo
são compreender como o ensino de História dialoga com os Direitos Humanos e
analisar a efetivação desse diálogo a partir da experiência nas oficinas de
História do referido projeto. Tem-se como metodologia a análise de obras que
tratam das temáticas do ensino de História, Direitos Humanos, dentre outros
temas, além, da reflexão sobre a experiência no Projeto de Extensão, no ano de
2019.
O Projeto de Extensão
“O Mundo em NH: Refugiados e Migrantes, uma questão de Direitos Humanos” faz
parte do Programa “Educação e Cultura dos Direitos Humanos” vinculado à
Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-graduação e Extensão da Universidade Feevale,
Novo Hamburgo [RS]. O projeto tem como objetivo geral, a inserção e acolhimento
de refugiados e migrantes na sociedade.
O
ensino de História
O ensino de História
como disciplina existe desde o século XIX e foi, ao longo dos anos,
modificando-se sendo hoje alvo de muitas discussões sobre aquilo que deve ser
ou não discutido em sala de aula. A relevância do ensino de História, segundo
Cardoso [2017], se dá a partir de diversas questões, como a valorização e
preservação do patrimônio mundial, nacional, regional e local e a formação de
cidadãos participativos e críticos, conhecedores das lutas de diferentes
sociedades.
Outra questão
relevante é da diversidade, na medida em que a História ajuda a compreender o
outro e diminuir os preconceitos. Aqui é interessante apontar que a diversidade
cultural é um conceito contemporâneo, mas sempre esteve em nossa sociedade. A
diversidade se dá a partir da troca entre as diferentes sociedades sendo um
fenômeno cultual e de forma alguma estático, pois as sociedades nunca estão
isoladas [Lévi-Strauss, 1989].
Este outro do qual a
diversidade trata é aquele que é diverso de nós, mas que, hoje, no mundo
globalizado, coexiste e está próximo no nosso cotidiano [Sodré, 2006]. O ensino
de História mostra sua necessidade em um mundo no qual o problema de
reconhecimento do outro é muito presente, sendo que ainda há uma grande
distância entre reconhecer filosoficamente o outro [quando este está longe do
sujeito] e entre conviver com ele na prática [Sodré, 2006].
Esta questão será
central para este estudo, na medida em que o Projeto de Extensão “O Mundo em
NH: Refugiados e Migrantes, uma questão de Direitos Humanos” atende refugiados
e migrantes que vivem na região do Vale do Rio dos Sinos, ou seja, a
“alteridade”, aqueles que são diversos da maioria da população e por isso,
muitas vezes sofrem descriminação e preconceito, sendo as oficinas de História
essenciais para que os participantes compreendam a diversidade e que não podem
ser tratados com estigma por serem quem são.
Voltando a Cardoso
[2017], a autora cita a importância do ensino de História para compreendermos a
noção de tempo. Dentro dessa percepção, Pinsky e Pinsky [2003], trazem a
importância da História ao apontar as realizações de nossos antepassados
mostrando-nos que somos todos sujeitos históricos e temos um papel dentro da
sociedade. Além disso, a História permite o aluno ter um olhar mais crítico
para a sociedade em que ele vive e os diferentes discursos que a constituem
[Cardoso, 2017].
Para que o ensino de
História acompanhe as inovações no início do século XXI, segundo Pinsky e
Pinsky [2003], se faz necessário que os professores percebam o mundo e os
alunos diferentes do que eram a décadas atrás, mas também, não esqueçam métodos
que já eram usados na disciplina, como os livros e, principalmente, a riqueza
de conteúdo da História.
Ainda conforme os
mesmos autores, os professores de História devem ter ciência de que seu papel é
fundamental para a construção social dos alunos. Para serem bons professores é
necessário que tenham conteúdo, cultura, erudição e que sempre busquem se
atualizar. Além disso, as aulas de História devem sempre trazer o passado e o
presente, mas isso não significa “[...] presenteísmo vulgar, ou seja, tentar
encontrar no passado justificativas para atitudes, valores e ideologias
praticadas no presente.” [Pinsky, Pinsky, 2003, p. 23].
Desde as últimas
décadas, o ensino de História vem se remodelando também devido às mudanças
próprias de se pensar o que é uma fonte para a disciplina, deixando para trás a
rigidez dos documentos oficiais sendo que: “[...] hoje qualquer texto pode ser
constituído pelo historiador como fonte: o diário de uma jovem desconhecida,
uma obra da alta literatura ou da literatura de cordel, as atas de uma revista,
as letras de música, ou até mesmo uma simples receita de bolo. Não há mais
limites para os tipos de textos que podem servir como materiais para o
historiador.” [Barros, 2011, p. 134].
Após abordarmos o
ensino de História pudemos ver a sua importância nos mais diversos níveis,
tanto Educação Básica, quanto universitária e atentar para as mudanças
tecnológicas do século XXI que interferem diretamente no aluno e
consequentemente na sala de aula. Assim, os professores devem buscar novas
alternativas de fontes históricas e metodologias que captem a atenção do aluno,
mas também não se esqueçam do principal, o conteúdo.
Os
Direitos Humanos e o ensino da História
Antes de adentrarmos
especificamente na relação entre ensino de História e Direitos Humanos, faz-se necessária
uma breve reflexão acerca do que os últimos são. Na metade do século XX, com o
fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, os países vencedores do conflito
criaram a Organização das Nações Unidas. A partir daí se inicia uma exaltação
da diversidade contra as atrocidades cometidas naquele século [Lévi-Strauss,
1989].
Uma vez que a ideia de
diversidade começa a ganhar espaço, junto dela vem a valorização das diferentes
culturas e a consolidação dos Direitos Humanos como direitos universais a
partir da Declaração Universal dos Direitos Humanos [DUDH, 1948]. O documento
colocou todos os seres como iguais independentemente da raça, etnia, sexo,
religião ou qualquer outra definição [ONU, 1948].
Com a DUDH ocorre uma
universalização dos direitos humanos, pois todos os países signatários devem
seguir seu regulamento. Essa universalização afirma a existência de valores
universais e é aí que as tensões e disputas em torno dos direitos humanos se
acirram [Ribero, 2009], porém esta não é uma discussão que cabe neste estudo.
Aqui destacamos a
importância dos Direitos Humanos a partir de Penteado Filho [2012], que os
aponta como: “[...] um conjunto de prerrogativas e garantias inerentes ao
homem, cuja finalidade básica é o respeito à sua dignidade, tutelando-o contra
os excessos do Estado, estabelecendo um mínimo de condições de vida. São
direitos indissociáveis da condição humana.” [Penteado Filho, 2012, p. 20].
Logo, os Direitos
Humanos são essenciais para nossa sociedade e são a base de muitos dos
documentos do Brasil, como a Constituição Federal de 1988 e o Estatuto da
Criança e do Adolescente de 1990 [Mello, 2019]. Os Direitos Humanos, vêm tendo
um maior espaço no âmbito da discussão escolar no país e em 2007 criou-se o
primeiro Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos onde se firmam estes
direitos como universais, indivisíveis e interdependentes e a importância de se
trabalhar com essa temática em todos os níveis da educação, de básica à
superior [Brasil, 2007].
Com o passar dos anos
foram criados projetos e acontecendo avanços nessa temática, destacando aqui as
Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos que devem ser
observadas e aplicadas por todas as instituições de ensino, inclusive
universidades. O documento trouxe os seguintes princípios: “I - dignidade
humana; II - igualdade de direitos; III - reconhecimento e valorização das
diferenças e das diversidades; IV - laicidade do Estado; V - democracia na
educação; VI - transversalidade, vivência e globalidade; e VII -
sustentabilidade socioambiental.” [Brasil, 2012, p. 36].
Ao falarmos de
educação em Direitos Humanos partimos dos seguintes pontos: “[...] primeiro, é
uma educação de natureza permanente, continuada e global. Segundo, é uma
educação necessariamente voltada para a mudança, e terceiro, é uma inculcação
de valores, para atingir corações e mentes e não apenas instrução, meramente
transmissora de conhecimentos. Acrescente-se, ainda, e não menos importante,
que ou esta educação é compartilhada por aqueles que estão envolvidos no processo
educacional – os educadores e os educandos - ou ela não será educação e muito
menos educação em direitos humanos.” [Benevides, 2000, p. 1].
A educação em Direitos
Humanos tem como uma de suas consequências a aceitação do diverso e a
diminuição do preconceito, pontos essenciais na sociedade brasileira. Por isso,
deve-se defender o trabalho em Direitos Humanos dentro do ensino. Um dos campos
que mais pode e deve dialogar com esta questão é o campo da História, devido as
proximidades e conexões que podem ser feitas. Conforme Benevides [2000], a
educação em Direitos Humanos é traduzida através da criação de sujeitos que
respeitem as diferentes culturas e o valor de cada ser humano entendendo o
direito à liberdade, justiça, paz e os valores de solidariedade e cooperação.
Já outra autora que
trabalha a História aponta que “Ao construir qualquer conhecimento, produzimos
novidades em nós mesmos, portanto, estamos também nos construindo, nesse
processo, na condição de sujeitos. O ensino de História tem muita relevância
como possibilidade de reflexão sobre o mundo e sobre nós mesmos, e a escola é o
local, por excelência, dessa reflexão. O conhecimento é uma construção e não um
resultado da percepção como cópia de modelos [...]” [Meinerz, 2012. p.18].
Aqui, percebemos – e
não por acaso – uma forte relação entre a reflexão das duas autoras, pois ambas
trabalham a construção dos sujeitos e as reflexões que despontam a partir do
processo ensino-aprendizagem onde os alunos são instigados a refletir para além
da “cópia de modelos” e isso é conquistado a partir do conhecimento,
principalmente acerca do outro, do diverso, algo propiciado pela temática dos
Direitos Humanos.
Devemos ter claro que
os Direitos Humanos são uma construção social: “Direitos humanos são históricos
na medida em que vão crescendo em abrangência e em profundidade, até que se
consolidem na consciência universal.” [Benevides, 2000, p. 7]. Neste estudo,
devido a uma questão de delimitação do espaço, abordamos os mesmos a partir da
formulação da ONU, em 1945, mas antes disso esses direitos já vinham sendo
formulados. Conforme Prado [2004], o primeiro documento que se tem registro
criado para assegurar melhores condições para os sujeitos foi o Código de
Hamurabi, no século XVIII a.C. Após ele, diversos outros documentos formaram
esta caminhada, como a Magna Carta de 1215, o Bill of Rights, em 1689, a
Declaração de Independência dos Estados Unidos da América [1766], entre outros
[Mello, 2019].
A partir deste olhar
podemos identificar importantes momentos históricos que são tratados em sala de
aula, como a Revolução Francesa, o processo de Independência dos Estados Unidos
e a nível nacional podemos pensar no próprio processo de redemocratização
brasileiro e Constituição de 1988. Assim, uma temática não está separada da
outra, pelo contrário, podem e devem ter intercruzamentos.
A construção da ideia
que temos hoje de quais são os direitos e deveres dos sujeitos na sociedade se
formulou ao longo da história da humanidade e é importante que os professores
tragam isso para os alunos e que discutam acerca deste processo, que é um
exercício importante para nos vermos como sujeitos históricos. A partir daí
ocorre o que Pinsky e Pinsky [2003] trazem como “humanizar o homem”, ou seja,
perceber este sujeito em sua organização social de produção e o que esta gera.
Como
ocorre essa relação na prática?
Nesta seção
abordaremos a prática realizada durante as oficinas de História executadas por
nós no Projeto de Extensão “O Mundo em NH: Refugiados e Migrantes, uma questão
de Direitos Humanos” durante o ano de 2019. Antes disse, olharemos rapidamente
para o município de Novo Hamburgo [RS], que faz parte da região metropolitana
de Porto Alegre, localizado a 42 km da capital. Ele é um importante polo
industrial da região do Vale do Rio dos Sinos, possuindo população estimada de
246.452 habitantes e densidade demográfica de 1.067,55 hab/km² [IBGE, 2019].
Ademais, o município fica a 80 km de Caxias do Sul, que durante anos foi grande
polo de entrada no estado de senegaleses e, posteriormente, haitianos.
O Projeto atua com
refugiados e migrantes da Região do Vale do Rio dos Sinos abarcando, em sua maioria, moradores de Novo
Hamburgo e São Leopoldo. Os participantes do Projeto contam, semanalmente, com
oficinas de Língua Portuguesa no início da noite e, na segunda parte,
intercalam-se oficinas de História, Fotografia e Psicologia. Ao todo, pelo
projeto já passaram mais de 80 beneficiados, demonstrando a importância do
mesmo para o acolhimento e inserção dos participantes na sociedade.
Ao longo do tempo,
houve participantes de diferentes nacionalidades: Haiti, Senegal, Colômbia,
Venezuela, Filipinas, Palestina, Suécia, Turquia, Chile, entre outros. A faixa
etária dos participantes varia desde crianças de oito anos até adultos de mais
de 40 anos. As oficinas são ministradas dentro da Universidade Feevale todas as
quartas-feiras, no turno da noite, das 19h30min até as 22 horas e 15 minutos.
Ao todo, durante os dois semestres de 2019 foram ministradas onze oficinas de
História, sendo três delas em conjunto com os demais oficineiros do projeto.
As oficinas de
História de 2019 foram preparadas a partir da leitura acerca da temática de
Direitos Humanos, ensino de História e demais conteúdos que foram sendo
elencados como essenciais ao longo do ano. O grupo de participantes das
oficinas era bem variado, tanto na idade dos participantes, quanto no nível do
Português e a oficina ocorria a cada três semanas, por isso, os planos de aula
sempre tinham que começar e terminar na mesma noite e deveriam ser trabalhados
a partir de diferentes metodologias, para abarcar todas as idades e níveis de
Língua Portuguesa.
A oficina de História
tem como objetivo principal que os beneficiados do projeto tomem consciência da
História e cultura do país, do estado e da região em que estão inseridos. Esta
é a principal meta, pois este olhar para a sociedade em que vivem ajuda na
inserção na comunidade e no sentimento de pertencimento a mesma. Além disso, a
importância de que eles conheçam o país e a cultura do mesmo para compreenderem
quais são seus direitos e deveres dentro da sociedade, uma temática que foi
perpassada durante todas as oficinas.
Ao longo das oficinas
foram trabalhadas questões que os beneficiados traziam, citando aqui o exemplo
do pedido de aprenderem mais sobre a cultura brasileira e, especificamente, do
Rio Grande do Sul. A partir dessa temática abordamos a formação da cultura
brasileira a partir dos indígenas, portugueses e africanos e depois trouxemos a
mesma abordagem para o estado.
A partir daí surgiram
interessantes reflexões acerca do preconceito com o indígena e africanos no
período de formação do Brasil e ainda hoje, sendo que os Direitos Humanos
permearam essa discussão quando os próprios alunos perguntavam: “Mas por que os
africanos foram escravizados e os indígenas sofreram com grandes massacres?”
Ainda, conclusões as quais chegamos em conjunto de que os direitos dos negros e
indígenas ainda hoje não são respeitados como deveriam ser e como presa a
Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948.
Esta é a experiência
que trazemos de uma aula, mas como já dito, em toda a aula são feitas relações
e a grande riqueza destas oficinas se encontra também nos seus participantes,
que sofrem com muitos preconceitos e discriminações e são aquele outro do qual
falávamos no início do texto [Sodré, 2006]. No Projeto trabalhamos com um
público que é o chamado diverso do resto da sociedade, então entender como essa
construção histórica dos Direitos Humanos interfere na vida deles é algo rico,
que as oficinas de História buscam trazer.
Considerações
finais
Dentro deste estudo
analisamos o ensino da História, a possibilidade de trabalhá-lo junto do ensino
dos Direitos Humanos e uma reflexão acerca da prática da junção entre estas
duas temáticas próximas, mas que ainda não são tão exploradas pelos professores
e que podem ser relacionadas em todas as fases da vida do estudante na escola e
também após ela, como traz a experiência com o Projeto “O Mundo em NH:
Refugiados e Migrantes, uma questão de Direitos Humanos”.
Acreditamos que as
oficinas de História são essenciais para que os beneficiados entendam melhor o
município e a sociedade em que vivem possibilitando-os também, a se verem como
sujeitos históricos e terem um papel atuante na sociedade com um olhar crítico para
as relações de preconceito e principalmente sabendo dos seus direitos trazendo
um empoderamento desses sujeitos.
Por fim, pontuamos que
o ensino de História é necessário para que o aluno possa ver o mundo a partir
de um novo olhar e reflita sobre como se dá a construção da cidadania e o que é
ser humano. Destacamos ainda a importância do Projeto de Extensão para a
formação como professora de História e como uma pessoa mais atenta ao outro e
aberta à diversidade entendendo os Direitos Humanos como algo vivo, que precisa
ser defendido cotidianamente.
Referências
A autora Bárbara Birk
de Mello é graduada em História pela Universidade Feevale [RS] e mestranda em
Diversidade Cultural e Inclusão Social pela mesma instituição onde possui bolsa
PROSUC/CAPES.
A coautora Márcia
Blanco Cardoso é graduada em História pela Universidade do Vale do Rio dos
Sinos e possui mestrado em Estudos Históricos Latino-americanos pela mesma
Universidade. É professora adjunta da Universidade Feevale dos cursos de
História, Moda e Pedagogia.
BARROS, José
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Vozes, 2004.
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https://www.gov.br/mdh/pt-br/navegue-por-temas/educacao-em-direitos-humanos/DiretrizesNacionaisEDH.pdf
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https://www.youtube.com/watch?v=-eYdGIS9QLo
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2019. Disponível em:
https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rs/novo-hamburgo/panorama.
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MEINERZ, Carla
Beatriz. História viva: a história que cada aluno constrói. Porto Alegre:
Mediação, 2012.
MELLO, Bárbara Birk de
Mello. Do "menor" ao sujeito de direitos: a criação e primeiros
passos do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Novo
Hamburgo - RS [1990-1993]. 2019. 118 f. Monografia [Trabalho de Conclusão do
Curso de História] - Feevale, Novo Hamburgo-RS, 2019.
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Sevilla, v.1, n. 3, 2006, p. 5-15.
Além do aprendizado sobre a história dos Direitos Humanos associada ao contexto de Novo Hamburgo (RS), o projeto também possibilita momentos de compartilhamento da história do país e da vida dos imigrantes ou refugiados vinculadas às possíveis violações de DHs que estes presenciaram no seu respectivo país de origem?
ResponderExcluirMatheus Mendes Bomfim Marques
Olá Matheus, tudo bem?
ExcluirO Projeto possibilita espaços para que os refugiados e migrantes compartilhem sua história de vida em variados momentos, principalmente durante as oficinas, onde são desenvolvidas diversas atividades em que os beneficiados apontam aspectos de seu país de origem e podem falar sobre possíveis violações dos Direitos Humanos que sofreram. Um exemplo foi atividade desenvolvida ano passado na oficina de História, onde foram colocadas pelos beneficiados características do seu país de origem e do Brasil e aspectos que mais gostavam em cada um dos países, além de outros pontos. Fora as oficinas, temos um evento anual aberto para toda a comunidade chamado Culturas do Mundo, onde os beneficiados do projeto apresentam atividades desenvolvidas em sala de aula e compartilham suas experiências e buscam valorizar suas culturas. Ademais, esse assunto pode ser abordado em atendimentos psicológicos separados, se assim achar necessário a professora de Psicologia que faz parte do Projeto e o beneficiado.
Bárbara Birk de Mello; Márcia Blanco Cardoso.